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Sonho verde engatinhando: por que as renováveis ainda não suprem tudo

Escrito por Caio Aviz
Publicado em 01/07/2025 às 15:00
Painéis solares, turbinas eólicas e subestação elétrica ilustram que sol e vento não seguram tudo sozinhos.
A imagem mostra que painéis solares e turbinas eólicas dependem de infraestrutura de apoio para garantir segurança energética.
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Sol e vento precisam de complementos para sustentar a demanda energética global em crescimento

O debate sobre energias renováveis, especialmente solar e eólica, intensificou-se nos últimos anos, principalmente após a assinatura do Acordo de Paris em 2015, conforme destaca a Agência Internacional de Energia (IEA). Entretanto, mesmo em 2025, a capacidade dessas fontes de suprir sozinhas a demanda mundial permanece limitada, de acordo com o último Relatório Global Energy Review 2024 da IEA.

Crescimento das renováveis ainda é insuficiente para cobrir toda a demanda

Estudos do World Economic Forum, publicados em abril de 2024, indicam que a energia solar representa cerca de 4% da matriz elétrica global, enquanto a energia eólica chega a 7%. Apesar disso, a demanda energética mundial cresce mais rápido do que a expansão dessas fontes.

Além disso, ventos e sol são intermitentes, o que exige grandes investimentos em armazenamento, alertam especialistas da Bloomberg New Energy Finance. De acordo com dados divulgados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em janeiro de 2024, os custos de baterias ainda representam obstáculo relevante, somando desafios técnicos e econômicos.

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Impactos econômicos e limitações estruturais

Mesmo com redução de custos de painéis solares e turbinas eólicas nos últimos dez anos, a infraestrutura de transmissão ainda enfrenta restrições estruturais, conforme destacou a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) em seu balanço anual de 2024.

  • Muitas regiões ricas em potencial renovável estão distantes dos grandes centros consumidores, elevando os custos de linhas de transmissão.
  • Assim, obras para ampliar redes elétricas envolvem impacto ambiental e custos sociais.
  • Portanto, sem um planejamento detalhado, há risco de sobrecarregar tarifas.

Segurança energética depende de diversificação

Segundo o Plano Decenal de Energia 2023-2032, divulgado em dezembro de 2023, uma matriz diversificada garante maior estabilidade. Países como o Brasil, por exemplo, têm 84% da matriz elétrica renovável, mas dependem fortemente de hidrelétricas, que também enfrentam desafios climáticos.

  • Eventos como o apagão no Texas, em 2021, quando a falta de ventos paralisou turbinas, ilustram riscos de dependência excessiva de renováveis.
  • Assim, o equilíbrio entre fontes limpas, térmicas, hídricas e nucleares é considerado essencial por analistas da IEA.
  • Dessa forma, crises de oferta podem ser contidas.

Pressão por políticas de planejamento e regulação

O relatório Net Zero by 2050, atualizado em maio de 2025, destaca que alcançar uma matriz 100% renovável não acontecerá sem políticas robustas de armazenamento, modernização da rede e incentivo à pesquisa.

  • Logo, somente construir usinas solares ou eólicas não basta.
  • Assim, é fundamental ampliar redes de transmissão e garantir viabilidade econômica.
  • Portanto, planejamento integrado é a base para reduzir riscos ambientais e sociais.

Corrida global por fontes renováveis traz desafios ambientais

Conforme mostrou o World Energy Outlook, em 2024, a corrida global por renováveis acelera o consumo de minerais críticos para baterias e turbinas, como lítio e cobalto. Isso gera pressão por mineração intensiva, o que exige governança responsável para evitar impactos socioambientais graves, como ocorreu em casos recentes na América Latina.

  • Além disso, estudos da IEA ressaltam que a transição energética sem controle pode provocar novos conflitos locais, em razão da exploração de recursos naturais.
  • Portanto, especialistas recomendam regulação ambiental rigorosa, aliada à transparência na concessão de licenças.

O futuro depende de ações coletivas e tecnológicas

De acordo com a Bloomberg New Energy Finance, não há previsão de substituição total de fósseis por renováveis antes de 2050. O consenso é de que avanços em tecnologia de armazenamento, modernização de redes elétricas e diversificação de fontes serão os pilares para equilibrar crescimento econômico com sustentabilidade.

Portanto, governos, setor privado e sociedade civil devem trabalhar juntos para garantir que o futuro seja mais limpo, seguro e econômico.

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Caio Aviz

Escrevo sobre o mercado offshore, petróleo e gás, vagas de emprego, energias renováveis, mineração, economia, inovação e curiosidades, tecnologia, geopolítica, governo, entre outros temas. Buscando sempre atualizações diárias e assuntos relevantes, exponho um conteúdo rico, considerável e significativo. Para sugestões de pauta e feedbacks, faça contato no e-mail: avizzcaio12@gmail.com.

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