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Obra bilionária da prefeitura altera trânsito e rotina no entorno do estádio Morumbis com desvios, bloqueios e escavações que seguem até 2026, enquanto promete resolver enchentes históricas causadas pelo córrego Antonico na zona sul de São Paulo.
A Prefeitura de São Paulo executa um reservatório de detenção de cheias em frente ao estádio do São Paulo que promete reduzir os alagamentos causados pelo córrego Antonico no entorno do Morumbis.
Com capacidade para mais de 133 milhões de litros e previsão de entrega em maio de 2026, a obra alterou a circulação na região, gerando bloqueios, desvios e pistas estreitadas sobretudo na praça Roberto Gomes Pedrosa e na avenida Jules Rimet.
O investimento total informado é de R$ 273,8 milhões, acompanhado da implantação de 663 metros de novas galerias pluviais, segundo reportagem publicada pela Folha de S. Paulo neste domingo (14).
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Piscinão e obras no entorno do estádio
O reservatório principal está sendo construído na praça Roberto Gomes Pedrosa, diante do acesso principal ao estádio, na zona sul da capital.
Trata-se de um piscinão subterrâneo projetado para receber o excedente das chuvas no pico dos temporais, armazenando a água por algumas horas até que o sistema de drenagem possa liberá-la com segurança.
Paralelamente, novas galerias de águas pluviais estão sendo abertas para ampliar a capacidade de escoamento do Antonico e aliviar pontos de estrangulamento no traçado atual.
De acordo com apuração do jornal Folha de S. Paulo, o projeto também prevê a construção de um segundo reservatório na praça Alfredo Gomes, além de intervenções na avenida Jules Rimet, que já foram iniciadas pelo governo estadual.
O conjunto das obras é apontado como estratégico para reduzir alagamentos em pontos críticos que se repetem há décadas na região.
Trânsito com desvios e bloqueios
As intervenções exigiram interdição parcial da praça Roberto Gomes Pedrosa na aproximação com as avenidas Giovanni Gronchi e Jorge João Saad.
A avenida Jules Rimet opera com faixas reduzidas próximo ao estádio, situação que se agrava em dias de jogo ou show.
A Companhia de Engenharia de Tráfego afirma que acompanha as mudanças e orienta motoristas e pedestres.
Em nota, a CET explicou que, para quem trafega pela avenida Giovanni Gronchi no sentido João Dias e precisa acessar a avenida Jules Rimet, a rua Dona Adelina Ashcar ou retornar, a orientação é virar à direita na avenida Jorge João Saad e usar o novo retorno construído no local.
Segundo o órgão, a medida busca manter a fluidez e a segurança durante a fase mais pesada das obras.
Buracos, lama e impacto no dia a dia
No terreno, a rotina mudou.
Escavações e valas abertas na faixa junto ao estádio na avenida Jules Rimet dificultam a travessia e o caminhar contínuo, especialmente quando água barrenta escorre após pancadas de chuva.
A circulação de torcedores foi redirecionada em trechos, com necessidade de contornar tapumes e áreas isoladas.
Um ambulante ouvido pela Folha de S. Paulo contou que precisa recolher o varal onde expõe camisetas em dias de jogos, já que o fluxo de pedestres mudou e o espaço nas calçadas ficou reduzido.
Moradores também relataram ao jornal trajetos mais longos para acessar entradas do estádio e maior dificuldade para sair da região em horários de pico.
Clube busca solução para enchentes históricas
Apesar dos transtornos temporários, a avaliação interna no clube é que não há prejuízo operacional relevante durante partidas e shows.
Em dias de evento, a região já recebe operações especiais de trânsito e de segurança, com bloqueios e desvios programados.
Na visão do São Paulo, essas medidas mitigam os incômodos causados pelos canteiros, ainda que os torcedores enfrentem caminhos mais tortuosos e filas pontuais em momentos de maior movimento.
O jornal Folha de S. Paulo também apontou que os episódios de alagamento pesaram na decisão do clube de pressionar o poder público.
Nos últimos anos, as enchentes atingiram o gramado, áreas da arquibancada e a sede social, o que levou dirigentes a buscar soluções junto à Prefeitura e ao governo estadual.
Prazo e expectativa para 2026
O cronograma divulgado indica conclusão em maio de 2026 para o reservatório da praça Roberto Gomes Pedrosa.
Até lá, a região seguirá com interdições parciais, estreitamentos de faixa e desvios que mudam de lugar conforme o avanço de cada frente de trabalho.
A orientação dos órgãos de trânsito é redobrar a atenção à sinalização temporária e considerar rotas alternativas em dias de maior movimento no estádio.
Com a entrega, a expectativa dos gestores é que o piscinão de 133 milhões de litros, somado às novas galerias e ao reservatório complementar na praça Alfredo Gomes, contenha picos de cheia e reduza pontos de alagamento que se formam na Jules Rimet, na própria praça Roberto Gomes Pedrosa e nas vias do entorno do Morumbis.
A fase final prevê a recomposição urbanística das áreas afetadas e a devolução dos espaços de convivência aos moradores.
Estratégia contra o transbordamento do Antonico
O córrego Antonico nasce em Paraisópolis e atravessa o bairro do Morumbi, passando por trechos adensados e com grande circulação de pessoas.
Sem capacidade adequada de escoamento em temporais fortes, o volume das chuvas transborda para vias e equipamentos urbanos, impactando diretamente quem se desloca para jogos, shows e atividades no clube.
A construção de reservatórios próximos aos pontos críticos permite reter a água no instante do pico e liberar o fluxo de forma gradual, evitando que o sistema pluvial colapse.
Enquanto isso, a combinação de valas, máquinas e desvios seguirá fazendo parte do cenário até a conclusão das obras.
A expectativa de moradores, comerciantes, torcedores e do próprio clube é que o alívio nas enchentes compense o período de inconveniências no acesso e na mobilidade local.
Com as obras avançando em um bairro de alto fluxo e com calendário frequente de eventos, a pergunta que fica é: quais hábitos de deslocamento a torcida e a vizinhança estão dispostas a mudar temporariamente para acelerar a convivência com o canteiro e chegar a 2026 com menos enchentes no Morumbis?
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