Em entrevista franca, Ratinho detalha os erros que levam ricos à ruína, explica por que nunca investiria em criptomoedas, defende Silvio Santos e afirma que adquirir o SBT exigiria valores bilionários fora da realidade
O apresentador e empresário Ratinho chamou atenção ao compartilhar lições de finanças e bastidores da televisão em uma conversa repleta de opiniões fortes. Ao falar sobre os erros que derrubam milionários, ele afirmou que a ruína vem de “mau negócio ou vício em jogo” e explicou por que evita riscos em novos investimentos.
Durante a entrevista, Ratinho também comentou sobre Silvio Santos, Faustão e o futuro do SBT, mesclando humor e realismo. O apresentador revelou que chegou a ser aconselhado a comprar uma emissora, mas recuou ao avaliar o tamanho do investimento necessário e a complexidade de administrar uma estrutura bilionária.
As lições financeiras e o conselho que evita a falência
Aos 67 anos, Ratinho disse ter aprendido a controlar impulsos e definir limites patrimoniais claros. Segundo ele, já determinou quanto dinheiro deixar para os filhos e não pretende investir em negócios novos. “Eu não entro mais em fria. Se o cara quiser que eu coloque dinheiro, não coloco. Criptomoeda, nem pensar — coisa sem lastro”, afirmou.
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Em sua visão, existem apenas dois caminhos para a falência de quem tem dinheiro: fazer maus negócios ou se deixar levar por vícios como o jogo. Ele lembrou que muitos artistas e ex-jogadores de futebol perderam fortunas em apostas. “Se for controlado, perde pouco. Se for imbecil, perde tudo”, disse, destacando que disciplina é o segredo para preservar patrimônio.
Ratinho contou que chegou a cogitar a compra de uma televisão há alguns anos, por cerca de R$ 350 milhões, mas desistiu após avaliar o risco. “Eu teria que vender tudo. Se aquilo não desse certo, quebrava. Eu não ponho todos os ovos no mesmo cesto”, disse.
Ao comentar sobre o SBT, o apresentador foi categórico: Silvio Santos nunca venderá a emissora e suas filhas também não. “O SBT vale uns 5 bilhões. É muito dinheiro. E não é só o canal — tem toda a estrutura, funcionários, e a Tele Sena, que dá um lucro desgraçado”, explicou. Ratinho reforçou que, apesar de ter seis geradoras próprias no Paraná afiliadas à rede, comprar o SBT é inviável até para grandes investidores.
O elogio a Silvio Santos e a crítica a Faustão
Durante o bate-papo, Ratinho defendeu Silvio Santos, a quem chamou de exemplo de gestão e carisma. “As filhas são apaixonadas pelo pai. Elas não vão vender o SBT. Aquele homem construiu um império”, afirmou.
Já ao comentar sobre o programa do Faustão, foi direto: “Baita programa, mas não vendeu bem. A venda é o que mantém tudo. Se não vende, não adianta audiência”. Para Ratinho, o segredo do sucesso está em saber vender a própria imagem e acreditar no produto que se oferece. “O primeiro produto que você vende é você. Se não acredita, ninguém compra”, resumiu.
Ao falar sobre negócios, Ratinho aconselhou empreendedores a só investir no que realmente gostam. “Faz o que gosta, porque aí você vai ser feliz. Não quero trabalhar pesado, quero fazer o que me diverte”, brincou. Ele afirmou que pretende continuar na televisão “até o último chute”, destacando que gosta da rotina, do público e da “confusão boa” que o entretenimento proporciona.
Mesmo com humor, o apresentador deixou clara sua filosofia prática: trabalhar com prazer, evitar riscos desnecessários e manter os pés no chão. “Não quero mais entrar em fria. Quero morrer trabalhando com o que gosto”, concluiu.
O discurso de Ratinho mistura ironia, experiência e lucidez sobre negócios e mídia. Suas declarações sobre o SBT, Faustão e os erros que levam à falência revelam um perfil mais racional do que polêmico. Para ele, estabilidade vale mais que ousadia sem cálculo — e felicidade está em fazer o que se gosta, não em apostar tudo.
Você concorda com Ratinho? Evitar risco é prudência ou medo de crescer? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem vive isso na prática.