A Rússia prorrogou até o fim do ano a proibição de exportações de gasolina e óleo diesel para conter a escassez causada por ataques ucranianos a refinarias. Situação é crítica na Crimeia.
A Rússia confirmou, nesta quinta-feira (25), que a exportação de combustíveis ficará suspensa até o final de 2025. A medida, anunciada pelo vice-primeiro-ministro Alexander Novak, reflete a dificuldade crescente do país em manter o abastecimento interno de gasolina e diesel, afetado por ataques constantes da Ucrânia contra refinarias e estações de bombeamento.
A decisão amplia proibições já impostas ao longo do ano. Em março, Moscou havia limitado parcialmente as vendas externas de gasolina. Em julho, estendeu o embargo a outros produtores. Agora, a determinação atinge também parte das exportações de óleo diesel, produto estratégico para a economia russa.
Ataques da Ucrânia aumentam a pressão sobre Moscou
As forças ucranianas têm intensificado operações com drones, mirando refinarias, depósitos e até trens de combustível. O objetivo é claro: interromper as cadeias de abastecimento durante o verão, período em que a demanda cresce devido às férias.
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Nesta semana, a Força Aérea da Ucrânia confirmou ataques a diversas instalações, incluindo uma grande refinaria em Bashkortostan, no sul da Rússia, operada pela Gazprom. Esses episódios agravam a crise de combustíveis e expõem a vulnerabilidade da infraestrutura energética russa.
Apesar das promessas de Moscou de que as reservas acumuladas seriam suficientes, a realidade nos postos de gasolina é diferente. O jornal Izvestia, alinhado ao Kremlin, relatou que postos em várias regiões já estão impondo limites de compra para motoristas.
Novak reconheceu que há “uma ligeira escassez de derivados de petróleo”, mas minimizou a gravidade da situação. Ainda assim, filas crescentes em diferentes cidades mostram que a população não sente a mesma tranquilidade.
Crimeia enfrenta cenário mais grave
A situação é ainda mais crítica na Crimeia, região anexada ilegalmente pela Rússia em 2014. Segundo o jornal de negócios Kommersant, quase metade das bombas da península estão fora de operação.
Em Sebastopol, a maior cidade da região, os relatos indicam desabastecimento total de gasolina. O canal local Crimean Wind, no Telegram, relatou que, quando caminhões-tanque chegam aos postos, filas quilométricas se formam imediatamente. Em poucas horas, o estoque se esgota.
O mesmo canal ironizou a crise: “Ainda não há filas para feno, e os preços de cavalos e burros estão estáveis”. A frase reflete a frustração crescente dos moradores com a falta de transparência oficial.
Impactos econômicos e sociais na Rússia
A Rússia é um dos maiores produtores mundiais de óleo diesel, e a venda ao exterior representa uma fonte essencial de receita para o governo. O embargo prolongado, portanto, não é apenas uma resposta emergencial, mas também uma escolha que pode afetar as contas do Estado.
Além disso, a medida tende a elevar os preços internos. Já há registros de aumento de até um terço no valor da gasolina em comparação ao mês anterior. Com o racionamento, o risco de especulação e mercado paralelo também cresce.
Na Crimeia, até mesmo representantes designados por Moscou têm reconhecido que a crise decorre da produção reduzida em refinarias. No entanto, evitam relacionar o problema diretamente aos ataques da Ucrânia.
Essa postura oficial contrasta com os vídeos e imagens divulgados nas redes sociais, que mostram filas intermináveis de veículos. A percepção da população é de que a guerra, iniciada pela própria Rússia, está agora impactando o cotidiano de forma cada vez mais intensa.
Notícia fora de época? Estão no outono e chega logo o inverno. Será q aguentam? A CF.
Matéria cópia de jornais europeus, não têm nada de verdade. Se assim fosse, o Brasil seria afetado no diesel, pois compra muito da Rússia. Sem falar da Índia, que se tornou a maior vendedora de combustível no mundo, sem produzir uma gota; compra tudo da Rússia e exporta mundo a fora.
Reportagem distorcidas com a realidade. Conte a situação da Ucrânia.