Após anos no mercado automotivo brasileiro, a Volkswagen Kombi segue sendo uma ótima opção para transportar cargas. A VW Kombi, carro barato da marca alemã, pode ser encontrada na faixa dos R$ 45 mil.
Há quase 11 anos a Volkswagen encerrou a produção da VW Kombi no Brasil. A veterana é um dos modelos mais longevos da nossa indústria automotiva e também um dos queridinhos daqueles que precisam de um veículo de trabalho confiável relativamente barato. Tanto que, quando uma Volkswagen Kombi aparece no estoque de qualquer loja especializada em veículos comerciais, não costuma ficar muito tempo até ser vendida.
Quanto custa o carro barato e clássico da VW?
Segundo Francisco Cassettari, vendedor da ABC Utilitários, loja especializada de São Bernardo do Campo (SP), quando aparece uma Volkswagen Kombi, fica 10 dias, no máximo, até vender. O discurso é o mesmo de outros comerciantes, segundo informações do Autoesporte.
Eles afirmam que, apesar de não haver Kombi zero km há mais de uma década, nenhum outro carro barato conseguiu ocupar o lugar da velha VW Kombi como veículo comercial de entrada. Segundo Olien Mafra, da loja Senador Veículos, de Curitiba, a Expert e Jumpy até pegaram parte da clientela. Contudo, não é possível dizer que substituíram, já que tem motor a diesel e são muito mais caras.
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Atualmente, uma Volkswagen Kombi furgão 2013 pode ser encontrada na faixa dos R$ 45 mil. O valor vai caindo de acordo com o aumento da idade dos exemplares. Segundo Cassettari, o carro barato da VW há um tempo não era tão boa de venda porque não era competitiva. Havia melhores opções a diesel, como Kia Bongo e Hyundai HR.
Como esses veículos ficaram mais caros de uns três anos para cá, atualmente a Kombi voltou a ter mais procura. Como comparação, a dupla de furgões coreanos citada acima, raramente é encontrada por menos de R$ 60 mil, considerando exemplares com cerca de 15 anos de uso.
Dificuldade para encontrar uma Volkswagen Kombi
O problema atual é que os estoques de Kombi das lojas estão cada vez menores. Na Senador Veículos, por exemplo, aparecem de um a dois exemplares por mês. A disponibilidade de Kombis boas é pequena. Vão passando os anos e elas vão ficando cada vez mais raras. De 2019 para cá, é possível observar uma escassez enorme, afirma Mafra.
Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), atualmente, estão registradas no país cerca de 980 mil unidades da Kombi, em todas as versões, motorizações e modelos. O número é bastante expressivo, principalmente se levarmos em conta que é um carro barato que deixou de ser produzido há quase 10 anos. Contudo, é necessário considerar que uma boa parcela considerável está longe do estado de conservação ideal.
Cuidados ao comprar a clássica VW Kombi
Na hora de adquirir um utilitário, a atenção com as condições do veículo deve ser ainda maior. Para Enilson Sales, da Fenauto, três pontos exigem maior cuidado. Ele afirma que a primeira coisa que deve ser notada na Volkswagen Kombi é a motorização.
Uma motorização ruim é um fator de depreciação enorme e qualquer conserto pode custar muito dinheiro. O segundo fator é a suspensão. Um comercial leve foi feito para carregar peso, mas muita gente acaba levando mais do que o carro comporta. Os freios também precisam ser observados, independentemente do uso. Discos, pastilhas, pinças e fluidos devem ser checados, e, se for o caso, substituídos.
Jeferson Santana Araújo é dono de uma empresa de carretas e transportes e roda com uma Kombi 1987 versão picape pelas ruas de São Paulo. A cidade, inclusive, é a que reúne a maior frota de Kombi do país, com um pouco menos de 150 mil registros. E por mais que algumas estejam à venda por valores exorbitantes, passando de R$ 150 mil, a maioria é como a de Araújo, um instrumento de trabalho com preço baixo – R$ 12 mil, no caso do empresário.