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São tantas usinas de gás e carvão abandonadas que Microsoft e Amazon estão de olho nelas para uma nova função

Publicado em 10/08/2025 às 07:14
Usinas abandonadas, Usinas, Centro de dados
Imagem: Pexels / Marcin Jozwiak
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Microsoft e Amazon negociam uso de antigas usinas europeias como centros de dados, aproveitando infraestrutura já existente para acelerar conversão e reduzir custos

Os compromissos climáticos assumidos pela Europa encerraram o ciclo de muitas usinas elétricas a gás e carvão. Embora grande parte delas já esteja fora de operação, o avanço da inteligência artificial pode dar um novo destino a essas estruturas.

O mais importante é que não se trata de retomar a queima de combustíveis fósseis, mas de reconverter essas usinas em modernos centros de dados.

Segundo a Reuters, Microsoft e Amazon estão na linha de frente dessas negociações. As gigantes da tecnologia mantêm conversas com Engie, RWE e Enel para viabilizar o uso das antigas instalações. Para as companhias energéticas, o plano representa uma oportunidade dupla.

Usinas abandonadas: vantagens para todos os lados

A primeira vantagem é óbvia: gerar receita a partir de espaços que não tinham perspectiva de uso. A segunda é ainda mais estratégica, porque essas empresas podem fornecer diretamente a eletricidade que os centros de dados necessitam.

Portanto, cria-se um ciclo em que tanto as companhias de tecnologia quanto as de energia lucram.

Bobby Hollis, vice-presidente de energia da Microsoft, destacou que essas usinas já contam com infraestrutura essencial, como sistemas de fornecimento de água e de recuperação de calor.

Isso reduz a necessidade de adaptações complexas, acelerando a conversão.

Rapidez e economia

Lindsay McQuade, diretora de energia para a região EMEA na Amazon, reforça que a aprovação de licenças pode ser mais rápida do que para novas construções.

Como grande parte da estrutura já existe, os custos e prazos são significativamente menores. Essa agilidade, somada ao investimento moderado, explica o interesse crescente das gigantes tecnológicas.

O histórico recente mostra o tamanho do potencial. Desde 2005, a Europa e o Reino Unido fecharam 190 usinas a carvão e linhito.

Outras 153 devem encerrar as atividades até 2038. Isso significa centenas de prédios industriais prontos para serem reaproveitados.

Desafio energético

Apesar das vantagens, há um ponto crítico que não pode ser ignorado. Não está claro se a infraestrutura elétrica de alguns países suporta a demanda de energia que esses centros exigem.

Antes de avançar, pode ser necessário ampliar redes e sistemas de abastecimento.

Nesse contexto, as energias renováveis e a energia nuclear surgem como peças-chave para viabilizar o projeto.

Afinal, a demanda dos centros de dados de IA tende a crescer rapidamente, e a estabilidade do fornecimento será determinante para o sucesso da reconversão.

Com informações de Xataka.

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Romário Pereira de Carvalho

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