Em uma era de grandes inovações tecnológicas e parcerias estratégicas globais, uma proposta audaciosa surgiu na recente reunião do Grupo Consultivo de Parcerias do BRICS. Essa proposta, que pode redefinir o cenário mundial da aviação, envolve a cooperação entre Brasil, Rússia e China para o desenvolvimento de motores de aviões de última geração.
Segundo o site Aeroin, Alexander Skirdov, chefe do departamento de marketing da estatal russa United Engine Corporation (UEC), afirma que a proposta russa vai além de uma simples colaboração.
Trata-se de uma estratégia ambiciosa que visa o desenvolvimento, produção e manutenção de motores de aeronaves modernas, não apenas para aviação civil, mas também para sistemas de propulsão industrial e marítima.
A Rússia, tradicionalmente conhecida por seu poderio tecnológico em setores estratégicos, parece estar buscando um novo fôlego através da união com países como Brasil e China, além de Índia e África do Sul, nações que compõem o BRICS e que, recentemente, têm investido pesadamente em inovações tecnológicas.
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Parceria no BRICS: mais do que apenas motores para a aviação
Durante a reunião, Skirdov sugeriu a criação de um grupo de trabalho dedicado exclusivamente à expansão da cooperação tecnológica no campo da fabricação de motores.
A ideia é criar um ambiente de desenvolvimento colaborativo onde cada nação do BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – possa contribuir com sua expertise, acelerando o processo de inovação e criando produtos que atendam às demandas crescentes do mercado global.
O evento também revelou a intenção da UEC em compartilhar suas avançadas tecnologias de motores, evidenciando que a proposta não se limita apenas à aviação.
O foco se estende também para sistemas de propulsão a gás, que podem ser aplicados em setores industriais e marítimos, fortalecendo a infraestrutura tecnológica dos países envolvidos.
Conforme Skirdov, esse tipo de cooperação pode ser um marco significativo na história do BRICS, unindo economias emergentes em um esforço comum para impulsionar o progresso tecnológico.
Um sistema de propulsão híbrido: a nova fronteira
Um dos destaques da reunião foi a apresentação de um sistema de propulsão híbrido de 500 kW pela UEC, um projeto que combina motores elétricos e a gás (VK-650V).
Essa tecnologia promete não só uma eficiência de combustível superior, mas também posicionar os países do BRICS na vanguarda da inovação aeronáutica, superando sistemas tradicionais e abrindo novas possibilidades para o futuro da aviação.
A ideia de unir forças para criar um banco de dados unificado entre os países do BRICS também foi discutida.
Esse repositório centralizado incluiria informações valiosas sobre componentes e peças de aeronaves, além de detalhes sobre fabricantes nacionais, padrões setoriais e requisitos regulatórios, conforme proposta pela UEC. Tal banco de dados poderia se tornar uma ferramenta crucial para o desenvolvimento conjunto e para a padronização dos processos de fabricação dentro do bloco econômico.
Potencial de fortalecimento da colaboração entre as nações do BRICS
A proposta russa representa muito mais do que uma simples cooperação tecnológica. Ela simboliza uma tentativa de fortalecimento das relações entre os países do BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – ampliando as oportunidades de avanço no setor de aviação e propulsionando as nações envolvidas para a liderança global em tecnologia de motores.
Essa colaboração pode ser vista como uma jogada estratégica da Rússia, que busca solidificar suas alianças em um momento de grandes mudanças geopolíticas e tecnológicas. Mas será que essa aliança tecnológica será suficiente para colocar o BRICS na liderança global do setor aeronáutico?
Isso me parece ser um grande passo para o Brasil, rumo ao chamado ‘primeiro mundo’.
Nunca países da Europa ocidental ou EUA ofereceram compartilhar tecnologia de ponta com países latino americanos ou da África , pelo contrário se quer aprovam empréstimos no FMI ou BID para países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos para desenvolvimento de tecnologias ou estrutura do parque industrial para processamento das comodites