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Saiu das ruas há décadas e hoje é lembrado como o hatch 2.0 italiano que fazia o Golf GTI suar com seu desempenho histórico e motor 16V inédito na época

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 19/06/2025 às 00:08
Saiu das ruas há décadas e hoje é lembrado como o hatch 2.0 italiano que fazia o Golf GTI suar com seu desempenho histórico e motor 16V inédito na época
Foto: Divulgação/Fiat
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Ícone dos anos 90, o Fiat Tipo 2.0 16V Sedicivalvole marcou época como um hatch italiano ousado, com motor avançado e desempenho que rivalizava com o lendário Golf GTI. Relembre por que esse hatch 2.0 italiano ainda desperta respeito e desejo entre colecionadores

O Fiat Tipo 2.0 16V Sedicivalvole foi um marco entre os hatches esportivos dos anos 90. Importado da Itália, ele chegou ao Brasil com motor multiválvulas, design europeu e desempenho digno de esportivos mais caros. Seu desempenho surpreendente o colocou em rota de colisão com o icônico Golf GTI, desafiando o domínio alemão no segmento com um projeto ousado e tecnológico.

Mesmo décadas depois de sair de linha, o Sedicivalvole é lembrado como o hatch 2.0 italiano que desafiou os padrões da época, especialmente no mercado nacional. Neste artigo, você vai conhecer os detalhes que tornaram esse modelo um clássico cobiçado e entender por que ele ainda desperta tanto interesse entre colecionadores e entusiastas.

A chegada do Fiat Tipo ao Brasil e o nascimento do Sedicivalvole

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O Fiat Tipo foi lançado originalmente na Europa em 1988, conquistando diversos prêmios de design e inovação, incluindo o Carro do Ano de 1989 na Europa. No Brasil, ele chegou em 1993, inicialmente com motor 1.6 e acabamento simples. Mas foi em 1994 que a Fiat resolveu importar sua versão mais potente: o Fiat Tipo 2.0 16V Sedicivalvole, que logo se tornou objeto de desejo entre os fãs de performance.

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Essa versão esportiva trazia um motor de 137 cavalos a 6.250 rpm, torque de 18,4 kgfm e um desempenho que deixava rivais para trás. Com 0 a 100 km/h em apenas 8,4 segundos e velocidade máxima de 206 km/h, o modelo incomodava até o então consagrado Golf GTI — referência entre os hatches médios de alto desempenho.

Hatch italiano com design moderno e conteúdo acima da média

Além do motor, o hatch italiano chamava atenção pelo visual sóbrio e funcional. Com linhas retas, faróis retangulares e ampla área envidraçada, o Tipo trazia um estilo tipicamente europeu, que contrastava com os modelos nacionais da época. O interior era espaçoso, com bom acabamento e posição de dirigir confortável.

A versão Sedicivalvole vinha ainda mais equipada. Entre os itens de série estavam:

  • Freios a disco nas quatro rodas
  • Faróis com regulagem elétrica
  • Rodas de liga leve aro 14
  • Bancos com maior suporte lateral
  • Computador de bordo
  • Direção hidráulica e ajuste de altura do volante

Em termos de equipamentos, ele oferecia mais que muitos sedãs médios, reforçando sua proposta premium dentro do segmento dos hatches esportivos.

Desempenho à altura do Golf GTI

O grande destaque do Fiat Tipo 2.0 16V Sedicivalvole estava sob o capô. O motor 2.0 de quatro cilindros, com cabeçote de 16 válvulas, entregava potência de forma progressiva, mas com fôlego para altas rotações — algo raro nos anos 90 no Brasil. O câmbio manual de cinco marchas complementava bem o conjunto, oferecendo trocas rápidas e relações bem escalonadas.

Na prática, o hatch da Fiat oferecia uma experiência de direção esportiva e estável. A suspensão independente nas quatro rodas (McPherson na dianteira e traseira) proporcionava bom equilíbrio entre conforto e firmeza. A direção era direta e os freios eficientes, tornando a condução envolvente, segura e divertida.

