Uma criatura nunca antes vista foi encontrada na junção de placas tectônicas do Pacífico, surpreendendo cientistas e espectadores
Uma descoberta inusitada no fundo do Oceano Pacífico deixou cientistas e internautas intrigados. Um poliqueta, criatura marinha nunca antes vista, foi encontrado na junção de três placas tectônicas por pesquisadores do Instituto Oceânico Schmidt.
A criatura, que brilha como se fosse feita de arco-íris líquido, ganhou o apelido curioso de “esfregador de vaso sanitário proibido”, graças a comentários bem-humorados nas redes sociais.
A descoberta da criatura surpreendente
Usando um robô subaquático, o ROV (Veículo Operado Remotamente), os pesquisadores exploravam a Margem do Chile quando se depararam com o poliqueta. “Para descrever esse poliqueta, basta usar as mãos de jazz — é a única maneira de capturar o brilho desse verme das profundezas do mar!”, brincaram os cientistas em uma postagem no Instagram, acompanhada de imagens fascinantes da criatura.
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De aparência incomum, o poliqueta foi descrito por alguns internautas como uma “árvore de Natal do fundo do mar”, enquanto outros o compararam a um par de cílios postiços. Um espectador resumiu a surpresa coletiva ao comentar: “Parece algo que um alienígena esqueceria no planeta Terra.”
O que é um poliqueta?
Pertencente à classe dos vermes marinhos conhecidos como poliquetas, a criatura possui uma estrutura corporal segmentada, com protuberâncias chamadas parapódios cobertas por cerdas iridescentes. Essas cerdas, também chamadas de quetas, têm propriedades únicas que refletem luz, criando um efeito brilhante e colorido.
Embora alguns poliquetas sejam bioluminescentes, esta espécie recém-descoberta deve sua iridescência a estruturas proteicas em suas cerdas. “Os poliquetas desempenham um papel vital em nosso oceano global, contribuindo para a reciclagem de nutrientes e para a manutenção de ecossistemas de águas profundas“, explicaram os especialistas.
A Margem do Chile: um laboratório natural
A Margem do Chile, local onde o poliqueta foi encontrado, é uma região de importância científica singular. Trata-se de uma formação costeira de águas profundas que se estende ao longo da costa oeste da América do Sul, onde a placa tectônica do Pacífico submerge sob a placa Sul-Americana. Essa confluência de forças geológicas cria um ambiente ideal para estudar ecossistemas quimiossintéticos e organismos adaptados às condições extremas.
Com profundidades variando entre 2.652 e 3.281 pés, essa área é apelidada de “laboratório natural”. Durante uma expedição de 55 dias, que se encerra em 5 de dezembro, os cientistas têm como objetivo mapear, amostrar e caracterizar os ecossistemas únicos dessa região. “A pesquisa deles aumentará nossa compreensão de uma área essencial no oceano, ao mesmo tempo em que fortalecerá os esforços para gerenciar e proteger as águas do Chile”, destaca o Instituto Oceânico Schmidt.
Repercussão nas redes sociais
O vídeo do poliqueta brilhante avançando lentamente pelo fundo do mar se tornou viral, gerando uma enxurrada de comentários criativos e curiosos. Um espectador brincou: “Quem é esse Pokémon?” Outro comentou: “É uma escova de esfregar para pia!” Apesar do tom descontraído, o fascínio do público destaca a importância de avanços científicos em áreas tão inexploradas como as profundezas oceânicas.
Um mistério das profundezas
Além do poliqueta, outras espécies inéditas também foram encontradas durante a expedição. No entanto, nenhuma chamou tanta atenção quanto o “esfregador de vaso sanitário proibido”. A descoberta ressalta o quanto ainda há para se aprender sobre os oceanos, que cobrem mais de 70% do planeta, mas permanecem amplamente inexplorados.
Ainda que tenha sido descrito com humor por muitos, o poliqueta representa um marco significativo na ciência. Ele é um lembrete de que, mesmo nas profundezas mais escuras e isoladas da Terra, a vida pode prosperar, surpreendendo até os pesquisadores mais experientes.