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Fóssil pré-histórico dá as caras nos EUA e revela novo réptil voador: mistério de 200 milhões de anos decifrado

Escrito por Caio Aviz
Publicado em 08/07/2025 às 16:50
Fóssil de réptil voador em rocha no deserto do Arizona com cientistas ao fundo e frase em destaque.
Imagem ultra realista mostra fóssil de réptil voador de 200 milhões de anos descoberto no Arizona, com pesquisadores analisando o local e frase de efeito em 3D.
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Mandíbula fossilizada revela espécie inédita na América do Norte e abre portas para futuras descobertas científicas

Uma descoberta histórica feita por cientistas nos Estados Unidos trouxe à tona uma nova espécie de réptil voador. Embora sua mandíbula tenha sido encontrada em 2011, somente agora, com técnicas modernas de escaneamento, pesquisadores confirmaram sua importância científica. Trata-se do pterossauro mais antigo já encontrado na América do Norte, datado em aproximadamente 209 milhões de anos.

Esse réptil pré-histórico recebeu o nome técnico Eotephradactylus mcintireae, que significa “deusa do amanhecer com asas de cinza”. Essa denominação faz referência direta às cinzas vulcânicas que preservaram seus fósseis por milhões de anos. O estudo foi oficialmente divulgado em 2024, pela renomada revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.

Investigação técnica revela características únicas do fóssil

De acordo com o paleontólogo Ben Kligman, do Museu Nacional de História Natural do Smithsonian, em Washington D.C., o fóssil encontrado apresenta características extremamente frágeis. Os ossos de pterossauros do período Triássico normalmente são pequenos, finos e ocos. Por isso, frequentemente se deterioram antes da fossilização.

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Nesse contexto, técnicas avançadas de escaneamento desempenharam papel crucial na descoberta. Segundo Kligman, isso reforça a ideia de que outros depósitos semelhantes possam existir ao redor do mundo. Além disso, ele destacou que o sítio arqueológico localizado no Parque Nacional da Floresta Petrificada, no Arizona, revelou muito mais do que apenas a mandíbula desse réptil voador.

Evidências preservadas revelam ecossistema detalhado

Paralelamente à descoberta da mandíbula, outras evidências fossilizadas vieram à tona no mesmo local. Entre elas estão:

  • Ossos variados
  • Dentes de outros animais
  • Escamas de peixes primitivos
  • Fezes fossilizadas (coprólitos)

Esses achados comprovam que há cerca de 200 milhões de anos o local era um vibrante ecossistema fluvial. Nessa época, o rio atravessava o supercontinente Pangeia, formado por todas as massas terrestres conhecidas.

Detalhes surpreendentes sobre a dieta do pterossauro

Além disso, os dentes do réptil revelaram pistas importantes sobre sua alimentação. Conforme explicou Ben Kligman em entrevista à BBC News, os dentes apresentavam um desgaste excepcional. Por causa disso, os cientistas concluíram que este réptil voador tinha uma dieta composta principalmente por animais com partes duras, como peixes primitivos.

Esses peixes eram cobertos por uma couraça de escamas ósseas, o que explica o alto grau de desgaste dentário. Segundo especialistas, isso sugere um nicho ecológico muito específico ocupado pelo réptil, semelhante às aves aquáticas atuais, como gaivotas.

A mandíbula do pterossauro, que era tamanho de uma gaivota, foi preservada em uma rocha de 209 milhões de anos — Foto: Suzanne MCIntire via BBC

Transição evolutiva destacada pela descoberta

Acima de tudo, o local da descoberta preservou um verdadeiro cenário evolutivo. Animais atualmente extintos, como anfíbios gigantes e antigos parentes dos crocodilos com couraça, viviam lado a lado com espécies que ainda existem, como sapos e tartarugas.

De acordo com Kligman, esse achado destaca uma clara transição evolutiva ocorrida durante o período Triássico. “Vemos animais que prosperaram posteriormente coexistindo com espécies mais antigas que não resistiram às mudanças daquele período”, afirmou o pesquisador.

Importância global das descobertas fósseis

Igualmente importante é destacar que essa descoberta nos EUA segue uma tendência mundial. Cada vez mais, grandes achados paleontológicos são feitos graças ao avanço das tecnologias de escaneamento e análise fóssil.

Um exemplo é a recente descoberta de importantes depósitos fósseis na Ásia e Europa, mostrando que esses locais têm potencial para revolucionar nosso entendimento sobre a evolução da vida na Terra.

Futuros estudos e desafios científicos

Atualmente, pesquisadores estão animados com o potencial dessas descobertas para novas investigações científicas. No entanto, Kligman reforça que será essencial seguir critérios técnicos rigorosos na exploração desses sítios arqueológicos.

Ele destaca a importância de preservação ambiental e respeito ao patrimônio paleontológico. Essas diretrizes evitam problemas já ocorridos em outros lugares, onde explorações mal planejadas causaram danos irreparáveis aos sítios arqueológicos.

O que esperar das próximas pesquisas?

Especialistas concordam que novas tecnologias podem revelar muitos outros fósseis ainda escondidos em depósitos antigos pelo mundo. Contudo, destacam que o maior desafio será conciliar estudos científicos com a proteção ambiental dos locais.

Por isso, será fundamental que governos e instituições científicas trabalhem juntos, garantindo que esses tesouros paleontológicos sejam preservados e estudados com responsabilidade.

E você, acredita que o avanço tecnológico pode revelar muito mais sobre o passado pré-histórico da Terra? Ou acha que devemos focar primeiro em preservar esses locais antes de avançar nas pesquisas? Deixe sua opinião!

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Caio Aviz

Escrevo sobre o mercado offshore, petróleo e gás, vagas de emprego, energias renováveis, mineração, economia, inovação e curiosidades, tecnologia, geopolítica, governo, entre outros temas. Buscando sempre atualizações diárias e assuntos relevantes, exponho um conteúdo rico, considerável e significativo. Para sugestões de pauta e feedbacks, faça contato no e-mail: avizzcaio12@gmail.com.

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