Versão Zen com motor 1.6 e câmbio X-Tronic foi lançada abaixo de R$ 70 mil, antecipando tendência no segmento de entrada
O Renault Sandero marcou um ponto importante na história dos carros populares ao ser um dos primeiros carros de entrada no Brasil com câmbio automático do tipo CVT. Essa inovação chegou ao mercado em 2019, com a versão Zen equipada com motor 1.6 SCe e a transmissão X-Tronic, antes restrita a modelos mais caros.
A inclusão do câmbio CVT em um veículo com preço abaixo de R$ 70 mil representou uma mudança significativa no padrão tecnológico dos hatches compactos. O Sandero antecipou uma demanda crescente por conforto ao dirigir, sem abrir mão da acessibilidade.
CVT em carros baratos: quebra de paradigma
A transmissão CVT (do inglês, transmissão continuamente variável) garante aceleração mais suave e menor consumo de combustível, eliminando as “trocas de marcha” tradicionais. Até 2019, esse tipo de câmbio era raro em modelos populares, sendo associado a sedãs médios e SUVs compactos.
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Com o Sandero Zen 1.6 CVT, a Renault ofereceu um conjunto competitivo por cerca de R$ 62.990, valor abaixo da média de mercado na época. O câmbio X-Tronic, derivado da aliança Renault-Nissan, foi adaptado para o mercado brasileiro e equipou também o Stepway com visual aventureiro.
O pioneirismo e seus limites
O facelift da linha Sandero 2020 trouxe a atualização visual e técnica que acompanhou a chegada do CVT. A Renault manteve essa oferta por tempo limitado: entre 2019 e 2021, o câmbio CVT esteve disponível em versões do Sandero tradicional. A partir de então, a marca restringiu o recurso ao Stepway CVT, mantendo o apelo mais robusto da versão.
Antes disso, o Sandero já havia contado com transmissões automatizadas (como a Easy-R), mas essas não eram do tipo CVT e tinham desempenho inferior. A introdução do CVT foi uma resposta ao crescimento da procura por carros automáticos acessíveis.
O impacto no mercado e no consumidor
A decisão da Renault influenciou concorrentes a oferecerem câmbios CVT em modelos mais baratos, como ocorreu posteriormente com versões automáticas do Toyota Yaris, Nissan Versa e Hyundai HB20. Ainda assim, o Sandero se destacou por ter sido um dos primeiros a romper essa barreira de preço, oferecendo CVT real em um modelo urbano de entrada.
Com a produção nacional em São José dos Pinhais (PR), o Sandero tornou-se um dos veículos mais emblemáticos da Renault no país. A estratégia de oferecer conforto e praticidade a preços acessíveis fortaleceu a posição da marca entre os consumidores que buscavam economia e comodidade no uso diário.
Você se lembra de quando o câmbio CVT chegou aos carros populares? Já dirigiu um Sandero automático? Conte como foi sua experiência nos comentários e participe da discussão sobre tecnologia acessível no mercado brasileiro.