Re-Teck, Energy Source e Lorene estão prontas para liderar a reciclagem de baterias de lítio no Brasil, atendendo o crescente mercado automotivo.
A reciclagem de baterias de lítio tornou-se uma questão central na discussão sobre a sustentabilidade dos veículos elétricos e híbridos. No Brasil, três empresas estão na vanguarda desse processo: Re-Teck, Energy Source e Lorene. Essas empresas já realizam a reciclagem de baterias de celulares e notebooks e estão se preparando para atender ao crescente mercado automotivo.
O papel das empresas na reciclagem das baterias de lítio
A Re-Teck, a Energy Source e a Lorene são as principais responsáveis pela reciclagem de baterias de lítio no Brasil.
Essas empresas possuem experiência no tratamento de baterias de dispositivos como celulares e notebooks, o que lhes proporciona uma base sólida para lidar com as baterias de lítio usadas em veículos elétricos.
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Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), essas empresas estão prontas para enfrentar a demanda específica do setor automotivo quando necessário.
Marcelo Cairolli, diretor de Infraestrutura da ABVE e vice-presidente de Negócios para América Latina da Re-Teck, destaca que as baterias de lítio já estão presentes no Brasil há pelo menos 25 anos.
A Re-Teck atua no país desde 2016 e tem se preparado para expandir suas operações para o setor automotivo conforme a demanda cresce.
As baterias de lítio, que equipam a maioria dos carros elétricos e híbridos, têm uma vida útil que varia de 10 a 15 anos.
Portanto, o mercado ainda não exige a reciclagem em larga escala dessas baterias, mas a preparação para o futuro é essencial.
A necessidade da reciclagem de baterias de lítio
A reciclagem de baterias de lítio é crucial não apenas para a gestão de resíduos, mas também para a sustentabilidade ambiental.
A ABVE enfatiza que, embora ainda não seja um problema iminente, a reciclagem dessas baterias se tornará cada vez mais relevante à medida que o número de veículos elétricos e híbridos no Brasil cresce.
O processo de reciclagem envolve a trituração das baterias e a separação dos materiais em três categorias principais: plásticos, retalhos de alumínio e cobre, e metais nobres como lítio, cobalto e níquel.
Os resíduos de metais nobres são especialmente valiosos no mercado internacional.
Eles são conhecidos como “Massa Negra” devido à sua aparência de pó metálico preto. Após a separação, esses metais são reaproveitados na fabricação de novas baterias, o que contribui para a redução da necessidade de mineração de novos recursos.
A reciclagem desses metais é um processo quase infinito, permitindo que lítio, níquel e cobalto sejam reutilizados várias vezes.
Impacto da inclusão de veículos elétricos no imposto seletivo
A recente proposta de inclusão dos veículos eletrificados no Imposto Seletivo, também conhecido como “Imposto do Pecado”, gerou preocupações entre os profissionais do setor.
A ABVE divulgou um comunicado para esclarecer a importância da reciclagem de baterias de lítio e os benefícios dos veículos elétricos.
Ricardo Bastos, presidente da ABVE, argumenta que os veículos elétricos e híbridos têm um impacto positivo significativo no meio ambiente.
Eles reduzem ou eliminam as emissões de poluentes, diminuem a poluição sonora e ajudam na redução dos gases de efeito estufa.
Bastos afirma que não faz sentido incluir esses veículos no Imposto Seletivo, dado seu papel na promoção de uma mobilidade mais sustentável.
Preparação para o futuro da reciclagem
A reciclagem de baterias de lítio no Brasil está bem encaminhada, com as empresas Re-Teck, Energy Source e Lorene liderando o caminho.
Apesar de a demanda atual por reciclagem de baterias de lítio ainda ser limitada devido à durabilidade dessas baterias, o setor está se preparando para o futuro.
A reciclagem não só ajuda a gerenciar resíduos de maneira eficiente, mas também reduz a necessidade de novos recursos e contribui para um ciclo de produção mais sustentável.
Com o crescimento esperado no número de veículos elétricos e híbridos, a capacidade de reciclagem será cada vez mais importante.
A preparação das empresas brasileiras para enfrentar essa demanda futura é um passo positivo em direção a um futuro mais sustentável e à preservação dos recursos naturais.