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Renda passiva: Quanto investir para receber R$ 1.000 por mês

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 16/08/2025 às 13:07
Notas de cem reais empilhadas ao lado de moedas, ilustrando cálculo de quanto investir para gerar renda passiva mensal.
Notas de cem reais e moedas ilustram reportagem sobre quanto investir para receber R$ 1.000 de renda passiva por mês.
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Simulações mostram quanto é necessário investir em poupança, CDBs e fundos imobiliários para garantir R$ 1.000 de renda passiva mensal.

A busca por renda passiva cresce cada vez mais entre pequenos e médios investidores. A ideia é simples: colocar o dinheiro para trabalhar em investimentos e, em troca, receber um valor mensal sem esforço adicional.

Mas a pergunta central permanece: quanto é preciso investir para garantir R$ 1.000 por mês?

Usando simulações práticas, é possível ter uma boa noção.

Simulação com a poupança

O ponto de partida é a poupança. Atualmente, a rentabilidade mensal estava em torno de 0,67%. Esse número vem da combinação da taxa Selic acima de 8,5% e da TR aproximada de 0,17%.

Com esse rendimento, para alcançar R$ 1.000 mensais seria necessário aplicar R$ 150.000.

O cálculo mostra que esse valor renderia pouco mais de R$ 1.000 por mês.

A vantagem aqui é que a poupança não tem cobrança de imposto. Porém, a quantia exigida é alta e a rentabilidade baixa em comparação a outras opções.

Investimentos atrelados ao CDI

O passo seguinte é olhar para os produtos que rendem 100% do CDI. Essa é considerada a referência básica de segurança para renda fixa no Brasil.

O CDI acompanha de perto a taxa Selic e, no período citado, rendia 14,9% ao ano, o equivalente a 1,16% ao mês.

Com esse percentual, o valor necessário para gerar R$ 1.000 líquidos é de cerca de R$ 111.000.

Em relação à poupança, a diferença é grande: quase R$ 40.000 a menos. Importante lembrar que incide imposto de renda de 22,5% para aplicações de até seis meses. Esse desconto reduz o rendimento bruto, mas ainda garante os R$ 1.000 líquidos.

Entre os exemplos estão os produtos de bancos digitais, como as caixinhas do Nubank, os cofrinhos do Itaú ou do PicPay, além de CDBs tradicionais.

Muitos contam com proteção do FGC, que cobre valores até R$ 250.000 por CPF e instituição.

Rendimento acima de 100% do CDI

Há opções que rendem mais do que o CDI. O PicPay, por exemplo, oferece cofrinhos que pagam 102% do índice. Isso significa que o investidor precisa de um valor menor para chegar ao mesmo objetivo.

No caso, seriam necessários R$ 109.000 aplicados. O rendimento bruto chegaria a R$ 1.292 por mês. Depois do desconto do imposto de 22,5%, sobrariam pouco mais de R$ 1.000 líquidos.

Essa diferença de R$ 2.000 no capital inicial pode parecer pequena, mas mostra como cada ponto percentual faz diferença.

Se um CDB pagar 103% ou 105% do CDI, o valor exigido cai ainda mais. Mas é preciso atenção: rentabilidades muito acima da média devem ser vistas com cuidado.

A recomendação é sempre priorizar instituições sólidas e produtos garantidos pelo FGC.

Riscos da renda variável

Até aqui, os exemplos foram todos de renda fixa, que garantem previsibilidade. Também mostramos uma simulação com fundos imobiliários, que pertencem ao campo da renda variável.

O exemplo usado foi o fundo MXRF11.

Cada cota custava R$ 9,45 e pagava R$ 0,10 de rendimento mensal. Para chegar aos R$ 1.000 de renda passiva, o investidor precisaria de 10.000 cotas, o que representaria um aporte de R$ 94.500.

Esse valor é menor que os R$ 150.000 exigidos na poupança e também inferior aos R$ 111.000 dos CDBs. Porém, como se trata de renda variável, o risco aumenta.

O preço da cota pode cair ou subir, e o dividendo pago por cota também varia. Uma queda de R$ 1 no valor unitário, por exemplo, reduziria o patrimônio total em R$ 10.000.

Da mesma forma, se o dividendo caísse para R$ 0,08, a renda mensal cairia para R$ 800.

Vantagens e cuidados

O mais importante é entender que cada tipo de investimento tem seu perfil de risco. A poupança oferece simplicidade e isenção de imposto, mas exige capital maior.

Os CDBs e aplicações que seguem o CDI reduzem o valor necessário e trazem mais rentabilidade, mas pagam imposto de renda. Já os fundos imobiliários podem exigir menos investimento inicial e ainda garantir isenção de IR nos dividendos, mas oscilam no curto prazo.

Portanto, antes de escolher qualquer opção, é essencial estudar. Diversificar também se mostra fundamental.

Colocar todo o dinheiro em uma única aplicação aumenta os riscos. O ideal é dividir entre diferentes produtos, equilibrando segurança e potencial de rendimento.

Além disso, vale reforçar o alerta contra promessas de ganhos muito acima do mercado. Rentabilidades exageradas podem esconder riscos altos demais ou até fraudes.

Segurança deve vir sempre em primeiro lugar, porque o dinheiro aplicado é fruto de tempo e trabalho.

Com base nas simulações, fica claro que existem diferentes caminhos para chegar aos R$ 1.000 por mês de renda passiva.

O valor a investir varia de R$ 94.500 em fundos imobiliários até R$ 150.000 na poupança, passando pelos R$ 109.000 ou R$ 111.000 de produtos atrelados ao CDI.

Cada alternativa tem vantagens e limitações. O segredo está em entender o funcionamento de cada uma, avaliar o próprio perfil e não se deixar levar por promessas fáceis.

A renda passiva é possível, mas exige disciplina, planejamento e estudo constante.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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