Edifício São Paulo Tower: Conheça o maior edifício do mundo de valor bilionário que seria construído aqui no Brasil, mas que infelizmente nunca saiu do papel.
A cidade de São Paulo possui o 11º maior PIB do mundo e é uma referência em diversos quesitos econômicos e sociais no Brasil. No entanto, ao contrário de outras metrópoles ricas como Nova York e Tóquio, São Paulo não é conhecida por seus grandes arranha-céus. Mas você sabia que em 1999 São Paulo quase se tornou a primeira cidade do planeta a construir um prédio com mais de 500 metros de altura? Conheça a história do edifício São Paulo Tower, que seria o maior edifício do mundo na época.
Por que São Paulo não possui arranha-céus?
Constantemente confundida como a capital do país pelos estrangeiros, São Paulo concentra a maior parte das riquezas e investimentos industriais do país, o que coloca a cidade como uma das maiores do mundo.
Mas andando na contramão ao resto do planeta, São Paulo evita a construção de grandes edifícios e ficou mais de quatro décadas sem construir um com mais de 100 metros de altura. O principal motivo são as leis do código de obras da cidade que limita a altura dos edifícios e faz distinção dos zoneamentos espalhados pela cidade.
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Para ter uma ideia, pelas regras atuais, os edifícios da zona centrais podem ter no máximo 48 metros de altura, o equivalente a 16 pavimentos. E, é claro, devido à proximidade de certos pontos da cidade dos aeroportos, que por razões óbvias, não permitem edifícios altos.
O plano diretor da cidade de São Paulo já foi alterado diversas vezes, mas o que gerou um verdadeiro desconforto dos paulistanos em relação aos edifícios altos foram os incêndios nos prédios Andraus e Joelma na década de 70, que ocorreram muito próximos um do outro. Ambos edifícios com aproximadamente 100 metros.
Por qual motivo não foi construído?
Primeiramente, questões burocráticas e a complexidade dos processos de aprovação foram grandes obstáculos. A legislação urbana de São Paulo, conhecida por ser rigorosa e muitas vezes confusa, dificultou a obtenção das licenças necessárias para o início da obra. Além disso, disputas entre os investidores e a prefeitura sobre o uso do terreno e o impacto ambiental do projeto também atrasaram significativamente o cronograma.
Outro fator crucial foi a instabilidade econômica que o Brasil enfrentou em diferentes períodos, resultando em dificuldades financeiras para os investidores. O alto custo estimado para a construção do São Paulo Tower, aliado às incertezas econômicas, fez com que os financiadores reconsiderassem seus compromissos, levando ao desinvestimento no projeto.
Por fim, a falta de consenso entre os diferentes atores envolvidos, incluindo arquitetos, engenheiros e urbanistas, sobre aspectos técnicos e de design do edifício, contribuiu para a paralisação do projeto. Problemas técnicos, como a viabilidade estrutural e a segurança do edifício, também foram levantados, criando mais barreiras para a continuidade da obra.
A não concretização do São Paulo Tower gerou uma grande revolta na engenharia brasileira, pois representava não apenas a perda de um projeto icônico, mas também a frustração de ver talentos e recursos desperdiçados em um empreendimento que poderia ter alçado o Brasil a novos patamares no cenário arquitetônico mundial.
São Paulo poderia ser dono do maior edifício do mundo
Contudo, é óbvio que outros fatores são levados em consideração, como a própria densidade da cidade. Uma das maiores famas de São Paulo é o seu trânsito caótico, onde ficar duas horas no trânsito parado para andar poucos quilômetros se tornou algo comum na vida do paulistano, por isso muitos especialistas alegam que a construção de edifícios cada vez mais altos poderiam gerar um colapso nos transportes da cidade, o que inviabilizaria projetos de grandes investidores.
Apesar de nunca ter saído do papel, o maior edifício do mundo São Paulo Tower foi assunto por muito tempo na cidade e no país na década de 90. O edifício São Paulo Tower seria o maior do planeta e quase foi construído na cidade.
Com 510 metros de altura e 108 andares, superando em quase 100 m as torres do World Trade Center, que na época eram os maiores edifícios do mundo com 416 metros e inclusive teve o projeto elaborado pelo mesmo escritório, a obra seria erguida no Parque Dom Pedro Segundo, ao lado da Avenida do Estado, uma das áreas mais degradadas da cidade, dando um novo sentido para a região.
Quanto custaria o edifício São Paulo Tower?
O maior edifício do mundo teria o custo de 1.65 bilhão de dólares ainda na época. Seria financiado pelo guru dos Beatles o Maharishi Mahesh e o empresário brasileiro Mário Garnero.
Grande parte desse investimento seria em desapropriação, uma vez que o complexo ocuparia o equivalente a 70 quarteirões da cidade, além é claro de obra de revitalização e infraestrutura que iam desde novos sistemas de energia, água e esgoto e até uma estação de metrô dedicada ao edifício.
Com uma área de um ponto 1,31 milhão de metros quadrados, o edifício São Paulo Tower seria basicamente um bairro residencial vertical e teria serviços de entretenimento como praças de alimentação, cinemas, teatros e até escolas. O consumo de recursos do maior edifício do mundo também seria absurdamente alto, consumindo 6 milhões de litros de água por dia e 160 milhões de quilowatt-hora.