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Relatórios internacionais apontam Temu como risco crítico: espionagem digital, produtos tóxicos e exploração de funcionários por trás do e-commerce barato

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 05/09/2025 às 23:47
Relatórios internacionais apontam Temu como risco crítico para usuários
Relatórios internacionais apontam Temu como risco crítico para usuários
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Segundo investigações, a Temu coleta dados em excesso, vende informações pessoais, comercializa produtos com substâncias tóxicas e é acusada de exploração de funcionários.

A Temu, plataforma chinesa de e-commerce, conquistou espaço global com preços baixíssimos, campanhas agressivas de marketing e promessas de produtos grátis. Desde 2022, a empresa vem expandindo operações e chegou ao Brasil com anúncios onipresentes. Porém, relatórios internacionais e denúncias de consumidores apontam que por trás da promessa de democratização do consumo há riscos graves de espionagem digital, produtos tóxicos e exploração de trabalhadores.

Segundo especialistas citados em investigações internacionais, o aplicativo foi classificado como potencialmente malicioso em testes de segurança e acumula reclamações em sites de defesa do consumidor, levantando dúvidas sobre a real confiabilidade do serviço.

Quem investiga a Temu e o que foi descoberto

Relatórios da Grizzly Research e testes da Joe Sandbox revelaram que a Temu solicita praticamente todas as permissões de um celular — câmera, microfone, contatos e localização.

O app foi classificado com 68 de 100 pontos em comportamento de software malicioso, exibindo traços de spyware.

Foram identificados arquivos criptografados e executáveis sem função clara, aumentando a suspeita de que a Temu possa atuar como ferramenta de coleta de dados sensíveis.

O alerta coloca a empresa no mesmo patamar de preocupação que outros aplicativos chineses, mas com um grau de risco ainda maior.

Quanto os consumidores reclamam e por quê

No Brasil, o site Reclame Aqui atribui à Temu nota de apenas 4,9/10. As principais queixas envolvem propaganda enganosa, produtos diferentes dos anunciados e entregas não realizadas.

Muitos consumidores relatam ter recebido versões em miniatura ou até fotos impressas dos itens comprados.

Além disso, a estratégia de “prêmios grátis” funciona como armadilha: para liberar o item, o usuário precisa gastar valores equivalentes em compras.

Casos de influenciadores pagos para fingir satisfação, em troca de comissões de até 30%, também foram denunciados.

Onde estão os maiores riscos à saúde

A União Europeia abriu investigação contra a Temu após detectar brinquedos e utensílios com substâncias tóxicas em níveis alarmantes.

O estudo da Think Chemicals encontrou ftalatos em concentrações até 240 vezes superiores ao limite legal, compostos associados a câncer, danos neurológicos, infertilidade e problemas no fígado e rins.

Esses produtos estavam à venda livremente na plataforma, sem fiscalização adequada, o que levou autoridades a reforçarem alertas contra riscos à saúde pública.

Por que há denúncias de exploração de trabalhadores

Matérias de veículos como o New York Times expuseram denúncias de exploração laboral dentro da Pinduoduo Holdings, controladora da Temu.

Funcionários relataram jornadas que chegavam a 380 horas por mês, em condições mais pesadas que o regime “996” (12 horas por dia, 6 dias por semana).

Casos de desmaios, esgotamento extremo e até suicídios foram registrados, mostrando um cenário de pressão insustentável sobre trabalhadores que viabilizam a logística da plataforma.

Vale a pena arriscar no e-commerce barato?

Apesar do sucesso inicial, os relatórios e denúncias revelam que a Temu envolve riscos que vão muito além de atrasos em entregas.

As acusações de espionagem digital, produtos contaminados e exploração de mão de obra levantam dúvidas sérias sobre o verdadeiro custo do consumo barato.

A própria promessa de preços baixos pode sair cara quando os impactos à saúde, à privacidade e aos direitos trabalhistas são considerados em conjunto.

A imagem da Temu como solução acessível para compras online está cada vez mais desgastada diante de relatórios técnicos, investigações oficiais e milhares de reclamações de consumidores.

O barato, neste caso, pode trazer riscos à saúde, à segurança digital e à dignidade dos trabalhadores.

Você arriscaria seus dados e sua saúde para aproveitar os preços baixos da Temu? Ou acredita que esses riscos tornam a plataforma inviável? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir sua experiência de perto.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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