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Revolução energética de US$ 30 bilhões: Canadá a caminho de se tornar a próxima superpotência global em energia

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 26/01/2024 às 17:57
Revolução energética de US$ 30 bilhões Canadá a caminho de se tornar a próxima superpotência global em energia
Foto: Reprodução/Youtube

Canadá inicia uma grandiosa obra voltada para a transição energética, visando o transporte de energia para outros países.

O Canadá está empenhado na construção de uma das maiores infraestruturas energéticas da América do Norte. Este empreendimento, embora menos conhecido que as tradicionais usinas de energia ou represas, é de complexidade equivalente e de vital importância para a transição energética global. Com a crise energética mundial em andamento, exacerbada pelos preços recordes do gás e pela escassez agravada pelo conflito na Ucrânia, garantir um fornecimento adequado de combustível tornou-se um desafio crítico, e este projeto canadense surge como uma peça-chave nesse cenário.

Projeto de energia no Canadá já ultrapassa investimento de US$ 30 bilhões

Quando essa enorme construção no Canadá for concluída em alguns anos, ela poderá oferecer uma fonte de combustível muito necessária que alcançará regiões distantes e trará um impulso significativo à economia. Esse empreendimento de energia representa o maior investimento já realizado pelo setor privado na história do Canadá.

Contudo, em um cenário onde a concorrência entre países está mais acirrada do que nunca e a transição energética está em ascensão surge a questão se o Canadá aproveitará essa oportunidade para se tornar superpotência energética ou já terá perdido essa chance.

Tudo isso está acontecendo na pequena cidade de Kitmat, liderado pelo consórcio chamado LNG Canadá. O país é um dos maiores produtores globais de gás natural, mas ao contrário dos Estados Unidos não possui meios de exportá-lo para outros países.

A indústria do gás identificou uma enorme reserva de gás no subsolo localizado em uma região chamada Montney Basin, no nordeste da Columbia Britânica e a ideia é levar esse recurso ao mercado para gerar lucros.

Entretanto, o desafio é que não há grandes centros populacionais nas proximidades, então eles precisam transportar esse gás para outros lugares. Por essa razão, o Canadá está construindo o seu primeiro projeto de gás natural liquefeito para a transição energética cujo custo total ultrapassa os 30 bilhões.

O que foi construído no grande empreendimento de energia no Canadá?

Com 35 m de altura e pesando mais de 4.500 toneladas, o primeiro módulo de processo já foi instalado. A função desses módulos é servir como ponto de entrada para o gás que chega pelo gasoduto e encaminhá-lo para ser tratado e processado. Essas enormes estruturas foram fabricadas na China e transportadas por navios. No entanto, para levá-las do porto até o local de instalação foi necessário colocá-las em grandes transportadores e cuidadosamente movê-las por estradas antes de serem colocadas.

Especialmente construídas, esse não foi um trabalho único e no total mais de uma dúzia desses módulos estão sendo instalados Em seguida temos a coluna absorvedora que é usada para remover o dióxido de carbono do gás antes de ser liquefeito. Pesando mais de 800 toneladas e com 54 m de comprimento é o maior equipamento individual do local, exigindo várias horas e três guindastes para serem instalados.

Qual o principal alvo de exportação do empreendimento?

O que realmente chama a atenção ao olhar de cima é o enorme tanque onde o gás é armazenado antes de ser enviado por navios. Com 52 m de altura e 92 m de diâmetro, o gigantesco reservatório é um dos maiores do mundo com um teto abobadado que foi cuidadosamente levantado em um processo lento. A elevação foi realizada utilizando os ventiladores que pressurizaram gradualmente o tanque e levantaram o teto ao longo de três horas.

Uma vez na posição os soldadores o fixaram no lugar e a pressão interna do tanque pode retornar ao normal. Com a construção do projeto de transição energética no Canadá agora concluído, o terminal deve começar a operar em algum momento desta década. Em relação ao destino provável desse gás, a Ásia é o principal alvo, visto que é o continente mais próximo da costa oeste do Canadá.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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