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Secretário de Comércio dos EUA diz que é preciso “consertar” o Brasil, acusa país de prejudicar americanos e ameaça manter tarifaço de 50%

Publicado em 28/09/2025 às 22:59
EUA mantêm tarifaço de 50% contra o Brasil; Howard Lutnick acusa déficit comercial e Trump pressiona exportações brasileiras em meio a crise diplomática.
EUA mantêm tarifaço de 50% contra o Brasil; Howard Lutnick acusa déficit comercial e Trump pressiona exportações brasileiras em meio a crise diplomática.
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Howard Lutnick acusa o país de prejudicar os Estados Unidos e sinaliza que a sobretaxa deve continuar.

O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, afirmou em entrevista que é necessário “consertar o Brasil”, acusando o país de adotar práticas que prejudicam a economia americana. A declaração ocorre em meio a uma crise comercial que já impôs tarifas de 50% a diversos produtos brasileiros.

As críticas aumentam a tensão entre Brasília e Washington em um momento em que os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump prometem se reunir para discutir as medidas.

Segundo Lutnick, a manutenção do tarifaço dependerá da forma como o Brasil e outros países irão reagir às exigências americanas. A informação foi publicada pelo g1.

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As críticas diretas a países parceiros

Na entrevista à NewsNation, Lutnick disse que “há um monte de países para consertar”, incluindo Suíça, Índia e Brasil.

Para ele, essas nações precisam “abrir seus mercados e parar de tomar ações que prejudiquem os Estados Unidos”. O secretário destacou ainda o déficit comercial como justificativa para as medidas adotadas pela Casa Branca.

Segundo o g1, embora outros países só passem a enfrentar as novas tarifas em outubro, o Brasil já vinha sofrendo com o tarifaço de 50% desde agosto.

Produtos como medicamentos, caminhões pesados, móveis e itens domésticos estão entre os mais afetados pela medida, que deve atingir também economias como Alemanha, Japão e China.

O peso do déficit comercial e o exemplo da Suíça

Lutnick citou o caso da Suíça para ilustrar o que chamou de “desequilíbrio injusto”. De acordo com ele, um país pequeno como o suíço acumula déficit de US$ 40 bilhões com os EUA porque vende muito mais do que compra.

Para o secretário, essa situação se repete com outras nações e reforça a necessidade de impor barreiras comerciais.

Na prática, o recado é claro: quem quiser vender para o mercado americano terá de aceitar as condições impostas por Trump.

Segundo o secretário, essa é a forma de “jogar bola com o presidente dos Estados Unidos” e manter o acesso aos consumidores do país.

A posição do governo Trump e os reflexos para o Brasil

Trump justifica as medidas como um esforço para proteger a indústria local e garantir a chamada “segurança nacional”.

O presidente já vinha demonstrando irritação com o volume de importações e, no caso brasileiro, a crítica vai além da pauta econômica: o republicano tem atacado também a condução do processo judicial contra Jair Bolsonaro, classificando-o como perseguição política.

Para o Brasil, a manutenção da tarifa de 50% significa um desafio direto às exportações em áreas estratégicas.

Setores como móveis, veículos e medicamentos enfrentam risco de perda de competitividade, o que pressiona empresas e pode gerar reflexos no emprego e nos investimentos.

Próxima rodada de negociações entre Lula e Trump

O encontro entre Lula e Trump, previsto para esta semana, será o primeiro desde que o tarifaço entrou em vigor. Ambos sinalizaram disposição para negociar, mas a retórica agressiva de Lutnick indica que a pressão americana não deve diminuir.

Resta saber se o Brasil conseguirá espaço para suavizar as tarifas ou se precisará buscar alternativas comerciais em outros mercados.

A declaração de que é preciso “consertar o Brasil” amplia o tom da crise comercial e coloca em xeque a relação entre os dois países.

Enquanto Washington insiste em manter tarifas pesadas, o Brasil busca espaço de diálogo.

Você acredita que o Brasil deve ceder às pressões americanas para preservar acesso ao mercado dos EUA ou responder com medidas próprias para proteger sua economia?

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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