Nova geração da televisão digital traz mais qualidade, interatividade e personalização, com estreia prevista até a Copa de 2026
O presidente do Brasil, assinou em 27 de agosto de 2025 o decreto que oficializa a TV 3.0, chamada de DTV+.
A nova tecnologia promete transformar a experiência da televisão aberta. Ela oferecerá imagem em 4K e até 8K, som imersivo com padrão de cinema e recursos interativos inéditos, sem custo adicional.
Segundo o Ministério das Comunicações, a expectativa é que o sistema esteja em funcionamento antes da Copa do Mundo de 2026.
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No entanto, a adoção dependerá da preparação das emissoras. Além disso, diversos países já estão em processo de adaptação à tecnologia.
Características da nova transmissão digital
De acordo com o Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre, em agosto de 2024 a TV 3.0 passou a se chamar Digital Television+ (DTV+).
A tecnologia utiliza o padrão ATSC 3.0, reconhecido mundialmente como um dos sistemas mais avançados de transmissão digital.
Para o público, isso significa:
- Imagens em altíssima resolução, com maior brilho, contraste e nitidez.
- Som envolvente e imersivo, próximo ao de salas de cinema.
- Canais transformados em aplicativos, oferecendo navegação semelhante às Smart TVs.
- Publicidade personalizada, com anúncios direcionados de acordo com o perfil do usuário.
- Interatividade ao vivo, permitindo votar em programas, participar de enquetes e comprar produtos exibidos.
Wilson Diniz, secretário de Comunicação Social Eletrônica, explicou que a qualidade audiovisual não dependerá de conexão à internet.
Entretanto, a internet ampliará a interatividade, tornando possível sincronizar conteúdos, adquirir produtos e interagir em tempo real.
Experiências personalizadas para o público
Segundo Leonora Bardini, diretora de programação da TV Globo, a TV 3.0 reconhecerá o perfil de cada usuário, oferecendo conteúdos ajustados aos interesses pessoais.
Por exemplo, em transmissões esportivas, a tecnologia poderá adaptar a experiência para torcedores de diferentes seleções. Isso criará um ambiente único para cada público.
Essa personalização também alcançará a publicidade, semelhante ao que já ocorre nas redes sociais.
Bardini afirmou que “assim que o usuário se conectar, a TV oferecerá uma combinação de programação e anúncios sob medida”.
Processo de transição gradual
O ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, destacou que ninguém precisará trocar a televisão de imediato.
No primeiro momento, será necessário um conversor compatível, estimado entre R$ 300 e R$ 350. A declaração foi feita em entrevista à GloboNews em 27 de agosto de 2025.
Assim como ocorreu na transição do sinal analógico para o digital, haverá um período de convivência entre as duas tecnologias.
Esse processo começará pelas capitais. A substituição completa acontecerá gradualmente, conforme os televisores atuais forem sendo trocados de forma natural.
O governo avalia a possibilidade de subsídios para famílias de baixa renda, seguindo o modelo utilizado na expansão do sinal digital no passado.
Perspectivas para o futuro da tv no brasil
A expectativa é que, em médio prazo, os novos aparelhos já saiam de fábrica com suporte integrado à DTV+.
Isso eliminará a necessidade de conversores. A indústria de televisores participa ativamente das discussões para garantir que a tecnologia seja incorporada desde a linha de produção.
A Globo já realizou transmissões experimentais em abril de 2025. Esses testes validaram a viabilidade do sistema no país.
Especialistas afirmam que a TV 3.0 representa um marco na evolução da comunicação digital no Brasil.
Ela aproximará a experiência da televisão aberta da praticidade encontrada em dispositivos móveis.