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Revolução na energia nuclear! Cientistas chineses descobrem método para extrair urânio da água do mar, prometendo fonte inesgotável de energia

Escrito por Débora Araújo
Publicado em 01/08/2024 às 09:59
Revolução na energia nuclear! Cientistas chineses descobrem método para extrair urânio da água do mar, prometendo uma fonte inesgotável de energia
Foto: Canva

Cientistas chineses desenvolvem material orgânico capaz de extrair urânio da água do mar, tornando a energia nuclear mais sustentável e econômica.

A energia nuclear é uma das fontes de energia mais poderosas e controversas da atualidade. Com a crescente demanda por energia limpa e eficiente, cientistas ao redor do mundo têm buscado maneiras inovadoras de extrair urânio, o combustível essencial para os reatores nucleares. Recentemente, cientistas chineses deram um grande passo nessa direção ao desenvolverem um material orgânico capaz de extrair urânio da água do mar de maneira eficaz e econômica. Vamos entender melhor essa descoberta e seu impacto potencial.

O desafio da extração de urânio

O urânio é um metal pesado crucial para a geração de energia nuclear, mas sua extração tradicional envolve a mineração de rochas, um processo caro e ambientalmente impactante. A ideia de extrair urânio da água do mar não é nova, mas tem sido um desafio devido à baixa concentração de urânio nos oceanos. Para se ter uma ideia, um tonelada de água do mar contém apenas 3,3 miligramas de urânio.

Os cientistas na China desenvolveram um material orgânico que promete revolucionar a forma como extraímos urânio do mar. Este material é descrito como tendo uma “capacidade excepcional de adsorção de urânio”, além de ser economicamente viável e ambientalmente amigável.

A pesquisa destaca que este adsorvente possui uma seletividade de urânio muito superior quando comparado aos adsorventes avançados que utilizam grupos de amidoxima para a extração de urânio.

Como os cientistas vão extrair urânio da água do mar?

O material desenvolvido é feito de enzimas de DNA e microesferas compostas derivadas de trocas iônicas entre alginato de sódio e íons de cálcio. Essas microesferas são altamente seletivas para urânio, mostrando uma relação urânio-vanádio de 43,6 em água do mar simulada e 8,62 em água do mar natural. Isso significa que o material é capaz de distinguir o urânio de outros íons presentes na água do mar com alta precisão.

Um dos aspectos mais impressionantes desse novo adsorvente é sua sustentabilidade. O material pode ser reciclado e é fácil de sintetizar, além de possuir uma robustez mecânica significativa. Isso o torna uma solução não apenas eficiente, mas também prática e ambientalmente responsável.

A capacidade de reciclagem e a facilidade de produção em massa são vantagens significativas que podem reduzir os custos operacionais e minimizar os impactos ambientais associados à extração de urânio.

Material descoberto por cientistas da China mostra desempenho excepcional mesmo em imersão prolongada em água do mar

Extrair urânio da água do mar é uma tarefa comparável a encontrar uma agulha no palheiro. A presença de outros íons na água do mar complica ainda mais o processo, mas o novo material desenvolvido pelos cientistas chineses mostra um desempenho excepcional mesmo em imersão prolongada em água do mar natural.

Isso destaca a robustez e a eficácia do material em condições reais, não apenas em ambientes controlados de laboratório. Além da extração de urânio, a pesquisa sugere que esses adsorventes baseados em DNA podem ser utilizados para recuperar outros íons metálicos valiosos da água do mar.

As DNAzimas específicas têm a capacidade de reconhecer vários íons metálicos, o que pode abrir portas para a recuperação de outros recursos minerais importantes presentes nos oceanos. Isso pode incluir metais raros e outros elementos críticos para a indústria tecnológica e energética.

Capacidade de extrair urânio da água do mar pode ajudar a garantir um suprimento mais estável do metal

A capacidade de extrair urânio da água do mar de forma eficiente pode ter um impacto considerável na indústria de energia nuclear. A disponibilidade de urânio extraído de fontes não tradicionais pode ajudar a garantir um suprimento mais estável e reduzir a dependência de minas terrestres.

Isso é particularmente importante à medida que o mundo busca fontes de energia mais limpas e sustentáveis. A energia nuclear, quando gerida de forma segura, oferece uma alternativa de baixa emissão de carbono em comparação com os combustíveis fósseis.

A descoberta dos cientistas chineses representa um avanço na extração de urânio da água do mar, uma inovação que pode transformar a indústria de energia nuclear. Com um material orgânico que é eficiente, econômico e ambientalmente responsável, estamos um passo mais perto de tornar a energia nuclear uma opção ainda mais viável e sustentável para o futuro.

A capacidade de extrair urânio de forma eficaz pode não apenas garantir um fornecimento contínuo para reatores nucleares, mas também abrir novas possibilidades para a recuperação de outros recursos valiosos dos oceanos.

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Débora Araújo

Escrevo sobre energias renováveis, automóveis, ciência e tecnologia, indústria e as principais tendências do mercado de trabalho. Com um olhar atento às evoluções globais e atualizações diárias, dedico-me a compartilhar sempre informações relevantes.

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