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Receita Federal já possui dados de 2021 a 2025 do Airbnb e pode cobrar multas de até 150%

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 17/09/2025 às 10:15
Receita Federal já tem dados do Airbnb entre 2021 e 2025; omitir imposto de renda pode gerar multa de até 150% e levar o contribuinte direto à malha fina.
Receita Federal já tem dados do Airbnb entre 2021 e 2025; omitir imposto de renda pode gerar multa de até 150% e levar o contribuinte direto à malha fina.
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Segundo a investidora Cindy Chojniak, a Receita Federal já tem informações de hospedagens no Airbnb entre 2021 e 2025 e pode aplicar multas de até 150% sobre o imposto devido.

Hospedar pelo Airbnb deixou de ser “renda extra sem burocracia”. De acordo com a engenheira e administradora Cindy Chojniak, que investe há mais de 10 anos, a Receita Federal passou a cruzar dados de 2021 a 2025 (CPF, endereço, valores e períodos de locação) para verificar se os rendimentos foram declarados corretamente. Quem ignorou a obrigação pode enfrentar multas que chegam a 150% do imposto devido, além de malha fina e outras sanções.

Para Cindy, a mensagem é clara: não se trata de criminalizar a atividade, mas de um ambiente de fiscalização mais rigoroso. A Receita Federal prioriza tecnologia de cruzamento de dados; omitir rendimentos virou alto risco. O objetivo desta matéria é explicar, de forma prática e imparcial, o que isso significa para anfitriões, como se prevenir e quais erros custam mais caro.

Quem a Receita mira — e por quê

O alvo são pessoas físicas e jurídicas que obtiveram renda com locações via plataformas como Airbnb entre 2021 e 2025, segundo Cindy.

A Receita Federal possui dados suficientes para conferir se essa receita apareceu na declaração e se houve pagamento do imposto correspondente.

Cindy destaca que o foco não é “punir quem prospera”, e sim reduzir a omissão de rendimentos.

Em um cenário de digitalização do fisco, a probabilidade de o contribuinte “passar despercebido” diminuiu drasticamente.

A recomendação dela é tratar receitas de locação temporária como renda tributável, observando regras e prazos aplicáveis.

Quanto está em jogo: multas de até 150%

Segundo Cindy, a consequência mais pesada é a multa que pode chegar a 150% do imposto devido quando a Receita caracteriza infração grave.

malha fina, bloqueio de restituição, tributação por arbitramento e, em casos extremos, representação ao Ministério Público.

Na prática, cada mês não declarado pode acumular imposto, multa e juros, inflando rapidamente a dívida.

O custo de regularizar é sempre menor do que o custo de ser autuado.

Por isso, agir preventivamente é a estratégia mais eficiente.

Onde os dados “aparecem” para a Receita

Conforme explica Cindy, plataformas reúnem informações padronizadas: CPF/CNPJ do anfitrião, endereço do imóvel, valor recebido por reserva e datas de hospedagem.

A Receita Federal usa esses registros para cruzar com declarações de rendimentos do contribuinte.

Esse encadeamento permite identificar inconsistências entre o que a plataforma reporta e o que foi declarado.

Quanto mais organizado estiver o histórico do anfitrião (comprovantes, extratos e relatórios), mais simples é comprovar a origem e o tratamento tributário dado a cada período.

Por que a Receita intensificou a fiscalização

Para Cindy, três vetores explicam a mudança:

(1) crescimento do mercado de hospedagem por aplicativo,

(2) capacidade tecnológica do fisco para cruzar dados em larga escala e

(3) necessidade de “fechar o cerco” à omissão de rendas pulverizadas.

A Receita Federal enxerga a locação de curta temporada como atividade econômica relevante e, portanto, sujeita às mesmas exigências de transparência que outros setores já cumprem.

Quem se antecipar, organiza e declara corretamente, reduz risco e imprevistos.

Vale a pena regularizar agora?

Sim — e quanto antes. De acordo com Cindy, regularizar espontaneamente costuma ser mais barato do que esperar uma autuação.

Isso inclui revisar períodos de 2021 a 2025, conferir se toda a receita aparece no histórico e corrigir eventuais omissões por meio dos mecanismos disponíveis para retificação.

Outra vantagem: um histórico limpo facilita obter crédito, vender patrimônio e evitar travas na restituição.

Em um ambiente de fiscalização mais denso, compliance não é custo: é proteção do patrimônio.

Como reduzir riscos daqui para frente

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Organize a documentação: mantenha relatórios mensais de reservas, comprovantes de repasses, notas/recibos e controle de despesas dedutíveis compatíveis com o regime tributário adotado.

Cindy enfatiza que registros consistentes são a melhor defesa.

Padronize o processo: estabeleça rotina de conferência dos valores recebidos e calcule o imposto do período antes do prazo.

Evite “acumular para ver depois”é assim que nascem omissões e multas.

Revise anos anteriores: quem já operou entre 2021 e 2025 deve conferir o histórico e retificar se necessário.

Segundo Cindy, a iniciativa do contribuinte pesa positivamente e tende a reduzir o impacto financeiro caso haja divergências.

E você, é anfitrião ou pensa em começar? Já revisou 2021–2025 e montou seu checklist de documentação? Quais dúvidas mais pegam no seu caso — registrar tudo mês a mês, calcular o imposto ou retificar anos anteriores? Conte nos comentários: sua experiência real ajuda outros anfitriões a decidir o que fazer agora.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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