Painéis solares acessíveis, desenvolvidos por um físico australiano, prometem revolucionar o mercado de energia solar com um custo de apenas R$ 50 por metro quadrado.
Um físico australiano está à frente de uma revolução no mercado de energia solar, com o objetivo de ser pioneiro no desenvolvimento de painéis solares acessíveis. Paul Dastoor, professor da Universidade de Newcastle, acredita que sua inovação pode tornar a energia limpa facilmente acessível para todos. O painel demonstrou o potencial de suas células solares orgânicas impressas ao usá-las para alimentar telas e monitores durante uma exposição em Melbourne.
Novos painéis solares baratos podem custar apenas R$ 50 por metro quadrado
Com menos de um milímetro de espessura e presos com fita adesiva dupla face, os painéis de energia solar contam com uma textura semelhante com um pacote de batatas fritas e podem ser produzidos por menos de US$ 10 por metro quadrado, ou seja, o equivalente a R$ 50 na cotação atual do dólar.
O físico australiano trabalha na tecnologia de painéis solares baratos há mais de uma década, entretanto, agora começou uma instalação de 200 metros quadrados, a primeira aplicação comercial deste tipo na Austrália e possivelmente a primeira do mundo.
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Segundo o físico, o baixo custo e a velocidade com que estes painéis solares baratos podem ser implantados são empolgantes, visto que é necessário encontrar soluções e rapidamente reduzir a demanda de energia de carga básica, uma preocupação que se renova à medida que se aproxima de outro verão na Austrália.
A tecnologia solar impressa não é tão eficiente quanto a com base em silício e se degrada muito mais rapidamente. Entretanto, Dastoor acredita que o baixo custo de produção e sua instalação a tornaram competitiva. A instalação comercial foi concluída em um dia por cinco funcionários, e uma impressora de tamanho industrial pode produzir centenas de metros do produto em apenas um dia.
Empresa brasileira também avança com painéis solares orgânicos
Além deste físico Australiano, que avança no mercado de energia solar, a Sunew, empresa brasileira, está revolucionando o segmento com os seus painéis solares orgânicos OPV. Sediada em Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais, a Sunew é líder mundial em tecnologia de filmes fotovoltaicos orgânicos (OPV). A empresa realiza as maiores instalações deste tipo de painéis solares.
Após anos de pesquisa e desenvolvimento a empresa desenvolveu um processo de produção industrial que consegue ser contínuo e altamente escalável.
O OPV se torna orgânico por conta das células orgânicas presentes nele. Sua aplicação pode ser realizada em superfícies de vidros e são consideradas a terceira geração das células solares fotovoltaicas.
O OPV, que promete revolucionar o mercado de painéis solares baratos, tende a ser muito diferente dos painéis convencionais, que usam silício. Isso porque as células que estão no novo equipamento são impressas e depositam uma espécie de tinta à base de carbono na película que será sua sustentação.
Mercado de energia solar cresce no mundo inteiro
A distribuição de energia solar no mundo vem crescendo de forma progressiva como consequência da preocupação com os impactos ambientais. A radiação solar para o aproveitamento de energia solar no mundo apresenta altos valores, principalmente nos continentes asiático e africano, alcançando até 1424 e 2003 kWh/kWp de potencial específico, respectivamente, segundo o Global Solar Atlas.
A distribuição de sistemas de energia solar no mundo tem se expandido exponencialmente nos últimos anos. De acordo com o International Energy Agency (IEA), o uso de energia solar pode chegar a 30% em 2022 em países com maior capacidade instalada de geração, como a China, Alemanha, Japão e EUA.
Correspondendo a 25,8% da produção global, a China é o país mais capacitado para a geração de energia solar instalada. Desta forma, totaliza até 78.100 MW de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).