Com investimento de R$ 8,2 milhões, o governo paulista quer transformar a indústria de games em motor estratégico da economia criativa e digital do estado.
São Paulo quer transformar a criatividade digital em política de estado. Nesta segunda-feira (21), a Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas lançou o Plano de Desenvolvimento da Indústria de Games, com foco em posicionar o estado como protagonista nacional e internacional no setor de jogos eletrônicos e tecnologias imersivas.
Com investimento inicial de R$ 8,2 milhões em editais e ações integradas, a medida busca estruturar um ecossistema completo e sustentável.
A política pública é considerada inovadora por ser transversal, articulando cultura, economia e tecnologia em uma só estratégia.
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Formação e qualificação como base da nova economia
Um dos pilares do plano é a formação profissional. A Escola de Audiovisual, Games e Tecnologia, já em funcionamento dentro do programa CULTSP PRO, oferece cursos técnicos e criativos para formar talentos em áreas como desenvolvimento de jogos, cinema, TV, marketing e gestão.
Além disso, o plano inclui capacitações continuadas, mentorias e laboratórios, em parceria com universidades públicas, rede técnica estadual e espaços culturais.
“Estamos diante de uma indústria que reúne criatividade, inovação e tecnologia, pilares essenciais para a nova economia que queremos impulsionar em São Paulo”, afirmou a secretária Marília Marton.
Fomento e crédito para impulsionar negócios
O eixo de fomento e financiamento destina os R$ 8,2 milhões do Fomento CULTSP para apoiar projetos de desenvolvimento, finalização e publicação de jogos, além de conteúdos em realidade aumentada, virtual e mista. Também haverá linha de crédito de até R$ 300 mil por meio da Desenvolve SP, voltada para estúdios independentes. A intenção é fortalecer a inovação, incluindo pesquisa e prototipagem.
Incentivo à produção, distribuição e presença internacional
O programa ainda prevê um eixo voltado à produção e distribuição, com aceleração de negócios criativos e aporte de até R$ 50 mil por projeto.
Também haverá formação empreendedora e parcerias internacionais para certificação técnica em engines profissionais, essenciais para aumentar a competitividade dos estúdios.
No campo da internacionalização, o Estado quer levar estúdios paulistas a eventos globais e promover a exportação de jogos produzidos aqui. Isso inclui apoio institucional e logístico para feiras e rodadas de negócios, além de conexão com plataformas de distribuição global.
Diálogo permanente com o setor
O plano fecha com um eixo de governança, com criação de indicadores para monitorar o setor e consolidar a Câmara Setorial como espaço permanente de diálogo entre o poder público e representantes da indústria.
A iniciativa será feita em parceria com entidades como ABRAGAMES, ACJOGOS-SP e XRBR.
Ao integrar cultura, tecnologia e desenvolvimento, São Paulo dá um passo para consolidar uma política de longo prazo voltada à nova economia digital.