A BYD Shark chega para rivalizar com Hilux e Ford Ranger, oferecendo 430 cavalos e autonomia de até 840 km. Descubra como essa picape está pronta para redefinir o mercado de veículos potentes!
A BYD se prepara para lançar mais uma novidade no mercado brasileiro. Neste fim de semana, em Goiânia, a Shark, primeira picape híbrida plug-in comercializada no Brasil, será oficialmente apresentada ao público.
Embora o modelo já estivesse disponível em regime de pré-venda desde o início do mês, seu lançamento oficial promete atrair ainda mais atenção.
Pré-venda e expectativas de preço
Desde o início das reservas, quem garantiu uma unidade da Shark desembolsou um sinal inicial e teve direito a vantagens exclusivas, como um carregador portátil de 3,5 kW, um kit de energia solar para alimentar o carregador e seguro total por um ano.
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No entanto, alguns detalhes, como as metas comerciais e o preço final, permanecem envoltos em mistério. Ainda assim, especula-se que a picape seja comercializada por algo em torno de R$ 300 mil, uma vez que a BYD sempre adotou uma estratégia de preços competitiva em relação aos seus concorrentes.
tecO lançamento da Shark em Goiás, Estado com forte ligação ao agronegócio e que possui um mercado relevante de picapes, reflete o desejo da marca de expandir seu público para além dos centros urbanos. Contudo, não se espera que a picape se torne uma ferramenta de trabalho nas fazendas, mas sim um símbolo de status nas grandes cidades do Centro-Oeste.
Dimensões e concorrência no mercado
Com 5,45 metros de comprimento e um entre-eixos generoso de 3,26 metros, a Shark se posiciona entre modelos intermediários, como a Fiat Toro e a Ford Ranger.
No entanto, a capacidade de carga da Shark é de 835 kg, inferior à de concorrentes movidas a diesel, que frequentemente ultrapassam 1 tonelada. Apesar disso, o grande diferencial da Shark está sob o capô, com seu powertrain híbrido.
Com essa configuração, a Shark promete ser uma adversária de peso para modelos consagrados, como Toyota Hilux e Ford Ranger. Sua combinação de alta tecnologia, acabamento superior e uma lista generosa de itens de série já é característica da BYD, e deve ser um atrativo para os consumidores.
A entrada da BYD no segmento de comerciais leves
Embora a BYD já estivesse presente no Brasil com o furgão elétrico T3, que acumulou pouco mais de 300 licenciamentos desde 2020, a Shark marca a entrada efetiva da montadora no segmento de comerciais leves.
Este mercado é responsável por 11% de todos os automóveis e comerciais leves vendidos no Brasil, e o powertrain híbrido da Shark parece uma solução ideal para um país que ainda está em fase inicial de construção de infraestrutura para recarga de veículos elétricos.
A expectativa é que a BYD conquiste uma parcela significativa desse mercado nos próximos anos, especialmente em 2025. Além disso, há rumores de que a Shark pode ser montada na planta de Camaçari, na Bahia, mas isso deve ocorrer apenas em uma fase posterior da operação, que começará com a produção de outros modelos no próximo ano.
Outro ponto importante é a expansão da BYD na América Latina. Stella Li, CEO Américas da marca, confirmou que a BYD terá uma fábrica no México com capacidade para produzir até 150 mil veículos por ano. Esse movimento pode impactar diretamente o mercado brasileiro, já que o Brasil possui um acordo comercial com o México, permitindo a importação de veículos isentos de imposto.
Crescimento da BYD no mercado brasileiro
Nos primeiros nove meses de 2024, a BYD vendeu 51,3 mil veículos no Brasil, conquistando a 10ª posição no ranking das marcas mais vendidas, com 2,9% de participação de mercado. Esse desempenho a coloca à frente de marcas tradicionais como Citroën e Peugeot, que detêm 1,4% e 1,1% de participação, respectivamente. No entanto, a BYD não atingirá a projeção inicial de vender 120 mil unidades em 2024, revisada para 100 mil ainda no primeiro semestre.
Mesmo assim, a marca tem mostrado um crescimento expressivo. Se continuar mantendo a média mensal de 5,7 mil unidades vendidas, alcançada entre janeiro e setembro, a BYD poderá encerrar o ano com cerca de 70 mil veículos comercializados, quatro vezes mais do que as 17,9 mil unidades vendidas em 2023.
A Shark representa um passo importante para a BYD em sua expansão no mercado brasileiro. A combinação de tecnologia avançada, um powertrain híbrido adequado às necessidades locais e a forte presença no segmento de picapes deve consolidar ainda mais a posição da marca no país.