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Rumo quer reativar ferrovia esquecida de 169 km que liga 14 cidades do interior paulista e pode mudar a logística regional

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 08/07/2025 às 18:40
Rumo quer reativar ferrovia entre Tupã e Panorama, conectando 14 cidades e prometendo mudar a logística regional no interior paulista.
Rumo quer reativar ferrovia entre Tupã e Panorama, conectando 14 cidades e prometendo mudar a logística regional no interior paulista.
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Projeto busca reativar ferrovia estratégica no interior paulista, conectando 14 cidades e prometendo impacto na logística e no transporte de cargas na região. Proposta tramita em fase decisiva para obtenção de licença ambiental.

A Rumo Malha Paulista protocolou nesta segunda-feira (07), junto ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) o pedido de Licença de Instalação para reativar o ramal ferroviário entre Tupã e Panorama.

Este trecho integra o ramal Bauru–Panorama, que interliga a região de Marília ao principal entroncamento ferroviário do interior paulista, em Bauru.

A meta é recuperar 169 km de trilhos, conectando 14 municípios do Oeste Paulista.

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O processo ambiental tramita desde 2017 e já passou por diversas instâncias, incluindo o Núcleo de Apoio à Gestão de Incidentes e Emergências Ambientais e o Serviço de Planejamento e Análise de Dados.

No entanto, os laudos técnicos e relatórios permanecem sob sigilo, dificultando o acesso a detalhes específicos sobre o licenciamento.

Rumo quer reativar ferrovia entre Tupã e Panorama, conectando 14 cidades e prometendo mudar a logística regional no interior paulista.
Rumo quer reativar ferrovia entre Tupã e Panorama, conectando 14 cidades e prometendo mudar a logística regional no interior paulista.

Reativação do ramal ferroviário e concessão

A Rumo comprometeu-se, no âmbito da antecipação da concessão das ferrovias pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), a reativar o ramal.

O cronograma prevê a conclusão da limpeza e recuperação da malha entre Bauru e Tupã ainda em 2025, com término das obras até 2028.

O plano foi dividido em três fases: primeiro, a limpeza da vegetação; em seguida, a recuperação de infraestrutura — incluindo erosões, cortes e aterros; por fim, a restauração dos trilhos, dormentes e lastro de brita.

As intervenções começaram em junho de 2024.

Disputas judiciais e desafios operacionais

Mesmo com o ritmo acelerado, a execução enfrenta entraves judiciais.

Usuários da faixa de domínio, inclusive em Marília, tiveram que ser removidos por ordem judicial, gerando disputas que atrasam o projeto.

O ramal passará pelos seguintes municípios: Tupã, Iacri, Parapuã, Osvaldo Cruz, Inúbia Paulista, Lucélia, Adamantina, Flórida Paulista, Pacaembu, Irapuru, Junqueirópolis, Dracena, Ouro Verde e Panorama.

Impactos para a logística regional

A restauração dessa linha férrea poderá reduzir os custos e o tempo de transporte de grãos, insumos agrícolas e produtos industriais na região.

O modal ferroviário, reconhecido por sua eficiência e menor impacto ambiental em relação ao rodoviário, tende a desafogar as rodovias e otimizar o escoamento da produção do Oeste Paulista.

Apesar disso, não há informações públicas detalhadas sobre a capacidade anual de carga projetada, número de viagens ou estimativas de impacto econômico.

Os documentos ainda não estão disponíveis para avaliação externa.

Rumo quer reativar ferrovia entre Tupã e Panorama, conectando 14 cidades e prometendo mudar a logística regional no interior paulista.
Rumo quer reativar ferrovia entre Tupã e Panorama, conectando 14 cidades e prometendo mudar a logística regional no interior paulista.

Aspectos ambientais e licenciamento

Por envolver áreas urbanas e rurais, o ramal está sujeito a estudos de impacto ambiental.

A exigência de Licença de Instalação indica que há riscos significativos relacionados à reativação – como supressão de vegetação, interferência em áreas de preservação permanente, drenagem e solos.

Até o momento, os órgãos técnicos avaliaram a documentação.

Contudo, a falta de acesso aos relatórios e laudos impede conclusões sobre as medidas de mitigação ou compensação ambiental previstas.

Prazos e etapas do projeto ferroviário

A prioridade de reativação do ramal está atrelada a acordos firmados com a ANTT para antecipar a prorrogação da concessão da malha paulista.

Assim, a recuperação entre Bauru e Tupã até o final de 2025 faz parte das contrapartidas previstas no novo plano de concessão.

O cronograma final, com conclusão em 2028, foi reforçado pela Rumo ao Diário Tupã, que destacou que o retorno da operação ocorrerá após as etapas previstas.

E você, leitor: acredita que a reativação do ramal Tupã–Panorama será um motor de transformação para a logística do Oeste Paulista?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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