Saiu das ruas há décadas e hoje é lembrado como o hatch 2.0 italiano que fazia o Golf GTI suar com seu desempenho histórico e motor 16V inédito na época
Foto: Reprodução – Carros Antigos e Clássicos

O comportamento dinâmico do Tipo surpreendia e colocava o modelo no mesmo nível — ou até superior — ao Golf GTI em vários aspectos, especialmente na performance em estrada e retomadas.

Sedicivalvole e o mercado brasileiro: um sucesso ameaçado

Mesmo com tantos predicados, o hatch 2.0 italiano enfrentou desafios no Brasil. O alto custo, por ser importado, e a forte concorrência dos modelos nacionais limitaram suas vendas. Em 1995, a Fiat ainda precisou enfrentar uma grave crise de imagem: diversos casos de incêndios espontâneos em unidades do Tipo foram registrados, levando a um dos maiores recalls da época.

Embora o problema estivesse ligado à versão 1.6 (e não à Sedicivalvole), a desconfiança do público se estendeu a toda a linha. As vendas caíram drasticamente, e o modelo saiu de linha no Brasil em 1995.

Ficha técnica: Fiat Tipo 2.0 16V Sedicivalvole (1994)

EspecificaçãoDetalhes
Motor2.0 DOHC, 4 cilindros, 16 válvulas
Potência máxima137 cv a 6.250 rpm
Torque máximo18,1 kgfm a 5.000 rpm
TransmissãoManual de 5 marchas
TraçãoDianteira
Suspensão dianteiraIndependente, McPherson
Suspensão traseiraIndependente, McPherson
FreiosDiscos nas quatro rodas
RodasLiga leve, aro 15
Pneus195/55 R15
Aceleração 0-100 km/h8,4 segundos
Velocidade máxima206 km/h
Peso1.190 kg
Consumo urbano/médioCerca de 8 km/l (urbano) / 11 km/l (estrada)
Preço na época (1995)Aproximadamente R$ 31.664

O legado do hatch 2.0 italiano que venceu o tempo

Hoje, o Fiat Tipo 2.0 16V Sedicivalvole é visto sob uma nova ótica. O que antes era um modelo incompreendido, passou a ser valorizado por sua exclusividade, desempenho e inovação. Em clubes de carros antigos e eventos de veículos clássicos, o Tipo aparece como um dos poucos representantes da era dos hatches esportivos europeus dos anos 90 no Brasil.

O valor de mercado dos exemplares também reflete essa redescoberta. Unidades bem conservadas, com mecânica original, documentação em dia e sem modificações, chegam a superar os R$ 40 mil, dependendo do estado de conservação e da quilometragem.

Esse valor é significativo para um hatch médio da década de 1990 e mostra o quanto a percepção sobre o modelo evoluiu. Em alguns casos, modelos impecáveis com baixa quilometragem são disputados entre colecionadores e podem alcançar cifras ainda mais expressivas.

Além disso, o modelo ainda é lembrado por trazer um equilíbrio que poucos conseguiram repetir: dirigibilidade refinada, comportamento dinâmico exemplar para a época, motor elástico e confiável (desde que bem mantido), e um visual que envelheceu com dignidade.

Entre colecionadores, há quem defenda que o Sedicivalvole tem tudo para se tornar um dos clássicos europeus mais valorizados no Brasil nas próximas décadas. Sua produção limitada, as unidades remanescentes cada vez mais escassas e o culto crescente entre os fãs da marca italiana são sinais de que seu valor histórico só tende a crescer.

Para os apaixonados por carros clássicos e esportivos com alma, o Fiat Tipo Sedicivalvole é mais do que um veículo: é um ícone de uma era em que as montadoras ousavam mais, mesmo diante de riscos técnicos e comerciais. É um lembrete de que o automobilismo também é feito de coragem — e que alguns carros vencem o tempo não apenas por suas fichas técnicas, mas pelas histórias que ajudam a contar.

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Andrean
Andrean
23/06/2025 21:59

Aí vinha o Citroën Xsara VTS 2.0 e dava um banho “ em todos os aspectos ” em todos eles.

Luís
Luís
22/06/2025 06:16

O Tipo, um carro que não tinha força pra subir uma rampa de estacionamento! 😂

Felipe arnold
Felipe arnold
21/06/2025 21:07

Lixo de carro

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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