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Real segue entre as moedas mais baratas do mundo, diz Bank of America, e pode ter nova alta ainda em 2025

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 09/08/2025 às 12:13
Real segue entre as moedas mais baratas do mundo, diz Bank of America, e pode ter nova alta ainda em 2025
Foto: Real segue entre as moedas mais baratas do mundo, diz Bank of America, e pode ter nova alta ainda em 2025
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Bank of America aponta que o real segue subvalorizado e vê espaço para alta, apesar de tensões comerciais com os EUA. Entenda o cenário do câmbio brasileiro.

O real brasileiro segue figurando entre as moedas mais baratas do mundo, de acordo com um relatório recente do Bank of America (BofA). A análise aponta que, mesmo após a valorização observada no início de 2025, a moeda brasileira permanece mais de 15% abaixo de sua média de longo prazo quando ajustada pelo comércio. Para o banco, há espaço para uma nova alta do real em 2025, sustentada por fundamentos econômicos positivos e um cenário internacional relativamente favorável.

Real subvalorizado 2024: por que o Bank of America vê potencial de alta

O estudo do Bank of America câmbio indica que moedas latino-americanas, no geral, passaram de uma subvalorização de 3,2% para uma supervalorização de 2,2% em relação às médias pós-2015. Contudo, o Brasil e o Chile ainda permanecem na faixa de subvalorização.

Segundo os analistas do BofA, o Brasil oferece fortes retornos reais — ou seja, ganhos ajustados pela inflação — e o Chile tende a se beneficiar de potenciais investimentos corporativos após suas eleições. Esse conjunto de fatores embasa a visão construtiva do banco para a alta do real nos próximos meses.

Moeda brasileira: comportamento recente e perspectivas

Em 2024 e início de 2025, o dólar chegou a superar R$ 6,29, mas atualmente gira em torno de R$ 5,42, refletindo tanto o enfraquecimento global da moeda americana quanto ajustes internos na economia brasileira. Apesar dessa queda, o Bank of America câmbio avalia que o real ainda não atingiu seu valor justo de longo prazo e pode continuar ganhando força frente ao dólar ao longo de 2025.

Essa possível valorização da moeda brasileira se apoiaria em fatores como:

  • Juros reais elevados no Brasil, que atraem capital estrangeiro;
  • Estabilidade macroeconômica relativa, mesmo com ruídos políticos;
  • Exportações diversificadas e beneficiadas por preços internacionais favoráveis em algumas commodities.

Tarifas dos EUA e impacto no câmbio

As recentes tarifas de 50% anunciadas pelo presidente americano Donald Trump ao Brasil, embora significativas, trazem cerca de 700 exceções para exportações estratégicas, como suco de laranja, minério de ferro e aeronaves. Isso, segundo o BofA, reduz o impacto imediato sobre o crescimento e o comércio exterior.

Ainda assim, alguns analistas, como os da Oxford Economics, alertam que os efeitos negativos no longo prazo podem ser relevantes. Estimativas da consultoria apontam para uma queda de até 5% nas exportações reais do Brasil e um declínio de 10% na competitividade comercial até 2040, caso o cenário tarifário se mantenha.

Alta do real 2025: fatores que podem influenciar

De acordo com o Bank of America câmbio, a alta do real em 2025 dependerá do equilíbrio entre oportunidades e riscos:

  • Positivos: juros reais atrativos, controle relativo da inflação e fluxo de capital estrangeiro.
  • Negativos: tensões comerciais com os EUA, volatilidade política interna e desaceleração da economia global.

Para o banco, o Brasil ainda é um mercado com apelo para investidores, especialmente no curto e médio prazo, enquanto o real permanece subvalorizado.

O diagnóstico do Bank of America câmbio reforça que o real subvalorizado 2024 ainda tem espaço para ganhar terreno em 2025. Apesar das incertezas trazidas pelas tarifas americanas e pelo cenário político, a moeda brasileira segue sustentada por fundamentos econômicos que favorecem sua valorização.

Se confirmadas as projeções, a alta do real poderá reduzir pressões inflacionárias internas e melhorar o poder de compra, mas também exigirá atenção aos efeitos colaterais de longo prazo das disputas comerciais.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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