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Satélite esquecido da NASA ‘acorda’ após 60 anos e emite sinal que ofusca todo o espaço

Publicado em 26/06/2025 às 22:04
NASA, Sinal, Satélite
O satélite Relay-2 foi lançado pela agência espacial americana em 1962. (Imagem: NASA/Divulgação)
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Após quase 60 anos de silêncio, o satélite Relay-2 emitiu um pulso intenso que surpreendeu astrônomos e confundiu os sensores na Terra

Um satélite lançado pela NASA em 1964, e que estava inativo desde 1967, voltou a chamar atenção. Em junho de 2024, ele emitiu um sinal misterioso, tão intenso que chegou a ofuscar todos os demais captados naquele momento. O caso só foi revelado agora, após análise de pesquisadores australianos.

O fenômeno foi registrado no dia 13 de junho de 2024 por cientistas que operam o Australian Square Kilometer Array Pathfinder (ASKAP).

A princípio, eles pensaram estar diante de um objeto cósmico ainda desconhecido. A intensidade do pulso de rádio levou os astrônomos a considerar a descoberta de um novo pulsar ou algo do tipo.

No entanto, ao rastrear a origem do sinal, a equipe percebeu que ele vinha de algo muito mais próximo da Terra. Era o satélite Relay-2, um equipamento desativado da própria NASA, que ainda orbitava o planeta depois de mais de meio século.

A história do Relay-2

O Relay-2 foi lançado em janeiro de 1964 como um satélite experimental de comunicações. Ele também tinha a função de ajudar no mapeamento do cinturão de radiação de Van Allen. Seu antecessor, o Relay-1, cumpria funções semelhantes.

Durante o tempo em que esteve ativo, o Relay-2 foi operado a partir da Estação Terrestre do Deserto de Mojave, nos Estados Unidos.

Posteriormente, essa operação foi transferida para outro programa. O satélite fez parte do projeto que viabilizou as primeiras transmissões televisivas internacionais entre os EUA, Europa e Japão.

Um dos primeiros eventos transmitidos por meio do Relay-2 foi justamente a cobertura da morte do presidente John F. Kennedy, assassinado em novembro de 1963 em Dallas.

O pulso que surpreendeu os cientistas

A rajada rápida de rádio (RFB) captada em 2024 durou apenas 30 nanossegundos. Mesmo assim, teve potência suficiente para encobrir temporariamente outros sinais espaciais. Esse tipo de pulso pode liberar energia comparável à de uma galáxia inteira, segundo a própria NASA.

O mais curioso é que o Relay-2 não emitia qualquer tipo de comunicação há quase 60 anos. Ele deixou de operar oficialmente em junho de 1967. Desde então, apenas orbitava silenciosamente.

O que pode ter causado o sinal

A principal hipótese dos pesquisadores é que o pulso tenha sido resultado de uma descarga eletrostática acumulada ao longo das décadas no espaço.

Esse tipo de fenômeno já foi observado antes, inclusive pelo telescópio de Arecibo, que colapsou em 2020.

Outra possibilidade levantada é o impacto de um micrometeorito ou algum outro objeto com o satélite, liberando uma pequena nuvem de plasma que, ao entrar em contato com os instrumentos de detecção na Terra, gerou o pulso captado.

O caso intrigou os astrônomos e mostrou que até mesmo satélites dados como mortos podem, inesperadamente, voltar a se manifestar.

Com informações de Tec Mundo.

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Romário Pereira de Carvalho

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