Segundo a Opep, cortes na produção e US$ 12,6 trilhões são necessários para reerguer indústria do petróleo

De acordo com o secretário-geral da Opep, Mohammad Barkindo, os investimentos serão imprescindíveis para que no futuro não ocorra uma crise no setor de petróleo

Durante a oitava reunião técnica da Opep, o secretário-geral, Mohammad Barkindo, afirmou que o setor do petróleo teve uma queda de 30% em investimentos, tal valor menor que no período de recessão de 2014 a 2016. Com isso, para a indústria do petróleo se reerguer, serão necessários 12,6 trilhões de dólares, para evitar no futuro um crise energética e também reduzir a volatilidade.

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Quando começou a pandemia da Covid-19, foram negociados entre os países membros da Opep e os não membros – chamados de Opep+, o ajuste de produção, que de 9,7 milhões de barris ao dia, passou para 7,7 milhões de barris/dia no mês de agosto e agora de 5,8 milhões de barris/ dia no período de janeiro de 2021 a abril de 2022.

Na crise econômica desencadeada pela pandemia, as medidas tomadas no ajuste de produção visam encontrar um equilíbrio entre a oferta e a demanda mundial de petróleo.

Mohammad, diz que a perspectiva de uma vacina ser colocada no mercado tem despertado sentimentos positivos e esperançosos no setor, mas mesmo assim, os países que assinaram o termo de cooperação ainda precisam manter cortes de produção até que o índice de infecção seja reduzido de forma significativas.

O secretário-geral diz que “Estamos enfrentando um ressurgimento da pandemia, com novos lockdowns em países e regiões. E, mais uma vez, devemos seguir em frente.”

Opep:

A Opep atua como cartel dos principais exportadores de petróleo, controlando o volume de produção, com o objetivo de alcançar os melhores preços no mercado mundial. É responsável por desenvolver estratégias geopolíticas na produção e exportação do petróleo, além de controlar os valores nas vendas do produto.

Atualmente, os países membros da OPEP são: Argélia, Angola, Equador, Irã, Iraque, Kuwait, Líbia, Nigéria, Catar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Venezuela. A Indonésia suspendeu a sua adesão em janeiro de 2009. A sede da OPEP está localizada em Viena, capital da Áustria.