Entenda como o tiggo 3x da CAOA Chery surgiu como aposta acessível, foi equipado e promissor, e mesmo assim saiu de linha em menos de um ano no Brasil.
Lançado pela CAOA Chery em meados de 2021, o Tiggo 3X chegou ao Brasil prometendo ser uma alternativa acessível e moderna no segmento de SUVs compactos.
Com motor 1.0 turbo, câmbio CVT e um pacote de equipamentos generoso, o modelo parecia ter fôlego para conquistar espaço entre rivais como o Chevrolet Tracker e o VW Nivus.
No entanto, menos de um ano depois, o SUV foi retirado do mercado brasileiro.
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Fabricado em Jacareí (SP), o Tiggo 3X teve sua produção interrompida após a decisão da montadora de encerrar as atividades na planta para focar em veículos híbridos e elétricos.
A curta vida do modelo por aqui não apagou seu potencial. Se ainda estivesse à venda, o Tiggo 3X poderia ser um forte concorrente do recém-lançado Volkswagen Tera, graças ao seu visual atualizado e bom custo-benefício. Hoje, ele sobrevive como opção interessante no mercado de seminovos.
Estilo e posicionamento do Tiggo 3x — a proposta acessível da CAOA Chery
O Tiggo 3x foi posicionado pela CAOA Chery como uma evolução do Tiggo 2 — com visual mais moderno e valor competitivo.
Lançado em 2021, ele ocupava um espaço estratégico entre o Tiggo 2 e o Tiggo 5X. Sua grade frontal já adiantava o estilo dos modelos mais sofisticados da marca, como o Tiggo 8 Pro.
Lanternas traseiras pequenas, barra escurecida e rodas diamantadas de 16’’ completavam o visual jovem e atraente.
Equipamentos e motor: surpreendente e bem equipado
Para concorrer com SUVs como Nivus, Creta e Kicks, o Tiggo 3x da CAOA Chery chegou com itens generosos logo na versão de entrada: central multimídia, direção elétrica, piloto automático… e até bancos de couro na versão Pro.
Isso por pouco mais de R$100 mil, um preço até então convidativo para o segmento.
Por baixo do capô, ostentava um motor 1.0 turbo flex, inédito para a marca no Brasil, com 102 cv e 17,1 kgfm de torque.
A transmissão era um CVT com nove marchas simuladas, pensada para equilibrar desempenho e economia, com consumo de até 12,2 km/l na estrada com gasolina.
Vida curta: menos de um ano
Apesar do pacote atraente, o tiggo 3x teve uma trajetória curta. Produzido em Jacareí, ele foi lançado em meados de 2021 e, antes mesmo de completar um ano, teve sua fabricação interrompida.
O motivo? A fábrica passaria por mudanças estruturais profundas para focar exclusivamente na produção de veículos eletrificados, híbridos e elétricos futuramente.
Comparativo com rivais atuais
Se estivesse no mercado hoje, o tiggo 3x da CAOA Chery enfrentaria concorrentes diretos como o Volkswagen Tera, o Fiat Pulse e o Renault Kardian.
Seu preço inicial, entre R$100.990 e R$105.990, posicionava-o junto aos hatch intermediários e SUVs subcompactos, tornando sua proposta interessante frente aos rivais.
Tabela rápida — Tiggo 3x da CAOA Chery resumido
Aspecto | Detalhes |
Estilo e posicionamento | SUV subcompacto visual moderno entre Tiggo 2 e 5X |
Equipamentos | Central multimídia, direção elétrica, bancos de couro (Pro) |
Motor e transmissão | 1.0 turbo flex (102 cv); câmbio CVT de 9 marchas simuladas |
Tempo de mercado | Lançado em 2021; descontinuado em 2022 |
Motivo da interrupção | Reestruturação da fábrica para produção de carros eletrificados |
Principais rivais | VW Tera, Fiat Pulse, Renault Kardian |
O Tiggo 3x da CAOA Chery foi um exemplo de como uma montadora pode lançar um modelo promissor, com motorização eficiente e amplo conteúdo, mas ainda assim retirá-lo antes que se firmasse.
Seu fim antecipado reflete a aceleração na transição para veículos eletrificados.
Mesmo com vida curta, o tiggo 3x deixou uma lembrança positiva como uma opção acessível e bem equipada — ainda valorizada hoje no mercado de usados.
O Tiggo 3x tinha uma proposta interessante, mas pecava por ter um motor fraco, que nunca havia sido usado antes no Grupo Chery. Bastaria trocar o motor e melhorar o ajuste do câmbio, que as vendas iriam melhorar.
Quanto a fábrica de Jacareí, a CAOA inventou essa história de eletrificação da planta para forçar o fechamento e assim tentar garantir que futuros lançamentos da Chery fossem para Anápolis. Tanto que a CAOA até hoje bem impedindo os chineses de reativarem a fábrica de Jacareí. Investimento para conversão para elétricos e híbridos, até hoje, nada. E o prazo de três anos de inatividade já se esgotou.