Volkswagen decidiu reagir à crescente onda de furtos de emblemas nos modelos Nivus e T-Cross, que contêm o sistema ACC, uma tecnologia essencial de segurança.
Num cenário em que o mercado paralelo cresce com a demanda por peças e componentes automotivos, a Volkswagen enfrenta um novo desafio no Brasil:
o roubo dos emblemas dos modelos Nivus e T-Cross, que abrigam um avançado sistema de segurança. Esses emblemas não são simples detalhes estéticos.
Eles protegem e integram o ACC (Controle de Cruzeiro Adaptativo), um sistema que atua diretamente na segurança dos motoristas e passageiros.
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Diante dessa nova onda de furtos, a montadora tomou uma decisão drástica para desestimular os roubos e enfraquecer o mercado negro.
Em uma ação de segurança sem precedentes, a Volkswagen adotou mudanças no design e nos preços dos emblemas, tornando-os menos acessíveis para os ladrões.
Roubo de emblemas e o mercado paralelo
Segundo a Volkswagen, o roubo dos emblemas nos modelos Nivus e T-Cross tornou-se uma preocupação crescente.
Além de abrigar componentes do sistema de assistência ACC, o emblema é uma peça atraente para o mercado paralelo.
A companhia identificou que esses emblemas chegam a ser vendidos de forma clandestina por valores que variam entre R$ 300 e R$ 600.
Esse valor representa uma fração do custo original de reposição, que era de aproximadamente R$ 2 mil.
Redução no preço e redesenho do emblema
Para combater a prática, a Volkswagen não apenas reduziu o preço dos emblemas em torno de 40%, caindo para R$ 1,2 mil, como também adotou uma estratégia de redesenho.
Esse novo design tem como principal objetivo dificultar a remoção sem causar danos ao sensor e à própria peça.
Dessa forma, a Volkswagen espera diminuir a atratividade do item no mercado ilegal e tornar o furto menos lucrativo para os criminosos.
Como funciona o sistema ACC?
O ACC, ou Controle de Cruzeiro Adaptativo, é uma das tecnologias mais avançadas no setor automotivo, projetada para oferecer maior segurança e conforto ao motorista.
Este sistema permite que o veículo ajuste automaticamente sua velocidade conforme a distância do carro à frente.
Ele desacelera ou freia o veículo sempre que necessário e retoma a velocidade definida pelo motorista em situações de trânsito livre.
O sensor do ACC é essencial, pois mede o movimento dos veículos ao redor e calcula a distância segura.
No entanto, a sua localização na grade dianteira dos modelos da Volkswagen tornou o sensor um alvo fácil para furtos.
Roubar esse item não implica apenas o prejuízo do emblema, mas de todo o sistema de radar, com custo de substituição que pode ultrapassar R$ 10 mil em casos de danos severos.
Por que o emblema é tão visado?
De acordo com especialistas do setor, os emblemas com sensor ACC incorporado chamam atenção no mercado paralelo devido ao seu alto valor e funcionalidade.
Diferente de emblemas comuns, esses componentes integram uma tecnologia que exige um custo elevado de fabricação e instalação.
Roubar essa peça significa um lucro fácil e direto para o mercado negro, já que o valor acessível do item ilegal incentiva a sua comercialização entre consumidores que não querem ou não podem arcar com o custo original da peça.
Outras iniciativas da Volkswagen
A Volkswagen, conforme fontes da própria montadora, monitora a situação de perto para avaliar a necessidade de outras medidas complementares.
A expectativa é que o novo design dos emblemas, combinado à redução no preço das peças, reduza a incidência desses furtos.
Entretanto, a empresa também pode expandir as medidas de segurança caso os roubos continuem afetando o público consumidor.
Esse movimento da Volkswagen pode inspirar outras montadoras a adotar estratégias de proteção semelhantes, especialmente em um contexto em que a segurança do consumidor e a preservação da tecnologia embarcada se tornaram prioridade.
O futuro da segurança em peças automotivas
A questão dos furtos de peças automotivas não é exclusiva da Volkswagen.
No mercado brasileiro, a crescente demanda por itens específicos de reposição tem incentivado o desenvolvimento de um mercado paralelo agressivo, no qual o roubo de itens valiosos e difíceis de encontrar se tornou frequente.
A Volkswagen, com suas medidas proativas, espera desencorajar esses crimes e proteger a tecnologia de ponta que integra os sistemas de segurança dos seus veículos.
Diante disso, fica o questionamento: será que a mudança no design e a redução de preços será suficiente para coibir os furtos, ou precisaremos de medidas ainda mais rígidas para proteger a tecnologia nos veículos?