Howard Lutnick acusa o país de prejudicar os Estados Unidos e sinaliza que a sobretaxa deve continuar.
O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, afirmou em entrevista que é necessário “consertar o Brasil”, acusando o país de adotar práticas que prejudicam a economia americana. A declaração ocorre em meio a uma crise comercial que já impôs tarifas de 50% a diversos produtos brasileiros.
As críticas aumentam a tensão entre Brasília e Washington em um momento em que os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump prometem se reunir para discutir as medidas.
Segundo Lutnick, a manutenção do tarifaço dependerá da forma como o Brasil e outros países irão reagir às exigências americanas. A informação foi publicada pelo g1.
-
Ponte de R$ 373 milhões será a maior de SP com 2,4 km de extensão e 208 vigas pré-moldadas de 74 toneladas; entenda a dimensão da obra sobre o Rio Tietê
-
Shopping mais lucrativo do Nordeste à venda: Midway Mall é avaliado em R$ 1 bilhão e atrai grandes investidores
-
Ratinho revela que o negócio mais lucrativo do Brasil não é TV nem fazenda: hotéis próximos a aeroportos são sua verdadeira mina de ouro
-
Corte de energia: empresa não pode suspender luz por conta com mais de 90 dias de atraso
As críticas diretas a países parceiros
Na entrevista à NewsNation, Lutnick disse que “há um monte de países para consertar”, incluindo Suíça, Índia e Brasil.
Para ele, essas nações precisam “abrir seus mercados e parar de tomar ações que prejudiquem os Estados Unidos”. O secretário destacou ainda o déficit comercial como justificativa para as medidas adotadas pela Casa Branca.
Segundo o g1, embora outros países só passem a enfrentar as novas tarifas em outubro, o Brasil já vinha sofrendo com o tarifaço de 50% desde agosto.
Produtos como medicamentos, caminhões pesados, móveis e itens domésticos estão entre os mais afetados pela medida, que deve atingir também economias como Alemanha, Japão e China.
O peso do déficit comercial e o exemplo da Suíça
Lutnick citou o caso da Suíça para ilustrar o que chamou de “desequilíbrio injusto”. De acordo com ele, um país pequeno como o suíço acumula déficit de US$ 40 bilhões com os EUA porque vende muito mais do que compra.
Para o secretário, essa situação se repete com outras nações e reforça a necessidade de impor barreiras comerciais.
Na prática, o recado é claro: quem quiser vender para o mercado americano terá de aceitar as condições impostas por Trump.
Segundo o secretário, essa é a forma de “jogar bola com o presidente dos Estados Unidos” e manter o acesso aos consumidores do país.
A posição do governo Trump e os reflexos para o Brasil
Trump justifica as medidas como um esforço para proteger a indústria local e garantir a chamada “segurança nacional”.
O presidente já vinha demonstrando irritação com o volume de importações e, no caso brasileiro, a crítica vai além da pauta econômica: o republicano tem atacado também a condução do processo judicial contra Jair Bolsonaro, classificando-o como perseguição política.
Para o Brasil, a manutenção da tarifa de 50% significa um desafio direto às exportações em áreas estratégicas.
Setores como móveis, veículos e medicamentos enfrentam risco de perda de competitividade, o que pressiona empresas e pode gerar reflexos no emprego e nos investimentos.
Próxima rodada de negociações entre Lula e Trump
O encontro entre Lula e Trump, previsto para esta semana, será o primeiro desde que o tarifaço entrou em vigor. Ambos sinalizaram disposição para negociar, mas a retórica agressiva de Lutnick indica que a pressão americana não deve diminuir.
Resta saber se o Brasil conseguirá espaço para suavizar as tarifas ou se precisará buscar alternativas comerciais em outros mercados.
A declaração de que é preciso “consertar o Brasil” amplia o tom da crise comercial e coloca em xeque a relação entre os dois países.
Enquanto Washington insiste em manter tarifas pesadas, o Brasil busca espaço de diálogo.
Você acredita que o Brasil deve ceder às pressões americanas para preservar acesso ao mercado dos EUA ou responder com medidas próprias para proteger sua economia?
Compartilhe sua opinião nos comentários.
É preciso observar os prós e contra de cada alternativa para minimizar os Efeitos do TARIFAÇO. Independente da possível resposta, temos que diversificar(pulverizar)nossas exportações para minimizar possíveis futuros TARIFAÇOS aplicados tbm por outras Nações. Infelizmente os Órgãos de Controle destas atitudes não funcionam quando se trata de EUA principalmente.