Cientistas chineses desenvolvem o primeiro comandante militar de IA do mundo. A nova tecnologia é capaz de aprender com experiências e memorizar estratégias em simulação.
Cientistas chineses deram um passo gigante rumo ao futuro no campo da tecnologia militar ao desenvolverem o primeiro comandante militar de IA do mundo. O comandante militar de IA está confinado estritamente a um laboratório na Faculdade de Operações Conjuntas da Universidade de Defesa Nacional em Shijiazhuang.
Comandante militar de IA evolui “pensamentos” em simulações de guerra
O primeiro comandante militar de IA do mundo foi desenvolvido para espelhar um comandante humano em todos os aspectos, incluindo, padrões de pensamento, personalidade e até mesmo suas falhas.
O nível das Inteligências Artificiais evoluem de forma exponencial. Segundo um outro estudo publicado, em testes recentes, a Inteligência Artificial foi capaz de enganar mais de 50% das pessoas fingindo se passar por um humano.
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Em simulações de guerra em grande escala, que envolvem todos os ramos do Exército de Libertação Popular (PLA), o primeiro comandante militar de IA do mundo recebeu autoridade suprema sem precedentes, aprendendo e evoluindo rapidamente nas guerras virtuais em constante mudança.
Este projeto de pesquisa inovador dos cientistas chineses foi revelado em maio em um artigo revisado por pares publicado na revista da China “Common Control & Simulation”. A equipe de cientistas chineses, liderada pelo engenheiro sênior Jia Chenxing, destacou que a tecnologia IA tem tanto potencial quanto riscos nas aplicações militares, mas este projeto oferece uma solução viável para o dilema crescente.
Primeiro comandante militar de IA do mundo não oferece riscos à humanidade, segundo a China
Na China, o princípio “O Partido comanda a arma” é estritamente seguido, e somente a Comissão Militar Central do Partido Comunista da China possui autoridade para mobilizar o PLA.
Apesar da tecnologia IA dos cientistas chineses estar adquirindo a capacidade de tomar decisões independentes, unidades avançadas, incluindo drones e cães robóticos, possui mais liberdade de movimento e poder de fogo, mas a autoridade de comando permanece firmemente nas mãos humanas nos quartéis-generais.
O PLA tem preparado diversos planos operacionais para potenciais conflitos militares em áreas como Taiwan e Mar do Sul da China. Um objetivo essencial dos cientistas chineses é testar esses planos em simulações para “pesar o bom e o ruim” e obter insights sobre o caos da batalha, segundo escrito por Jia e seus colegas.
As simulações militares em nível de campanha frequentemente exigem a participação de comandantes humanos para tomar decisões imediatas em resposta a eventos inesperados. Contudo, o número de comandantes sêniores do PLA e sua disponibilidade são muito limitados, tornando impossível sua participação em um grande número de simulações de guerra.
Comandante militar de IA pode substituir humanos?
Segundo uma reportagem do South China Morning Post, o primeiro comandante militar de IA do mundo pode substituir comandantes humanos quando eles não podem participar de uma batalha virtual ou exercer autoridade de comando. Dentro do laboratório, ela pode exercer esse poder livremente, sem qualquer interferência humana.
A equipe de Jia explicou que o comandante foi configurado a princípio apenas como um estrategista experiente e brilhante, possuindo faculdades mentais sólidas, um caráter equilibrado e firme, capaz de analisar e julgar situações com calma, sem decisões emocionais ou impulsivas, e rápido em desenvolver planos práticos ao recordar cenários de tomada de decisão parecidas com memórias.
No entanto, essa configuração pode ser ajustada se necessário. Para simular a fraqueza humana de esquecer, os cientistas também impuseram um limite ao tamanho da base de conhecimento do comandante de IA. Quando a memória alcança o limite, algumas unidades de conhecimento são descartadas. Este desenvolvimento permite ao PLA conduzir um grande número de simulações de guerra sem intervenção humana.