Planos da empresa russa envolvem duas pequenas usinas nucleares subaquáticas, com capacidade combinada de 20 MW
Em uma era de avanços tecnológicos sem precedentes, a busca por fontes de energia renováveis e eficientes está cada vez mais intensa. O gigante eslavo, Rússia, está avançando uma ideia audaciosa, a construção de um módulo subaquático para geração de energia nuclear. A mini usina nuclear submersa é especialmente adaptada para a implantação em regiões árticas. Vamos mergulhar neste conceito fascinante e descobrir como ele pode remodelar o futuro da energia.
Unidades nucleares subaquáticas ficam a 400 metros de profundidade
O Bureau de Engenharia Marinha Malakhit, sediado em São Petersburgo, é o cérebro por trás dessa iniciativa inovadora. Seus planos envolvem duas unidades de usina nuclear subaquática, com capacidade combinada de 20 MWe, capazes de se submergir até impressionantes 400 metros de profundidade.
Segundo a Strana Rosatom, revista especializada em assuntos nucleares da Rússia, tal profundidade submarina minimiza os perigos de choques com icebergs. Além disso, o módulo teria funcionamento independente, exigindo apenas manutenções trimestrais realizadas por uma equipe de até seis profissionais.
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Essas usinas nucleares submarinas seriam principalmente destinadas a abastecer regiões extremamente remotas, como o Ártico. Trata-se de locais onde a instalação de usinas convencionais é praticamente impossível, seja devido às condições adversas ou à falta de infraestrutura adequada.
Benefícios e avanços do projeto
No site oficial do Malakhit, são apresentadas algumas vantagens notáveis do projeto de usina nuclear submersa. A unidade nuclear subaquática teria capacidade para ajustar sua profundidade por meio de oito cabos de ancoragem. Ademais, enquanto paira na coluna de água, ela aumentaria sua resistibilidade a movimentos sísmicos.
Apesar de a fase exata de desenvolvimento do projeto russo não ser claramente identificada, a ideia de estabelecer um complexo nuclear submerso não é recente. Em 2016, foi noticiado pela Interfax um projeto semelhante, que já tinha finalizado estudos e modelagens tridimensionais para um reator conforme as normas da AIEA.
França propôs uma ideia de usina nuclear submersa, chamada Flexblue, em 2011
Em 2011, a DCNS da França, com vasta experiência na fabricação de submarinos, propôs uma ideia parecida chamada Flexblue. Este projeto se tratava de uma unidade nuclear offshore compacta, com forma cilíndrica, medindo de 12 a 15 metros de diâmetro e 100 metros de comprimento. O Flexblue teria a capacidade de produzir entre 50 a 250 MWe, usando uma tecnologia de reator de água pressurizada semelhante aos submarinos nucleares.
A Rússia já possui experiência com a produção de usinas nucleares flutuantes, o que pode ajudar a acelerar o desenvolvimento desse novo projeto submarino. O Malakhit Marine Engineering Bureau, parte da United Shipbuilding Corporation, se autodenomina especializado em equipamentos marítimos, incluindo aqueles com usinas nucleares, com foco em “projetar, construir e testar submarinos nucleares e a diesel”.
Essa iniciativa demonstra o potencial extraordinário da energia nuclear como um recurso eficiente e resiliente. As possibilidades que surgem a partir da união da tecnologia nuclear com a engenharia marítima podem revolucionar o futuro do fornecimento de energia, particularmente em locais inóspitos e de difícil acesso.