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Repsol Sinopec, juntamente com a Petrobras e Equinor, anunciam comercialidade do pré-sal nos Campos de Raia Manta e Raia Pintada onde será utilizado o 1º FPSO Brasil capaz de especificar gás para venda, conectando-o diretamente à rede nacional

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 21/09/2023 às 11:27
Navio sonda explorando petróleo no pré-sal dos campos da Raia Manta e Raia Pintada
Ocean Rig Mylos Exploração BM-C-33

Equinor e Petrobras unem forças com Repsol Sinopec em marco gigantesco na indústria do petróleo e gás, descobrindo volumes superiores a um bilhão de barris de óleo equivalente.

Após conceder contrato multimilionário a Archer , Repsol Sinopec Brasil acaba de anunciar, em conjunto com seus parceiros de consórcio Equinor e Petrobras, uma notícia monumental que promete agitar o setor de petróleo e gás. A operadora Equinor apresentou à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) as Declarações de Comercialidade para dois campos extremamente promissores, situados na concessão do bloco BM-C-33, no pré-sal da Bacia de Campos.

Localizados a cerca de 200 km da costa do Rio de Janeiro, em profundidades de até 2900 metros, esses campos apresentam volumes recuperáveis que ultrapassam a marca de um bilhão de barris de óleo equivalente. Embora ainda aguardem confirmação regulatória, os nomes propostos para essas jóias subaquáticas são Raia Manta e Raia Pintada.

Combustível para o Futuro: O Poder do Gás Natural

Não se pode subestimar o papel destes campos na evolução do mercado de gás do Brasil. Com uma vazão impressionante de 16 milhões de metros cúbicos de gás por dia e exportações médias projetadas de 14 milhões de metros cúbicos diários, Raia Manta e Raia Pintada têm o potencial de atender a até 15% da demanda nacional de gás ou igualar o consumo médio do estado de São Paulo.

O CEO da Repsol Sinopec, Alejandro Ponce, ressaltou que “este projeto é estratégico para o grupo Repsol em escala global e reafirma nosso compromisso com um mercado brasileiro cada vez mais eficiente e sustentável.”

Inovações Tecnológicas: FPSO e Sustentabilidade

Os campos empregarão uma Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Descarregamento (FPSO), a primeira do Brasil projetada para especificar gás para venda diretamente, sem necessidade de processamento onshore. Esta capacidade de produção diária do FPSO é estimada em 126.000 barris e 16 milhões de metros cúbicos de gás, com uma expectativa de exportações médias de 14 milhões de metros cúbicos de gás.

Além disso, a unidade utilizará turbinas a gás de ciclo combinado, significativamente mais eficientes na redução de emissões de carbono, contribuindo para um futuro energético mais limpo e sustentável.

Legado e Impacto Econômico

Com um investimento previsto de cerca de US$ 9 bilhões e operações planejadas para começar em 2028, os campos Raia Manta e Raia Pintada prometem ser um divisor de águas na indústria energética brasileira.

“Estes campos têm um enorme potencial para acelerar uma transição energética confiável, fornecendo uma fonte de energia mais limpa, segura e acessível, além de gerar mais empregos e desenvolvimento econômico para a região,” sublinhou Andrés Sannazzaro, gerente de Comercialização de Gás da Repsol Sinopec.

Pioneirismo e Contribuição ao Mercado

Atuando há mais de 25 anos no Brasil, a Repsol Sinopec não é estranha ao território de inovação. Formada em 2010 como uma joint venture entre a espanhola Repsol e a chinesa Sinopec, a empresa tem sido uma das maiores investidoras do setor no Brasil na última década. Além do notável avanço com os campos no BM-C-33, a empresa tem sido proativa na criação de sistemas integrados de Processamento e Escoamento, demonstrando seu compromisso com o desenvolvimento de um mercado competitivo e sustentável no país.

O anúncio desses novos campos é mais um marco na trajetória de sucesso da Repsol Sinopec e seus parceiros, Equinor e Petrobras, consolidando ainda mais a importância do pré-sal na matriz energética brasileira.

Paulo Nogueira

Com formação técnica, atuei no mercado de óleo e gás offshore por alguns anos. Hoje, eu e minha equipe nos dedicamos a levar informações do setor de energia brasileiro e do mundo, sempre com fontes de credibilidade e atualizadas.

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