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Renda dos mais pobres cresce 1,9% e fica distante do avanço de 35% projetado para classe B até 2026

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 12/08/2025 às 19:20
Desaceleração da renda dos mais pobres ameaça consumo em setores essenciais e pressiona governo em ano eleitoral
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Renda dos mais pobres deve crescer menos em 2026, aponta estudo. Projeção indica que a renda dos mais pobres terá avanço de apenas 1,9% no próximo ano, ritmo inferior ao das classes mais altas e abaixo da média nacional

A renda dos mais pobres no Brasil deve ter um crescimento limitado em 2026, segundo levantamento da consultoria Tendências. A expectativa é que as classes D e E registrem alta de apenas 1,9% no próximo ano, enquanto a média nacional será de 3% e as classes mais ricas podem alcançar até 3,8%. O dado reforça a disparidade na evolução de ganhos entre diferentes faixas de renda.

O estudo considera a soma de todos os rendimentos das famílias, incluindo salários, aposentadorias, benefícios sociais e lucros de investimentos. No caso das classes mais baixas, a dependência de transferências sociais e benefícios previdenciários pesa mais no resultado final, o que reduz o impacto de eventuais avanços salariais.

Diferença no ritmo de crescimento

Entre os fatores que explicam por que a renda dos mais pobres cresce menos, está a menor participação de rendimentos de aplicações financeiras ou ganhos de capital, que têm maior peso na renda das classes mais altas. Em contrapartida, benefícios como Bolsa Família e BPC representam 17,6% da renda das famílias mais pobres, enquanto a Previdência responde por 37,6%.

O relatório também indica que, entre 2023 e 2026, o ganho acumulado na renda dos mais pobres será de apenas 10%, contra 25,1% na classe A e 35% na classe B. Essa diferença é explicada pelo desempenho desigual das fontes de renda, com ganhos expressivos nos segmentos que dependem de aplicações financeiras, aluguéis e lucros empresariais.

Perspectivas para 2026

Para o próximo ano, a consultoria projeta uma economia em ritmo mais lento, com juros ainda elevados e crescimento moderado do mercado de trabalho. Essa combinação pode limitar a recuperação da renda das famílias mais vulneráveis, mesmo em um cenário de inflação controlada.

Ainda assim, a Tendências avalia que a melhora gradual do emprego formal e a manutenção de programas de transferência de renda podem evitar queda real nos ganhos. A evolução da renda dos mais pobres será determinante para o consumo interno, especialmente em setores como alimentos, vestuário e serviços essenciais.

Você acha que esse ritmo de crescimento é suficiente para melhorar o padrão de vida das famílias de menor renda? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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