Big techs dos EUA lideram a revolução digital, superam PIBs de países e enfrentam a China na corrida tecnológica global.
As chamadas big techs norte-americanas — Google, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla — atingiram em julho de 2025 um valor de mercado de US$ 18,25 trilhões, superando o Produto Interno Bruto de diversas nações.
O grupo, apelidado de Sete Magníficas em 2023, transformou os EUA em berço da revolução digital, redefinindo o rumo da economia global.
Mas afinal, como essas empresas alcançaram tamanho protagonismo e por que até a China surge como rival nesse tabuleiro?
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Educação como base da revolução digital
Especialistas apontam que a força das big techs tem raízes profundas na educação e no investimento em conhecimento.
Nos EUA, carreiras em ciência e engenharia são amplamente incentivadas, criando um ambiente fértil para inovação.
Lucas Abreu, fundador do podcast Sunday Drops, destaca que o Brasil ainda enfrenta um “terreno menos fértil” para empreendedores de tecnologia.
Já José Ronaldo de Castro Souza Júnior, economista-chefe da Leme Consultores, ressalta que o avanço das universidades americanas em tecnologias disruptivas foi essencial para consolidar a liderança no setor.
Venture capital: o motor financeiro das big techs
Outro fator decisivo foi o capital de risco, conhecido como venture capital. Essa modalidade de investimento, forte nos EUA desde os anos 1940, conecta ideias inovadoras a recursos financeiros, mesmo sob alto risco de perda.
Segundo Diego Bonaldo, professor da FIA Business School, a União Europeia avançou em venture capital, mas ainda está distante do mercado norte-americano.
Nos EUA, a disposição para correr riscos e o volume de investimentos criaram condições ideais para que as big techs florescessem.
O desafio da China e a corrida pela tecnologia
Embora os EUA mantenham a dianteira na revolução digital, a China desponta como grande competidora.
O país asiático não apenas ultrapassou a Tesla em vendas de carros elétricos, com a BYD registrando US$ 107 bilhões em receitas em 2024, como também avança fortemente em inteligência artificial.
A startup DeepSeek é exemplo desse movimento, desenvolvendo processadores inovadores que rivalizam com soluções norte-americanas.
Para o economista José Ronaldo, as inovações disruptivas concentram-se cada vez mais entre EUA e China, deixando a Europa para trás.
Regulamentação e impacto econômico global
O crescimento das big techs reacende debates sobre regulação. Enquanto empresas oferecem serviços digitais gratuitos, especialistas alertam para a lógica de monetização baseada nos dados dos usuários.
“Quando os produtos são de graça, o produto sou eu, porque hoje em dia cada minuto do nosso dia está sendo vendido no mercado”, afirma Lucas Abreu.
O impacto financeiro dessas empresas é impressionante. Entre dezembro de 2024 e julho de 2025, as Sete Magníficas cresceram US$ 2,06 trilhões em valor de mercado.
Para efeito de comparação, o total de todas as empresas listadas na B3 aumentou apenas US$ 156 bilhões no mesmo período.
O poder além de governos
O tamanho dessas companhias vai além da economia. Para o investidor Lucas Abreu, “essas empresas hoje são mais importantes do que outros países. As pessoas de lá têm maior poder de influência do que presidentes de diversos países”.
Assim, as big techs se consolidam não apenas como símbolos da tecnologia, mas como forças políticas, econômicas e sociais que moldam o presente e o futuro da humanidade.