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Reforma de R$ 12 BILHÕES em rodovia (BR) pode não acontecer mais! Ministro do TCU levou UM ANO para dizer que obras são ilegais

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 10/11/2024 às 02:29
Reforma bilionária da BR-163 em xeque: TCU pode barrar investimentos de R$ 12 bilhões; decisão final agendada para dia 13.
Reforma bilionária da BR-163 em xeque: TCU pode barrar investimentos de R$ 12 bilhões; decisão final agendada para dia 13.

A polêmica concessão da BR-163 está ameaçada! TCU pode bloquear um investimento bilionário em rodovias, levando uma solução planejada a retroceder.

Uma batalha jurídica bilionária ameaça paralisar o esperado projeto de reforma da BR-163, rodovia estratégica para o transporte no Brasil.

O Tribunal de Contas da União (TCU), que há mais de um ano revisa uma proposta entre a concessionária CCR MSVia e o governo federal, trouxe à tona uma reviravolta.

O voto do ministro relator Aroldo Cedraz, contrário ao acordo, lançou uma sombra de incerteza sobre o futuro da concessão.

Decisão Inicial do TCU

A decisão do TCU, marcada para o próximo dia 13, será decisiva para o futuro da BR-163.

Segundo Cedraz, o projeto desrespeita normas legais por incluir alterações nos valores de pedágio, além de estender o prazo de concessão e modificar os investimentos obrigatórios, sem garantias de cumprimento.

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A rejeição do relator, caso confirmada, inviabilizaria o investimento bilionário, colocando a continuidade da obra em xeque.

Debate intenso no Plenário

O voto de Cedraz dividiu o plenário. O ministro Augusto Nardes solicitou uma análise mais aprofundada, adiando a decisão.

Outro ministro, Benjamin Zymler, se posicionou contra a rejeição, argumentando que o TCU já aprovou concessões semelhantes.

O presidente do TCU, Bruno Dantas, concordou, ressaltando os benefícios da solução consensual.

“Este procedimento é vantajoso para a sociedade e não deve ser barrado por questões meramente legais,” disse Dantas, segundo fontes do TCU.

Justificativas de Cedraz

Em sua justificativa, Cedraz enfatizou que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a CCR MSVia não respeitaram normas previstas em lei, como a relicitação em casos de baixa performance da concessionária.

“Este tribunal não pode permitir que uma solução consensual substitua a relicitação, instrumento legal para esses casos,” declarou Cedraz.

Para Cedraz, a proposta atual cria um vínculo indefinido entre a concessionária e a rodovia.

Além disso, ele afirmou que a alteração nas tarifas de pedágio e na extensão do prazo de concessão é uma afronta direta aos dispositivos legais de concessão, os quais exigem que mudanças contratuais respeitem as condições iniciais de licitação.

Desafios e impacto econômico

Segundo a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Seilog), os recursos do projeto seriam aplicados até o fim da concessão, em 2059, incluindo R$ 2,3 bilhões para os três primeiros anos.

Especialistas alertam que o cancelamento do acordo resultaria em perdas econômicas e logísticas, impactando o transporte de mercadorias e o escoamento de safras.

Cedraz mencionou que, embora o governo federal enfrentasse dificuldades para reassumir a BR-163, ele não poderia apoiar um ato que considera ilegal.

Segundo ele, o termo de autocomposição – documento técnico com regras e condições do acordo – não atende aos princípios de proporcionalidade e legalidade exigidos pelo TCU.

Processo e prazos

A proposta da ANTT, que incluía a CCR MSVia, está sob análise no TCU desde setembro do ano passado.

Após 14 meses de trâmites, o relatório de Cedraz e a minuta do termo de autocomposição foram apresentados ao plenário apenas no último mês.

Apesar de o documento estar pronto desde junho, a votação foi adiada várias vezes, agora dependendo do posicionamento final do plenário.

Oposição à proposta consensual

Para Cedraz, o problema reside na legalidade da proposta, pois esta poderia comprometer futuras concessões rodoviárias.

De acordo com ele, “a solução consensual, embora útil, não deve substituir o processo de relicitação, que garante transparência e competitividade.”

Em resposta, o Ministério Público junto ao TCU também se posicionou contra a proposta, afirmando que a ANTT e a CCR MSVia estavam favorecendo uma única empresa, comprometendo os princípios legais de igualdade nas concessões.

Consequências da decisão final do TCU

O desfecho dessa votação não apenas decidirá o futuro da BR-163, mas também abrirá precedentes sobre como o TCU lidará com propostas consensuais nas concessões de infraestrutura.

Muitos especialistas apontam que a decisão poderá influenciar concessões de rodovias em todo o país.

A reforma da BR-163 traria uma solução real para os problemas de transporte no Brasil, ou seria apenas mais uma obra envolta em burocracias e irregularidades?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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