Lançado há menos de dois meses, o satélite Biomass da ESA impressiona com as primeiras imagens captadas pelo inédito radar P-band no espaço, capazes de penetrar solo seco, gelo e camadas de floresta para medir carbono estocado nas árvores do planeta
O satélite Biomass, lançado recentemente pela Agência Espacial Europeia (ESA), divulgou suas primeiras imagens de radar revelando estruturas subterrâneas no Saara, geleiras na Antártida e florestas da Amazônia. A missão tem como objetivo principal medir com precisão o volume de carbono armazenado nos troncos e galhos das florestas do mundo inteiro.
Com tecnologia inédita, o satélite é o primeiro a operar no espaço com um radar de abertura sintética na faixa P-band, capaz de atravessar densas copas arbóreas, camadas de areia seca e gelo. A fase inicial da missão, chamada de comissionamento, está ajustando os sistemas para garantir a coleta precisa dos dados ao longo dos próximos cinco anos.
Mesmo nesta fase preliminar, as primeiras imagens divulgadas durante o evento Living Planet Symposium já chamaram atenção pela nitidez e profundidade. Uma das cenas mostra a região de Rüthen, na Bolívia, onde o desmatamento para expansão agrícola pode ser claramente mapeado, auxiliando no cálculo da liberação de carbono.
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Radar revela paisagens sob o gelo e o deserto
Entre os destaques divulgados, estão imagens detalhadas dos Montes Tibesti, no Chade, onde o radar atravessou até cinco metros de areia seca para revelar leitos de rios soterrados e estruturas vulcânicas. Essas informações podem auxiliar no planejamento hídrico de regiões áridas.
Outra imagem mostra os Alpes Transantárticos cobertos de neve, com destaque para o lento deslocamento da geleira Nimrod rumo à plataforma de gelo Ross. Essa capacidade de penetração do radar é essencial para entender a dinâmica de geleiras e os impactos no nível dos oceanos.
A coleta contínua dessas imagens permitirá a criação de mapas globais tridimensionais da biomassa florestal, com atualizações anuais. Isso representa um avanço significativo para o monitoramento das metas climáticas de cada país.
Amazônia, Indonésia e biodiversidade em foco
Na floresta amazônica brasileira, o satélite identificou áreas inundadas sazonalmente por meio de variações nos tons do radar, diferenciando vegetação de áreas alagadas. No arquipélago indonésio, o equipamento revelou detalhes do relevo vulcânico debaixo da vegetação densa, incluindo o monte ativo Gamkonora.
Diferente dos sensores ópticos, como os usados na missão Sentinel-2, o Biomass captura dados desde a copa até o solo, fornecendo uma visão tridimensional do ecossistema. Isso permitirá estimar altura das árvores, volume de madeira e variações no carbono estocado com precisão inédita.
Com essa abordagem, a ESA pretende oferecer à comunidade científica internacional dados cruciais para refinar modelos do ciclo do carbono, acompanhar políticas de conservação e avaliar o impacto de mudanças no uso do solo.
Previsão de liberação total dos dados
Durante os próximos meses, os engenheiros continuarão calibrando os sinais de radar, ajustando posições orbitais e medindo a razão sinal-ruído. A missão deve atingir a operação plena ainda este ano, com acesso aberto aos dados para pesquisadores ao redor do mundo.
Segundo Michael Fehringer, gerente do projeto Biomass da ESA, os resultados iniciais são promissores. “As imagens são apenas um vislumbre do que está por vir. Acreditamos que o satélite cumprirá seu papel de fornecer um inventário preciso dos estoques globais de carbono nas florestas”, afirmou.
As informações foram divulgadas por EarthSnap e pela Agência Espacial Europeia durante o Living Planet Symposium, em publicações recentes que destacam a relevância científica e climática da missão Biomass.
Eles querem nos espionar .
É assim que descobrem as riquezas dos países. Ouro, petróleo, nióbio, grafeno, cobre…
Daí é só mandar umas ONGs para impedir a colonização e o desenvolvimento da região de interesse, em geral sob pretextos ecológicos, mantendo-se assim uma reserva de riquezas **** que será TOMADA quando for necessário.
Qualquer semelhança com a Amazônia NÃO é mera coincidência!
Quanto às nossas Forças Armadas, o Enéias estava certo: sem a bomba o Brasil é presa fácil para pelo menos uma dúzia de países.