O golpe da quilometragem adulterada é um problema sério no mercado de carros usados, impactando não apenas o Brasil, mas também outros países.
No atual cenário econômico, o mercado automotivo brasileiro enfrenta um aumento impressionante nos preços dos carros. Desde 2018, o preço médio dos carros 0km subiu 90%, saltando de R$74 mil para R$141 mil, conforme os principais veículos de notícias do país. Esta elevação, impulsionada pela pandemia e pela escassez de componentes, levou muitos consumidores a optarem pelos veículos usados, gerando um crescimento de 32% nas vendas em março de 2023 comparado ao ano anterior. Contudo, esse boom trouxe à tona um golpe antigo, mas ainda eficaz: a adulteração da quilometragem dos veículos, um esquema que engana compradores e inflaciona injustamente o valor dos carros.
Cerca de 30% dos veículos seminovos à venda no Brasil têm sua quilometragem adulterada, o que significa que 3 em cada 10 carros exibem uma contagem de quilômetros menor do que a real. Com ferramentas e aplicativos facilmente disponíveis online, até os hodômetros digitais modernos estão sujeitos a esta fraude. Com isso, os carros são vendidos por um valor acima do mercado, baseado na tabela Fipe, gerando um prejuízo bilionário para os consumidores.
Impacto global do golpe
Este não é um problema exclusivo do Brasil. Nos Estados Unidos, mais de 450 mil veículos são vendidos anualmente com hodômetros adulterados, resultando em um prejuízo de cerca de US$1 bilhão por ano. Mesmo variações pequenas na quilometragem podem afetar significativamente o valor de um veículo. A FedEx, por exemplo, foi acusada de vender veículos com hodômetros modificados, um caso ainda em julgamento que pode se tornar o maior esquema de adulteração de hodômetros nos EUA.
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Como identificar e evitar o golpe
Para escapar deste golpe, é vital que os compradores estejam atentos a sinais de desgaste incompatíveis com a quilometragem apresentada. Por exemplo, um carro com baixa quilometragem e sinais de desgaste nos bancos, volante ou pedais pode indicar fraude. E lógico, verificar a tabela Fipe e realizar inspeções mecânicas detalhadas pode ajudar a identificar irregularidades. Em casos de suspeita, é recomendado que o comprador faça uma nova vistoria cautelar em uma empresa confiável.
Consumidores devem estar vigilantes e fazer verificações rigorosas para evitar cair neste esquema. A tabela Fipe pode ser um ponto de referência útil, mas a atenção aos detalhes e a consulta a profissionais confiáveis são essenciais para uma compra segura. É crucial estar ciente deste golpe ao procurar por carros usados, garantindo assim uma negociação justa e transparente.