Putin expande recrutamento militar e amplia ofensiva na Ucrânia: o início de uma nova fase do conflito?
O Kremlin anunciou mudanças significativas no regime de recrutamento militar, ampliando a base de convocação para reforçar suas tropas no front ucraniano. A decisão, que visa suprir as baixas e fortalecer as ofensivas russas, levanta preocupações sobre uma escalada ainda maior do conflito.
Desde o início da guerra, em 24 de fevereiro de 2022, a Rússia tem adotado diferentes estratégias para manter seu contingente militar ativo. No entanto, com as perdas acumuladas ao longo dos combates e a resistência da Ucrânia, Moscou agora adota uma abordagem mais agressiva para recrutar novos soldados.
A mudança afeta diretamente jovens em idade militar, reservistas e, possivelmente, cidadãos de regiões anexadas. Com essa ampliação do recrutamento, o governo russo aposta em um aumento significativo da força de combate para garantir avanços estratégicos nos territórios disputados. Mas até que ponto essa medida pode acelerar a guerra e comprometer a estabilidade da região?
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Rússia expande recrutamento para reforçar seu exército no front
De acordo com informações divulgadas pelo Kremlin em fevereiro de 2025, o novo regime de recrutamento elimina restrições para a convocação de reservistas e amplia a idade máxima para o serviço militar obrigatório. Segundo o governo russo, a medida se tornou necessária devido às “demandas operacionais da guerra na Ucrânia”.
A reforma prevê três principais mudanças no alistamento militar:
- A idade máxima para o serviço militar obrigatório aumenta de 27 para 30 anos, permitindo a convocação de uma faixa etária mais ampla.
- Reservistas inativos serão chamados com mais frequência, mesmo sem experiência de combate recente.
- Novas diretrizes ampliam a possibilidade de recrutamento nas regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporíjia e Kherson, territórios anexados pela Rússia, onde moradores agora podem ser obrigados a servir no exército.
O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, afirmou que a ampliação do recrutamento tem como objetivo fortalecer as forças russas e acelerar o avanço em regiões estratégicas da Ucrânia. No entanto, analistas ocidentais alertam que a medida pode indicar dificuldades para Moscou manter um contingente suficiente no campo de batalha.
O impacto do novo recrutamento na guerra contra a Ucrânia
A decisão de aumentar o contingente militar pode mudar o curso do conflito nos próximos meses. Com mais soldados disponíveis, a Rússia pode intensificar ataques em cidades estratégicas como Avdiivka e Kupiansk, onde já obteve avanços desde outubro de 2024.
Além disso, o aumento no número de tropas pode permitir que Moscou sustente operações ofensivas mais prolongadas sem depender de mobilizações emergenciais, como ocorreu em 2022 e 2023. No entanto, essa ampliação do recrutamento também traz riscos para o próprio governo russo.
Internamente, a convocação de novos soldados pode gerar insatisfação popular, especialmente entre famílias que temem ver seus filhos enviados para o front. Protestos contra a mobilização já foram registrados em cidades como Moscou e São Petersburgo em ocasiões anteriores, e um novo levante pode prejudicar a narrativa do governo de que a “operação militar especial” está sob controle.
Ocidente reage à ampliação do recrutamento militar russo
A mudança na política de alistamento russo gerou reações imediatas no Ocidente. Países da OTAN alertam que o aumento do contingente pode indicar um prolongamento da guerra e uma nova escalada do conflito.
Os Estados Unidos, por meio do Departamento de Estado, expressaram preocupação com o impacto da medida sobre a segurança europeia. Segundo fontes diplomáticas, Washington considera a possibilidade de fornecer mais apoio militar à Ucrânia caso as forças russas ampliem seus ataques.
Na Europa, líderes como o chanceler alemão Olaf Scholz e o presidente francês Emmanuel Macron classificaram a decisão russa como um sinal de que Moscou não busca negociações diplomáticas, mas sim uma vitória militar a qualquer custo.
Enquanto isso, a Ucrânia enfrenta dificuldades para manter suas tropas no campo de batalha. As deserções no exército ucraniano aumentam, e o governo de Volodymyr Zelensky precisa reavaliar suas estratégias de defesa diante da nova ameaça russa.
A mudança no regime de recrutamento militar da Rússia, conforme anunciado pelo Kremlin, sinaliza uma nova fase da guerra. Com mais soldados disponíveis, Moscou pode intensificar sua ofensiva e aumentar a pressão sobre a Ucrânia, dificultando ainda mais as negociações de paz.
Por outro lado, a ampliação do alistamento pode gerar resistência interna e descontentamento na sociedade russa, colocando o governo de Vladimir Putin diante de novos desafios políticos.
🔥 Essa mobilização levará a uma vitória russa mais rápida ou provocará mais instabilidade dentro do próprio país? A Ucrânia e o Ocidente conseguirão reagir a tempo? 🔥