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Risco real de intervenção: Banco Master paga 150% do CDI, perde venda de R$ 2 bi vetada pelo BC e vê CDBs despencarem a 20% ao ano

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 09/09/2025 às 09:50
O risco do Banco Master não está só nos CDBs “turbinados”, mas no veto do Banco Central à compra de R$ 2 bilhões pelo BRB — sinal de desconfiança regulatória que pressiona a solvência.
O risco do Banco Master não está só nos CDBs “turbinados”, mas no veto do Banco Central à compra de R$ 2 bilhões pelo BRB — sinal de desconfiança regulatória que pressiona a solvência.
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Banco Master enfrenta crise após veto do Banco Central, queda na confiança de investidores e CDBs negociados a 20% ao ano

O Banco Master ficou conhecido por oferecer CDBs com remuneração muito acima da média, chegando a 150% do CDI em prazos curtos. Em 2025, essa estratégia, antes vista como agressiva, se transformou em um símbolo de fragilidade diante do risco de intervenção do Banco Central. Segundo o especialista Raul Sena, o problema não está apenas nos papéis “turbinados”, mas no veto de R$ 2 bilhões do BRB, sinal de desconfiança regulatória.

Apesar de ter registrado lucro de R$ 57,7 milhões no 1º trimestre de 2025, uma queda de 3% em relação a 2024, o banco vive um impasse. O veto do BC à venda para o Banco de Brasília (BRB) ampliou as dúvidas sobre sua saúde financeira e colocou pressão sobre investidores que hoje veem os papéis do Master como de altíssimo risco.

Por que o Banco Central barrou a venda

O episódio central da crise foi a tentativa frustrada de venda ao BRB.

O negócio, avaliado em R$ 2 bilhões, teria permitido ao Banco Master reforçar seu capital e afastar temores de solvência.

O Banco Central, no entanto, vetou a operação, alegando falhas na avaliação de ativos e cláusulas que manteriam o controlador Daniel Vorcaro no comando após a venda.

Para Raul Sena, a decisão do BC foi um divisor de águas: ao recusar a transação, a autoridade monetária enviou um recado claro de desconfiança regulatória.

A partir daí, investidores passaram a precificar o risco de quebra como algo real e imediato.

CDBs negociados a 20% ao ano

Após o veto, os CDBs do Banco Master passaram a ser negociados no mercado secundário a taxas de até 20% ao ano.

Essa remuneração não representa ganho, mas sim um alerta vermelho: quanto maior o retorno, maior a percepção de risco de calote.

Investidores correm para se desfazer dos papéis, e isso pressiona ainda mais a instituição.

Os maiores prejudicados são os que aplicaram acima do limite do FGC (R$ 250 mil por CPF e instituição).

Valores acima disso não têm garantia de ressarcimento em caso de liquidação.

O papel do FGC e a exposição dos investidores

O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) cobre até R$ 250 mil por CPF em caso de quebra de uma instituição financeira.

Em crises recentes, como no caso da BRK Financeira, o prazo de devolução variou entre 48 horas e 15 dias, com limite legal de até 5 anos.

Isso significa que pequenos investidores estão relativamente protegidos, mas quem aplicou acima desse valor corre risco elevado de perda.

Para Raul Sena, esse caso é um alerta de que renda fixa não é sinônimo de segurança absoluta.

Existe saída para o Banco Master?

Apesar da gravidade da situação, analistas lembram que a carteira de crédito do Banco Master é considerada atraente.

Rumores apontam interesse do BTG Pactual e até de seguradoras como a JF na compra de fatias dessa carteira.

Nesse cenário, uma reorganização poderia salvar parte dos negócios.

Especialistas reforçam que o Banco Master não é uma pirâmide financeira.

O problema está no modelo de operação: captar caro para emprestar barato é inviável frente a concorrentes maiores.

Em mãos mais sólidas, parte dos ativos pode ser aproveitada, mas a incerteza de curto prazo gera instabilidade crescente.

O risco real de intervenção em 2025

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Diante da sequência de eventos — lucro em queda, venda vetada, CDBs negociados a 20% ao ano e investidores expostos acima do limite do FGC — o Banco Master entrou no radar de intervenção do Banco Central em 2025.

Raul Sena alerta que, se o cenário não for revertido, a autoridade monetária pode decretar liquidação ou forçar uma venda fatiada para proteger o sistema financeiro.

Você acredita que o Banco Central deveria intervir no Banco Master ou ainda há espaço para uma recuperação negociada? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem vive isso na prática.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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