Rockefeller foi o primeiro bilionário em 1916: fortuna de US$ 1 bi, 1,53% do PIB dos EUA, consolidou a Standard Oil e marcou a história da riqueza mundial.
Em 1916, quando os Estados Unidos ainda se consolidavam como potência industrial, um homem já ostentava uma riqueza que o colocaria acima de qualquer parâmetro conhecido. John D. Rockefeller, fundador da Standard Oil Company, tornou-se o primeiro bilionário do mundo, com uma fortuna avaliada em US$ 1 bilhão.
Na época, esse valor não era apenas impressionante: era um colosso sem precedentes, equivalente a cerca de 1,53% de todo o Produto Interno Bruto americano. Em outras palavras, um único indivíduo concentrava em suas mãos uma fatia maior da economia dos EUA do que muitos países inteiros detêm hoje em relação ao PIB global.
O império da Standard Oil, a máquina de gerar fortuna
Rockefeller começou como contador, mas encontrou no petróleo a chance de sua vida. Em 1870, fundou a Standard Oil Company, que rapidamente virou monopólio quase absoluto no setor.
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No fim do século XIX, controlava 90% da produção, transporte e refino nos EUA. Dos oleodutos às refinarias, nada escapava de suas mãos.
O modelo era imbatível: integração vertical, preços reduzidos para esmagar concorrentes e depois controle total. Essa estratégia colocou Rockefeller em um patamar único na história do capitalismo.
A fortuna em números — 1,53% do PIB americano
O dado mais impressionante não é só o US$ 1 bilhão em si. É o peso que isso tinha na economia.
Sua fortuna equivalia a 1,53% do PIB dos EUA em 1916. Para comparar: em 2025, o PIB americano gira em torno de US$ 28 trilhões.
Se Rockefeller vivesse hoje, teria US$ 428 bilhões. Quase o dobro de Elon Musk ou Jeff Bezos, que oscilam entre US$ 200 e US$ 250 bilhões.
O marco histórico de 1916: o primeiro bilionário do mundo
A consagração oficial veio em 1916, quando sua fortuna pessoal foi avaliada em US$ 1 bilhão.
Não era apenas simbólico. Representava um poder que superava orçamentos nacionais e influenciava a economia global.
A queda do monopólio que multiplicou a riqueza
O domínio da Standard Oil não passou despercebido. Em 1911, a Suprema Corte dos EUA determinou o desmembramento da empresa em 34 companhias, alegando práticas antitruste.
O que parecia derrota virou triunfo. Rockefeller era acionista majoritário e recebeu participações em todas as novas empresas.
Entre elas, surgiram gigantes como Exxon, Mobil, Chevron e Amoco. O desmembramento fez sua fortuna se multiplicar ainda mais.
O homem mais rico da história moderna
Economistas são unânimes: em proporção ao PIB, Rockefeller segue como o homem mais rico da história.
Jeff Bezos chegou a 0,9% do PIB dos EUA. Elon Musk alcançou 1%. Rockefeller, em 1916, atingiu 1,53%. Sua riqueza foi simplesmente fora da curva.
O bilionário da filantropia
Rockefeller também inovou ao destinar parte da fortuna para a filantropia. Criou a Fundação Rockefeller em 1913, canalizando bilhões para saúde, ciência e educação.
Entre os feitos estão a criação da Universidade de Chicago e o financiamento de pesquisas que ajudaram a combater malária e febre amarela.
Seu lema era claro: “A caridade é prejudicial a menos que ajude o receptor a tornar-se independente de forma permanente.”
A lenda que moldou o capitalismo
A trajetória de Rockefeller moldou a ideia do bilionário moderno. Ele inspirou leis antitruste, consolidou a era dos monopólios e fundou um modelo de filantropia que atravessou gerações.
Mais de um século depois, seu nome ainda é referência quando se fala em riqueza extrema. Rockefeller não foi apenas o primeiro bilionário. Ele foi a personificação do capitalismo industrial e o homem que valeu mais que nações inteiras.
E você, acredita que algum bilionário atual poderá superar Rockefeller em proporção ao PIB ou esse feito será eternamente inatingível?