Com o objetivo de honrar a meta de diminuir as emissões, a Unidas irá aumentar a frota com veículos elétricos
Pensando no compromisso anunciado de minimizar a emissão de carbono até 2028, a locadora de veículos Unidas destinou R$ 370 milhões para a compra de uma frota de 2 mil carros elétricos em 2022, sendo 400 deles modelos híbridos. Com a aquisição, a locadora irá totalizar 2,6 mil veículos disponíveis para os seus clientes, não só no setor de terceirização de frotas, mas também na área de locação. A Unidas já assinou contratos de aquisição com montadoras como Renault, BMW e a Stellantis, dona de marcas como Fiat e Peugeot.
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Segundo Breno Davis, chefe da área de frotas, essa atitude é a primeira de uma gama de grandes movimentos que a companhia tem para eletrificar o seu portfólio. A Unidas tem como objetivo aumentar a frota de carros elétricos para 80 mil até 2027. Essa iniciativa deve totalizar aproximadamente R$ 15 bilhões de investimentos nos próximos cinco anos, considerando os preços atuais dos veículos.
Mais do que minimizar a emissão de carbono, a Unidas quer protagonizar a adoção de veículos elétricos. “Entendemos que alguém precisa assumir esse protagonismo e perder o medo de investir nesse mercado”, disse Davis.
Entretanto, os desafios nesse segmento são grandes. Por enquanto, ainda são poucos os pontos de recarga existentes pelo Brasil, bem como a revenda de veículos, que é responsável por uma significativa parcela do faturamento e da rentabilidade do segmento, e também sofre pela ausência de veículos e também da própria infraestrutura urbana.
Por isso, a Unidas espera instalar mil pontos de recarga até 2027, com o objetivo de suprir a demanda que ela mesma está criando. Essa é uma iniciativa que a companhia já realiza com os seus clientes corporativos de gestão e terceirização de frota. De acordo com Davis, a depender do pedido da empresa, a Unidas instala carregadores em prédios corporativos ou em casas de executivos.
Planos futuros da Rede de Locadoras Unidas
E esse deve ser o mercado que a Unidas irá investir a curto prazo. Isso se dá porque os carros disponíveis no setor de locação ainda são para os clientes que querem experimentar conduzir um veículo elétrico. Até mesmo porque os preços são mais elevados do que a locação de um veículo a combustão.
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A Unidas está em processo de fusão com a Localiza, que é a maior empresa do setor no país. No mês de dezembro, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a união por três votos a dois, mas com uma série de medidas restritivas para a companhia. Dentre elas, as empresas precisarão realizar a alienação de todos os ativos da Unidas no setor de locação. O principal foco da empresa, a gestão de frotas, foi poupado.
Para Davis, apesar de tantas burocracias, compensa para a Unidas fazer esse movimento. A Unidas recebeu o selo EV100, uma iniciativa global de empresas que se comprometem com a transição dos veículos a combustão para modelos elétricos até 2030. Além disso, de acordo com o executivo, a iniciativa faz parte da agenda ESG e ajuda na geração de valor aos clientes.
“Mesmo não tendo acesso aos negócios, conhecemos a turma da Localiza e eu tenho certeza que, com a fusão se concretizando, essa agenda ganha ainda mais força com a nova companhia”, afirma.