Primeiro procedimento autônomo em humano revela como tecnologia pode mudar a medicina
Uma cirurgia inédita realizada em março de 2025 promete revolucionar a medicina mundial.
Pela primeira vez, um robô guiado por inteligência artificial conseguiu remover a vesícula biliar de um paciente real, demonstrando precisão cirúrgica comparável à de um médico experiente.
O feito, divulgado na revista Science Robotics, foi conduzido por pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.
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Procedimento histórico revela potencial da IA
Para Axel Krieger, líder do projeto desde 2022, “saímos de robôs que seguem ordens limitadas para sistemas que compreendem cirurgias inteiras”.
Em 2022, a mesma equipe realizou a primeira operação robótica autônoma em um porco vivo, usando o robô STAR.
Contudo, naquela ocasião, o ambiente era totalmente controlado e o plano cirúrgico fixo.
Agora, com o SRT-H (Transformador de Robô Cirúrgico Hierárquico), a equipe conseguiu quebrar essa barreira: o sistema tomou decisões, se corrigiu sozinho e respondeu em tempo real a situações imprevistas.
Treinamento baseado em aprendizado de máquina
Para chegar a esse nível, o robô foi treinado, desde 2024, usando técnicas de aprendizado de máquina semelhantes às do ChatGPT, da OpenAI.
A máquina assistiu a vídeos de médicos da Johns Hopkins realizando a cirurgia em cadáveres de porcos, com legendas explicativas para reforçar o treinamento.
Durante o procedimento real, o SRT-H reagiu a comandos de voz, ajustando movimentos como um residente orientado por um mentor.
Interatividade faz robô aprender com feedback
Enquanto sistemas robóticos convencionais apenas repetem passos pré-programados, o SRT-H entendeu instruções como “agarrar a cabeça da vesícula” ou “mover o braço esquerdo mais à esquerda”.
Mesmo quando os pesquisadores complicaram a operação, alterando a aparência anatômica com corantes semelhantes a sangue, o robô ajustou sua estratégia.
Jeff Jopling, cirurgião da Johns Hopkins, destaca: “Este treinamento modular mostra como é possível automatizar tarefas complexas com segurança”.
Desempenho surpreende equipe médica
Apesar de o procedimento ter levado mais tempo do que o de um cirurgião humano, o resultado foi considerado impecável.
Para Krieger, braços robóticos atuais já auxiliam médicos, mas não operam sozinhos.
Com o SRT-H, surge a possibilidade de robôs executarem cirurgias completas, com supervisão apenas quando necessário.
Linha do tempo comprova avanço
- 2022: Robô STAR faz a primeira cirurgia autônoma em porco vivo.
- 2024: Equipe treina o SRT-H em tarefas básicas, como sutura e manipulação de agulhas.
- Março de 2025: Remoção de vesícula biliar realizada em humano com 17 etapas complexas.
Impacto para o futuro da medicina
Para especialistas, o SRT-H pode democratizar cirurgias complexas em regiões carentes de profissionais qualificados.
A Johns Hopkins já confirma que pretende expandir os testes para outros tipos de procedimentos, elevando o nível da automação médica.
Esse avanço também abre caminho para robôs aprenderem com imitação, aprimorando precisão, segurança e acesso.
Desafios e governança responsável
Apesar da empolgação, a equipe ressalta a importância de protocolos claros e monitoramento constante para evitar riscos.
A previsão é que novos testes clínicos ocorram ainda em 2025, ampliando o uso do SRT-H para áreas como cardiologia e ortopedia.
Para Krieger, “este é só o começo de uma fase em que máquinas vão ajudar médicos a operar com mais eficiência, precisão e segurança”.
O que esperar da cirurgia robótica?
Especialistas alertam que o sucesso depende de transparência, governança sólida e treinamento rigoroso.
Equilibrar automação e supervisão humana será essencial para que a IA complemente — e não substitua — o olhar clínico dos profissionais.
E você? Acredita que robôs autônomos podem melhorar a saúde pública? Ou prefere procedimentos 100% manuais? Deixe sua opinião!