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Revisão do sinal “Wow!”: dados recuperados mostram que explosão cósmica amplificada por nuvem de hidrogênio, e não alienígenas, gerou o mistério de 1977

Publicado em 03/09/2025 às 10:12
Pesquisas recentes mostram que o famoso sinal “Wow!”, registrado em 1977 e por décadas associado a alienígenas, foi na verdade uma poderosa explosão cósmica amplificada por uma nuvem de hidrogênio neutro.
Pesquisas recentes mostram que o famoso sinal “Wow!”, registrado em 1977 e por décadas associado a alienígenas, foi na verdade uma poderosa explosão cósmica amplificada por uma nuvem de hidrogênio neutro.
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O famoso sinal “Wow!” de 1977, por décadas tratado como possível prova de comunicação alienígena, foi reinterpretado em 2025: hoje a explicação mais aceita é que se tratou de um clarão astrofísico amplificado por uma nuvem de hidrogênio neutro, não de ETs.

O chamado sinal “Wow!” foi detectado em 15 de agosto de 1977 pelo radiotelescópio Big Ear, da Universidade Estadual de Ohio (EUA), dentro do projeto SETI. Durante anos, ele foi visto como a melhor pista de uma possível comunicação extraterrestre, já que ocorreu na frequência de 1420 MHz, considerada universal.

Mas agora, graças a uma revisão de dados feita em 2025, a explicação mais aceita é natural: um clarão astrofísico incomum, amplificado por condições cósmicas específicas.

A análise foi destacada pelo canal SpaceToday TV, que acompanhou de perto a revisão científica.

Como o sinal “Wow!” foi registrado

O astrônomo Jerry Ehman identificou o sinal em uma sequência de intensidade muito acima do ruído de fundo e escreveu “Wow!” no papel, batizando o fenômeno.

O registro durou 72 segundos, o que, em radioastronomia, é um tempo excepcionalmente longo.

O grande mistério sempre foi o fato de que o sinal nunca se repetiu. Com o fechamento do Big Ear em 1998, acreditava-se que os dados originais estavam perdidos.

Essa lacuna alimentou teorias sobre vida inteligente por décadas.

Recuperação dos dados e nova análise

A virada ocorreu quando a pesquisadora Maura Bell digitalizou 75 mil impressões em papel feitas entre 1977 e 1984.

Esse trabalho criou um banco de dados de mais de 1 terabyte, permitindo que softwares modernos reprocessassem o sinal.

A revisão trouxe três revelações:

  • Intensidade real: o sinal chegou a 250 Janskys, muito mais forte do que se estimava antes.
  • Localização refinada: a posição foi delimitada com maior precisão, reduzindo a margem de erro.
  • Velocidade relativa: a fonte parecia se mover em direção ao Sol a 84 km/s, comportamento típico de nuvens de hidrogênio.

Esses dados descartaram hipóteses de erro técnico, satélites ou interferência terrestre.

A explicação científica atual

De acordo com o SpaceToday TV, a explicação mais consistente é que o fenômeno foi uma explosão cósmica rara, possivelmente uma magnetar (estrela de nêutrons altamente magnetizada) ou um surto de raios gama. A

radiação teria atravessado uma nuvem de hidrogênio frio, funcionando como um “amplificador natural”, efeito conhecido como maser.

Esse processo explicaria a potência incomum detectada pelo Big Ear.

O fato de nunca ter se repetido reforça a hipótese de um evento isolado e não de uma transmissão artificial.

O fim de um dos maiores enigmas

A revisão do sinal “Wow!” mostra como a ciência avança: um mistério que parecia extraterrestre hoje é explicado por fenômenos cósmicos raros, mas naturais.

Embora menos espetacular que a hipótese alienígena, a conclusão reforça a importância de dados bem preservados e do uso de novas tecnologias em antigas observações.

E você, acredita que a explicação científica encerra o mistério ou ainda há espaço para outras hipóteses?

Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir o que você pensa sobre esse caso que marcou a história da astronomia.

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Cláudio
Cláudio
03/09/2025 23:14

Não há coisa alguma lá fora.
A verdade é que vivemos em um oásis, no meio de um deserto sem fim.
Vivemos em um universo que não é favorável à vida. Nem um pouco.
O início da vida, a passagem do “não-vivo” para o “vivo” dependeu de uma série de eventos raríssimos, ocorridos na ordem e no tempo certos, de uma forma tão absurdamente improvável, que só deve ter acontecido uma única vez, em todo universo.
Teria que existir um planeta que é uma cópia da Terra (mesmos elementos químicos, mesmo tamanho, mesma distância do sol e com placas tectônicas); orbitando uma estrela igual ao sol (mesmos elementos químicos, mesmo tamanho e idade); com uma única lua enorme em órbita (estável). Além disto tudo, o sistema solar extraterrestre teria que ser igualmente calmo, a uma distância segura de outras estrelas, buracos-negros e supernovas.
A vida na Terra ganhou várias loterias seguidas para poder surgir uma única vez.
Para acontecer de novo, em outro lugar, só com a intervenção de um Deus onipotente. Porque com um milagre isolado dá para acreditar em coincidência, mas com dois ou mais…

Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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