1. Início
  2. / Ciência e Tecnologia
  3. / Rússia quer parceria com Brasil e China para desenvolver motores de aviões de última geração não apenas para aviação civil, mas também para sistemas de propulsão industrial e marítima
Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 1 comentários

Rússia quer parceria com Brasil e China para desenvolver motores de aviões de última geração não apenas para aviação civil, mas também para sistemas de propulsão industrial e marítima

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 25/08/2024 às 13:13
Rússia surpreende e propõe parceria tecnológica ao Brasil e China para dominar o mercado de motores de aviação.
Rússia surpreende e propõe parceria tecnológica ao Brasil e China para dominar o mercado de motores de aviação.

Em uma era de grandes inovações tecnológicas e parcerias estratégicas globais, uma proposta audaciosa surgiu na recente reunião do Grupo Consultivo de Parcerias do BRICS. Essa proposta, que pode redefinir o cenário mundial da aviação, envolve a cooperação entre Brasil, Rússia e China para o desenvolvimento de motores de aviões de última geração.

Segundo o site Aeroin, Alexander Skirdov, chefe do departamento de marketing da estatal russa United Engine Corporation (UEC), afirma que a proposta russa vai além de uma simples colaboração.

Trata-se de uma estratégia ambiciosa que visa o desenvolvimento, produção e manutenção de motores de aeronaves modernas, não apenas para aviação civil, mas também para sistemas de propulsão industrial e marítima.

A Rússia, tradicionalmente conhecida por seu poderio tecnológico em setores estratégicos, parece estar buscando um novo fôlego através da união com países como Brasil e China, além de Índia e África do Sul, nações que compõem o BRICS e que, recentemente, têm investido pesadamente em inovações tecnológicas.

Parceria no BRICS: mais do que apenas motores para a aviação

Durante a reunião, Skirdov sugeriu a criação de um grupo de trabalho dedicado exclusivamente à expansão da cooperação tecnológica no campo da fabricação de motores.

A ideia é criar um ambiente de desenvolvimento colaborativo onde cada nação do BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – possa contribuir com sua expertise, acelerando o processo de inovação e criando produtos que atendam às demandas crescentes do mercado global.

O evento também revelou a intenção da UEC em compartilhar suas avançadas tecnologias de motores, evidenciando que a proposta não se limita apenas à aviação.

O foco se estende também para sistemas de propulsão a gás, que podem ser aplicados em setores industriais e marítimos, fortalecendo a infraestrutura tecnológica dos países envolvidos.

Conforme Skirdov, esse tipo de cooperação pode ser um marco significativo na história do BRICS, unindo economias emergentes em um esforço comum para impulsionar o progresso tecnológico.

Um sistema de propulsão híbrido: a nova fronteira

Um dos destaques da reunião foi a apresentação de um sistema de propulsão híbrido de 500 kW pela UEC, um projeto que combina motores elétricos e a gás (VK-650V).

Essa tecnologia promete não só uma eficiência de combustível superior, mas também posicionar os países do BRICS na vanguarda da inovação aeronáutica, superando sistemas tradicionais e abrindo novas possibilidades para o futuro da aviação.

A ideia de unir forças para criar um banco de dados unificado entre os países do BRICS também foi discutida.

Esse repositório centralizado incluiria informações valiosas sobre componentes e peças de aeronaves, além de detalhes sobre fabricantes nacionais, padrões setoriais e requisitos regulatórios, conforme proposta pela UEC. Tal banco de dados poderia se tornar uma ferramenta crucial para o desenvolvimento conjunto e para a padronização dos processos de fabricação dentro do bloco econômico.

Potencial de fortalecimento da colaboração entre as nações do BRICS

A proposta russa representa muito mais do que uma simples cooperação tecnológica. Ela simboliza uma tentativa de fortalecimento das relações entre os países do BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – ampliando as oportunidades de avanço no setor de aviação e propulsionando as nações envolvidas para a liderança global em tecnologia de motores.

Essa colaboração pode ser vista como uma jogada estratégica da Rússia, que busca solidificar suas alianças em um momento de grandes mudanças geopolíticas e tecnológicas. Mas será que essa aliança tecnológica será suficiente para colocar o BRICS na liderança global do setor aeronáutico?

Inscreva-se
Notificar de
guest
1 Comentário
Mais antigos
Mais recente Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x