Repsol Sinopec Brasil e TideWise desenvolvem sistemas autônomos para aplicação offshore

Projeto Ariel e USIS permitem a integração de um robô submarino offshore e um veículo aéreo em uma
embarcação não tripulada

A Repsol Sinopec Brasil, uma das maiores produtoras de óleo e gás do país, e a TideWise, empresa brasileira que oferece serviços utilizando embarcações autônomas, desenvolveram o projeto ARIEL (Autonomous Robot for Identification of Emulsified Liquids) e o Projeto USIS (Uncrewed Subsea Inspection System), ambos com o objetivo de criar sistemas automatizados de inspeção marítima offshore de forma mais eficiente, econômica e segura.

O Projeto ARIEL, que foi vencedor do Prêmio ANP de Inovação 2020, consiste no desenvolvimento de um
sistema robótico composto por uma embarcação autônoma, o USV Tupan, embarcação desenvolvida pela TideWise, um VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado), um sistema de amostras de água e um pacote de sensores meteoceanográficos.

Conheça mais sobre este sistema na aplicação submarina offshore

Atualmente em sua segunda fase, a entrega do projeto é um sistema não tripulado para a inspeção e monitoramento da presença de óleo no mar. Durante a Rio Oil & Gas 2022, as empresas realizam demonstração do sistema autônomo do Ariel na Baía de Guanabara, com transmissão ao vivo nos estandes da RSB.

Caso haja suspeita de óleo em determinado ponto, o Ariel, que possui autonomia de até 1100 quilômetros, navega até a posição indicada. No local, o drone levanta voo realizando uma varredura para identificar a possível mancha de óleo. Caso o drone não identifique a mancha, uma mensagem é enviada para os operadores remotos comunicando um possível “falso positivo”.

Caso identifique, o drone retorna para o USV e envia um sinal para que ele navegue até as coordenadas indicadas. Chegando lá, um fluorímetro verifica a presença de óleo na água e o sistema de coleta de amostras é acionado, recolhendo uma quantidade de água e óleo suficiente para a análise em laboratório, possibilitando o desenvolvimento de um modelo de dispersão da mancha de óleo.

Após o sucesso do Projeto ARIEL, a TideWise e a Repsol Sinopec Brasil deram início ao Projeto USIS. O projeto possui como principal objetivo integrar um ROV, veículo submarino operado remotamente, ao USV Tupan.

Em ambos os veículos serão embarcados sensores, LiDAR no USV e câmeras opticas no ROV, para criar um sistema não tripulado para a inspeção de ativos offshore. Essa tecnologia permitirá que operadores remotos possam monitorar cabos de amarração, oleodutos e gasodutos submarinos, cascos de FPSOs, estruturas submersas de fazendas eólicas offshore e shore approach de dutos ou cabos submarinos, além de permitir realizar limpezas em incrustações nas superfícies submersas.

“O Ariel e o USIS são iniciativas estratégicas dentro do portfólio de Pesquisa e Desenvolvimento da RSB, que está alinhado aos eixos de sustentabilidade do Grupo Repsol e tem como foco segurança, meio ambiente e inovação e tecnologia. Além da detecção de óleo no mar, a integração destes projetos vai nos permitir avançar em novos recursos, como a comunicação por satélite e a medição de potencial eólico offshore”, destaca Marcelo Andreotti, gerente de Pesquisa em Instalações de Produção e Operações.

“Esse sistema permitirá a redução de até 70% do custo operacional e de até 95% do consumo de combustível, aumentando a segurança das operações e melhorando a qualidade dos dados coletados. O projeto USIS permitirá à indústria marítima brasileira se posicionar na vanguarda do desenvolvimento de embarcações de suporte à ROV totalmente autônomas, além de evidenciar o nosso pioneirismo na integração de sistemas robóticos complexos”, diz o CEO Rafael Coelho.

Sobre a Repsol Sinopec Brasil

Presente no Brasil desde 1997, a Repsol Sinopec é pioneira na abertura do mercado de E&P e na exploração no pré-sal brasileiro. Hoje, é a quarta maior produtora de petróleo e gás do país, com uma média diária de produção em torno de 80 mil barris por dia, provenientes dos campos Sapinhoá, Lapa e Albacora Leste.

A RSB também é responsável pela descoberta do campo BM-C-33, ativo com capacidade de ser uma das
principais fontes de fornecimento de gás natural do país. Desde 2010, a empresa forma uma joint venture
entre o Grupo espanhol Repsol (60%) e o Grupo chinês Sinopec (40%). Desta forma, é uma sociedade
controlada que adota os padrões de atuação do Grupo Repsol, que opera em toda a cadeia de valor da
energia.

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