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Receita Federal inicia Operação Cadeia de Carbono contra fraudes na importação de combustíveis e lavagem de dinheiro

Escrito por Hilton Libório
Publicado em 19/09/2025 às 17:04
Bicos de combustíveis coloridos em posto de gasolina com sobreposição de texto “Receita Federal: Combate a Fraudes”, indicando ação contra irregularidades no setor.
Receita Federal inicia operação contra fraudes na importação de combustíveis e lavagem de dinheiro/ Imagem Ilustrativa
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Receita Federal investiga fraudes na importação de combustíveis e petróleo. A Operação Cadeia de Carbono expõe lavagem de dinheiro e uso de empresas de fachada

A Receita Federal iniciou a Operação Cadeia de Carbono, uma ação estratégica de fiscalização voltada para o combate a fraudes na importação de combustíveis, petróleo e derivados.

A ofensiva tem como objetivo desarticular esquemas criminosos que envolvem interposição fraudulenta, lavagem de dinheiro e evasão fiscal, com impacto direto na arrecadação tributária e na integridade do comércio exterior brasileiro.

Fraudes na importação de combustíveis: foco da Receita Federal

A importação de combustíveis é uma atividade estratégica para o Brasil, tanto pelo volume financeiro envolvido quanto pela sua relevância energética. No entanto, esse setor tem sido alvo de práticas ilícitas que comprometem a arrecadação de tributos e a concorrência leal.

A Receita Federal, ao deflagrar a Operação Cadeia de Carbono, busca enfrentar diretamente essas fraudes, que envolvem empresas de fachada, ocultação de beneficiários finais e uso indevido de benefícios fiscais. A ação visa proteger o mercado nacional e garantir que os recursos públicos não sejam desviados por organizações criminosas.

Alvos da Operação Cadeia de Carbono

A operação concentra-se em empresas que, apesar de apresentarem pouca ou nenhuma estrutura operacional, surgem formalmente como importadoras de cargas avaliadas em centenas de milhões de reais. Segundo a Receita Federal, essas empresas são utilizadas como “laranjas” por organizações criminosas que ocultam os verdadeiros responsáveis e os fluxos financeiros das operações.

Foram realizadas diligências simultâneas em 11 alvos distribuídos por cinco estados: Alagoas, Paraíba, Amapá, Rio de Janeiro e São Paulo.

As ações incluíram:

  • Avaliação da estrutura e capacidade operacional das empresas
  • Coleta de documentos e depoimentos
  • Verificação de requisitos para fruição de benefícios fiscais federais e estaduais

Logística e aparato operacional da Receita Federal

A deflagração da Operação Cadeia de Carbono mobilizou 80 servidores da Receita Federal, apoiados por 20 viaturas terrestres, uma aeronave operacional e um helicóptero de vigilância avançada. O aparato garantiu suporte às diligências fiscais e reforçou a presença institucional em pontos estratégicos ligados à logística e à distribuição de combustíveis.

A operação contou ainda com o apoio de outras instituições públicas, ampliando o alcance e a efetividade das ações.

Cargas retidas e valores envolvidos na importação de petróleo e derivados

Até o momento, foram retidas cargas de dois navios destinados ao porto do Rio de Janeiro, avaliadas em aproximadamente R$ 240 milhões. Os produtos incluem:

  • Petróleo bruto
  • Combustíveis diversos
  • Hidrocarbonetos
  • Óleo condensado de petróleo

Essas retenções foram realizadas com base em provas já colhidas que indicam irregularidades nas operações de importação. Os pontos de controle incluem portos, depósitos e terminais de armazenamento em São Paulo e outros estados.

A retenção das cargas é uma medida preventiva que visa impedir o avanço das fraudes e proteger o interesse público.

Crimes investigados pela Receita Federal na Cadeia de Carbono

A Receita Federal identificou indícios de diversos crimes, entre eles:

  • Interposição fraudulenta
  • Lavagem de dinheiro
  • Evasão de divisas
  • Sonegação fiscal

A legislação brasileira prevê o perdimento das mercadorias como forma de coibir essas práticas. Além disso, a Receita mantém diálogo permanente com o Poder Judiciário para garantir suporte legal às medidas de retenção e responsabilização.

A operação reforça o compromisso institucional com a proteção do interesse público e a integridade do sistema tributário nacional.

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Próximos passos da Operação Cadeia de Carbono

A Operação Cadeia de Carbono não se encerra com as diligências iniciais. Os próximos passos incluem:

  • Aprofundamento das auditorias fiscais sobre as empresas envolvidas
  • Rastreamento da cadeia de contratos e documentos de importação
  • Análise detalhada dos fluxos financeiros utilizados nas operações
  • Identificação e responsabilização dos beneficiários finais

Além disso, será publicada uma Instrução Normativa reforçando as regras de controle e fiscalização da importação de combustíveis e hidrocarbonetos. A medida busca impedir a repetição de expedientes fraudulentos e fortalecer a conformidade no setor.

Combate à lavagem de dinheiro e interposição fraudulenta

A lavagem de dinheiro é uma das práticas mais complexas e prejudiciais à economia formal. Na Operação Cadeia de Carbono, a Receita Federal identificou mecanismos sofisticados de ocultação de patrimônio e dissimulação de fluxos financeiros, com uso de empresas de fachada e contratos simulados.

A interposição fraudulenta, por sua vez, consiste na utilização de terceiros para ocultar os verdadeiros responsáveis pelas operações. Essa prática dificulta a fiscalização e compromete a rastreabilidade das transações comerciais.

O combate a esses crimes exige inteligência fiscal, cooperação institucional e uso intensivo de tecnologia.

Boas práticas internacionais no controle da importação de combustíveis

A fiscalização da importação de combustíveis não é uma preocupação exclusiva do Brasil. Outros países já mantêm sistemas rigorosos de controle aduaneiro e rastreamento de fluxos financeiros. A Operação Cadeia de Carbono alinha-se às melhores práticas internacionais, promovendo:

  • Transparência nas operações comerciais
  • Cooperação entre órgãos públicos
  • Fortalecimento da governança tributária

Além disso, o Brasil tem ampliado sua participação em fóruns internacionais de combate à lavagem de dinheiro e crimes fiscais, fortalecendo sua capacidade de resposta e integração com outras jurisdições.

Relevância da Operação Cadeia de Carbono para o futuro do setor energético

A Receita Federal, ao deflagrar a Operação Cadeia de Carbono, deu um passo decisivo no combate às fraudes na importação de combustíveis e derivados de petróleo. A ação demonstra a capacidade institucional de enfrentar esquemas complexos e proteger os interesses do Estado e da sociedade.

Com medidas rigorosas, tecnologia avançada e cooperação interinstitucional, a Receita Federal reafirma seu papel como guardiã da legalidade no comércio exterior.

Segundo a Receita Federal, para o cidadão, essa operação representa mais do que números: é a garantia de que os recursos públicos estão sendo protegidos e que o mercado opera de forma justa e transparente. O fortalecimento da fiscalização no setor de combustíveis é essencial para garantir segurança energética, justiça fiscal e desenvolvimento sustentável.

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Hilton Libório

Hilton Fonseca Liborio é redator, com experiência em produção de conteúdo digital e habilidade em SEO. Atua na criação de textos otimizados para diferentes públicos e plataformas, buscando unir qualidade, relevância e resultados. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras, Energias Renováveis, Mineração e outros temas. Contato e sugestões de pauta: hiltonliborio44@gmail.com

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