Maior produtora agrícola do país cresce 13,6% e investe R$ 900 milhões em irrigação até 2029, produtividade da soja e do algodão dispara com tecnologia e sustentabilidade
A SLC Agrícola, conhecida como o “Rei do Agro”, acaba de reafirmar sua soberania no campo brasileiro. A empresa anunciou um salto expressivo na área plantada, atingindo 836.095 hectares na safra 2025/26 — um crescimento de 13,6% em relação ao ciclo anterior. O feito consolida sua liderança como a maior produtora de commodities agrícolas do Brasil, unindo escala, eficiência e inovação em um mesmo plano estratégico.
O avanço é puxado pela soja e pelo milho 2ª safra. Este último cresce 28,9%, chegando a 158.249 hectares, enquanto a soja — carro-chefe da companhia — sobe 13,8%, totalizando 429.702 hectares.
Mais que números, esses resultados representam a força de um agronegócio que alia gestão de risco, tecnologia e diversificação regional para garantir estabilidade em meio às variações climáticas e de mercado.
“Nosso objetivo é combinar produtividade e sustentabilidade em todas as etapas da produção”, destaca a SLC em seu relatório.
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Irrigação bilionária: produtividade sob controle
Garantir previsibilidade de caixa e estabilidade de safra é prioridade para o grupo. Por isso, a SLC está executando um projeto de irrigação de R$ 900 milhões, que vai ampliar as áreas irrigadas de 16 mil para 53,2 mil hectares até 2029.
A meta é clara: reduzir riscos climáticos e aumentar os lucros com soja, milho e algodão, com retorno estimado entre R$ 6 mil e R$ 7 mil por hectare por safra.
Os resultados já aparecem no campo:
- O algodão irrigado atinge 360 arrobas por hectare, triplo do rendimento em áreas de sequeiro (120 arrobas);
- A soja irrigada chega a 73,6 sacas por hectare, mais que o dobro do modelo convencional.
O custo médio de produção, porém, subiu 10,2%, alcançando R$ 7.112 por hectare, reflexo da valorização de insumos e da adoção de novas tecnologias.
Esse investimento é estratégico: a irrigação se tornou o coração da produtividade da SLC Agrícola, o que garante competitividade mesmo em anos de clima desafiador.
Sustentabilidade e tecnologia: o novo padrão do agro
Em um setor cada vez mais pressionado por critérios ambientais, a SLC Agrícola vem transformando suas fazendas em laboratórios de sustentabilidade.
A companhia, presente em 26 fazendas de sete estados brasileiros, aplica práticas regenerativas em 100% das operações e acaba de lançar o maior projeto de mensuração de carbono do agronegócio nacional, em parceria com a deeptech Fluere.
O sistema monitora 736 mil hectares, capturando 500 mil toneladas de CO₂ e integrando dados de mais de 2 mil lavouras em tempo real.
Segundo Tiago Agne, gerente de sustentabilidade da SLC:
“O monitoramento coloca a empresa em um novo patamar de gestão ambiental, alinhado às normas globais como o GHG Protocol e o RenovaBio.”
O objetivo é atingir neutralidade de emissões até 2030, antecipando-se às futuras exigências da taxa de carbono na fronteira europeia. Uma iniciativa que reforça o compromisso da empresa com o futuro verde do agro brasileiro.
Expansão territorial e valorização bilionária
A força da SLC Agrícola não vem apenas do crescimento natural da safra, mas também de uma estratégia agressiva de fusões e aquisições.
Em 2025, a empresa ultrapassou a marca de 800 mil hectares após investir R$ 1,7 bilhão na compra de propriedades como a Fazenda Paladino (BA) e a Fazenda Pamplona (MG).
Essas aquisições fortalecem a diversificação geográfica e reduzem riscos climáticos, pilares essenciais para a estabilidade operacional.
Os números impressionam: segundo a Deloitte, as terras da SLC estão avaliadas em R$ 13,4 bilhões, com valorização média anual de 13,4% desde o IPO em 2007. O retorno sobre o patrimônio (ROE) atingiu 22,9% entre 2020 e 2024, comparável aos maiores bancos do país.
Inovação e responsabilidade no comando do agro
Com 836 mil hectares cultivados, investimentos bilionários em irrigação, e o maior projeto de carbono do agro brasileiro, a SLC Agrícola reafirma seu papel como protagonista de um novo modelo de agronegócio eficiente, tecnológico e ambientalmente responsável.
Mais do que uma gigante do campo, a empresa se tornou referência de gestão profissional e sustentabilidade, provando que o sucesso no agronegócio moderno depende tanto da produtividade quanto do respeito ao meio ambiente.
E você, leitor? Diante desse cenário, você acredita que a tecnologia e a sustentabilidade podem caminhar juntas?
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