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Rio de Janeiro possui forte potencial na transição energética e se destaca na produção de petróleo de baixo carbono, aponta Firjan

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 15/08/2022 às 10:33
A Firjan divulgou o anuário de petróleo de 2022 e apontou uma série de projeções futuras para o mercado de óleo e gás natural no Rio de Janeiro, reforçando a posição de destaque na transição energética em razão da produção de petróleo de baixo carbono.
Fonte: CNN

A Firjan divulgou o anuário de petróleo de 2022 e apontou uma série de projeções futuras para o mercado de óleo e gás natural no Rio de Janeiro, reforçando a posição de destaque na transição energética em razão da produção de petróleo de baixo carbono.

Na última quinta-feira, (11/08), a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) lançou o anuário de petróleo do ano de 2022 e reforçou que a experiência do estado no fornecimento de bens e serviços pode garantir um forte crescimento no ramo de petróleo. Além disso, houve pela primeira vez um caderno voltado para a transição energética no país, que reforçou o potencial do estado no ramo da sustentabilidade em razão da produção de petróleo de baixo carbono.

Indústria da transição energética pode ser fortemente beneficiada com os bens e serviços do Rio de Janeiro, aponta relatório da Firjan 

Em comparação com o mercado mundial de energia, a Firjan destaca na região carioca a experiência do em fornecer bens, serviços e equipamentos para a indústria marítima de petróleo e a pegada mais baixa de carbono na produção industrial fluminense.

Colocando o estado como uma das potências do país para o futuro da transição energética, principalmente quanto à produção de petróleo de baixo carbono.

Os dados da federação comprovam que o fornecedor brasileiro tem uma emissão de carbono seis vezes menor do que a chinês na produção de um bem e 4,6 vezes menor do que a média global. Dessa forma, o estado do Rio de Janeiro pode se tornar ainda mais relevante no fornecimento para a indústria de petróleo e gás natural de baixo carbono.

Além disso, com o plano de desinvestimento da Petrobras e a venda de campos maduros no Brasil, esse cenário se torna ainda mais favorável ao estado, de acordo com a Firjan. 

A federação reuniu as principais informações do setor no lançamento do anuário de petróleo de 2022 e, pela primeira vez, trouxe um caderno voltado apenas para a transição energética, que reforçou o potencial do estado no fornecimento sustentável de insumos.

Segundo o vice-presidente da Firjan, Raul Sanson, o governo do Rio de Janeiro precisa agora voltar seus esforços para garantir os incentivos fiscais necessários para o crescimento do mercado da transição energética na região. 

Rio de Janeiro já é destaque no ramo de produção de petróleo de baixo carbono, mas pode avançar números com os incentivos corretos 

O relatório da Firjan ainda comprovou a relevância socioeconômica do mercado de produção de petróleo na região carioca, visto que mais de 50% da mão-de-obra empregada exclusivamente no mercado de petróleo no Brasil está localizada no Rio, em razão da localização das bacias de Campos e Santos. Assim, o estado possui uma participação em 80% na produção nacional de petróleo, com uma produção de quase 2 milhões de barris por dia desse combustível.

Além disso, as projeções da Agência Nacional de Petróleo (ANP) mostram que o Estado deve receber R$ 380,71 bilhões em investimentos em produção de petróleo entre 2022 e 2026. Dessa forma, o mercado de produção de petróleo de baixo carbono no Rio de Janeiro pode contribuir para que a região se torne referência mundial na transição energética. Mas precisam haver os incentivos necessários para que isso aconteça ao longo dos próximos anos. 

Por fim, a Firjan destaca a adequação da mão de obra fluminense quanto ao mercado da transição energética e afirma que há a necessidade de mais qualificação: “A diversidade e complementariedade das fontes de energia têm aumentado e isso vai se refletir no profissional que essa indústria vai contratar. Os funcionários terão que ser “multifunções” e saber falar da indústria de energia como um todo, por exemplo”.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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