Com mais de 1.300 livros gratuitos e 17 mil capítulos disponíveis, o SciELO Livros transforma a ciência brasileira em um bem público global.
Um tesouro de conhecimento, acessível e gratuito, está ao alcance de todos os brasileiros. Você sabia que uma plataforma digital disponibiliza mais de 1.300 livros acadêmicos sem custos?
Por trás dessa revolução na democratização da leitura está um projeto ousado, que promete transformar o cenário da produção científica no Brasil e ampliar a visibilidade das pesquisas nacionais no exterior.
Essa iniciativa, batizada de SciELO Livros, foi lançada em 2012 e atualmente reúne obras de áreas diversas do conhecimento.
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De acordo com Abel L. Packer, diretor da SciELO Brasil, entrevistado pelo Portal Click Petróleo e Gás, a plataforma é uma extensão natural do Programa SciELO, cuja proposta inicial focava em periódicos acadêmicos.
Agora, essa ampliação visa promover a transição de livros impressos para formatos digitais de acesso aberto, permitindo que estudantes, professores e pesquisadores explorem conteúdos acadêmicos sem barreiras financeiras ou geográficas.
Mais de 2 mil títulos disponíveis, com acesso a 65% do acervo
A coleção SciELO Livros conta com mais de 2.000 livros indexados e 17 mil capítulos. Conforme Packer explicou ao Click Petróleo e Gás, cerca de 65% do acervo é disponibilizado em acesso aberto, representando mais de 1.300 títulos gratuitos que cobrem uma ampla gama de disciplinas científicas e acadêmicas.
Esses livros são escolhidos seguindo critérios rigorosos, que incluem a qualidade acadêmica e a relevância das obras.
“Os títulos precisam passar por uma avaliação cuidadosa realizada por nosso Comitê Consultivo”, explicou o diretor. Além disso, o projeto trabalha com editoras universitárias e acadêmicas renomadas, garantindo a credibilidade do material disponível.
Democratização do acesso ao conhecimento
O SciELO Livros é um divisor de águas na democratização do acesso ao conhecimento.
Segundo Abel L. Packer, o projeto rompe as barreiras impostas pelo modelo tradicional de publicação impressa, que frequentemente enfrenta limitações de distribuição.
Graças à digitalização, os e-books são facilmente encontrados e acessados em diferentes plataformas, como Google Books, Amazon e bases acadêmicas internacionais.
Além disso, a infraestrutura avançada da plataforma permite a interoperabilidade com bases de dados de renome mundial, promovendo a visibilidade de pesquisas brasileiras e latino-americanas. “Nosso objetivo é tornar o conhecimento científico um bem público global”, destacou o diretor.
Planos de expansão e avanços tecnológicos
O SciELO Livros não para de evoluir. Entre os planos de expansão está o uso de inteligência artificial para melhorar a acessibilidade do acervo, com iniciativas que incluem a descrição de imagens, gráficos e tabelas para usuários com deficiência visual.
A equipe também está desenvolvendo melhorias nos metadados de cada obra, facilitando ainda mais sua localização em motores de busca acadêmicos.
Outro objetivo ambicioso é a transformação da plataforma em uma robusta base bibliométrica de livros. Isso permitirá o monitoramento detalhado de citações e outros indicadores que podem beneficiar pesquisadores, editoras e instituições.
Como explorar o acervo
Para acessar a riqueza disponível no SciELO Livros, os usuários contam com ferramentas intuitivas. É possível buscar por títulos, autores, ISBN, editoras, anos de publicação ou áreas de interesse.
Além disso, cada livro conta com uma página detalhada, com resumos, informações sobre os capítulos e links diretos para download.
“Estamos sempre buscando maneiras de ampliar nossa rede de editoras parceiras”, explicou Packer.
O trabalho em rede já começou a ultrapassar fronteiras, com países vizinhos interessados em replicar o modelo no formato de coleções nacionais.
Um marco para a ciência brasileira
Com princípios como acessibilidade, inclusão e impacto global, o SciELO Livros está consolidando a ciência brasileira no cenário internacional.
Além disso, ao incentivar a publicação simultânea em formatos digitais e impressos, o projeto redefine o futuro da produção acadêmica.
Diante de tantos benefícios, fica a pergunta: será que este modelo de acesso aberto é o futuro definitivo para todas as publicações científicas no Brasil? Deixe sua opinião nos comentários!