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Raízen pretende entrar no mercado de biocombustíveis para abastecimento de aviões e navios

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 27/05/2022 às 12:02
Com um crescimento no ramo de biocombustíveis no mercado internacional, a Raízen agora foca seu olhar nos investimentos para o abastecimento de navios e aviões por meio de novos empreendimentos nesse segmento da produção de combustíveis
Foto: Scharfsinn86/iStock

Com um crescimento no ramo de biocombustíveis no mercado internacional, a Raízen agora foca seu olhar nos investimentos para o abastecimento de navios e aviões por meio de novos empreendimentos nesse segmento da produção de combustíveis

Durante um evento promovido pela Raízen na última quarta-feira, (25/05), o vice-presidente de trading da companhia, Paulo Neves, afirmou que as novas perspectivas de crescimento da empresa agora são focadas no mercado de biocombustíveis. O mundo se prepara cada vez mais para uma descarbonização dos transportes e, com isso, a Raízen pretende investir na produção desses combustíveis para o abastecimento de navios e aviões responsáveis por essas operações de comercialização internacional. 

Novo foco da Raízen para o futuro será o mercado de biocombustíveis para o abastecimento de navios e aviões para descarbonização dos transportes

O mercado internacional avança cada vez mais para um cenário de sustentabilidade e adoção de práticas de descarbonização, principalmente em torno do segmento de transportes, e as empresas começam a se preparar para esse momento.

Assim, a Raízen agora mira nos combustíveis sustentáveis, também chamados de biocombustíveis, para o futuro de sua produção no mercado internacional, com foco no abastecimento de navios e aviões, a maior frota de transporte de mercadorias do mundo. 

A Raízen é uma joint venture entre a Cosan e a Shell e está no mercado internacional buscando novos empreendimentos no ramo de combustíveis. Assim, o vice-presidente de trading da companhia, Paulo Neves, comentou sobre o  combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) e os biocombustíveis para navios (biobunker) e como a empresa pretende focar nesse mercado durante os próximos anos. Além disso, o executivo afirmou que “Estamos de olho nos novos mercados que aparecem como grandes potenciais adicionais para o etanol no mudo. Combustível de aviação e o biobunker. Do ponto de vista dos clientes, da demanda, não temos dificuldade de encontrar clientes interessados nessa solução”.

Ademais, ele destacou que países do mundo inteiro já se preparam para um futuro mais sustentável e, por isso, estão sendo realizadas diversas políticas de descarbonização. E, com esse cenário em países da Europa, Ásia e América do Norte — para alcance das metas do Acordo de Paris — a demanda pelos produtos renováveis já está garantida para os próximos anos. Agora, o que a empresa precisa é investir na produção de biocombustíveis compatíveis com navios e aviões para que possam ser firmados novos empreendimentos com empresas de transporte internacional. 

Demanda por biocombustíveis para aviões e navios deverá crescer e companhia se prepara para expandir produção no Brasil, Argentina e Paraguai

A busca por biocombustíveis no mercado internacional só tende a crescer durante os próximos anos com a discussão sobre sustentabilidade nos transportes. Isso pois a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, em inglês) estima um salto na demanda global por SAF nos próximos anos, de 100 milhões de litros em 2021 para 5 bilhões de litros em 2025.

Com isso, a Raízen enxerga um cenário altamente favorável para o desenvolvimento de novos negócios nos segmentos de aviões e navios. Ainda segundo a Lata, até o ano de 2050, mais de 60% dos combustíveis de aviação deverão ser de origem renovável, enquanto os navios devem reduzir a emissão de carbono pela metade no mesmo período.

Assim, os empreendimentos da Raízen voltados para essa produção no Brasil, Argentina e Paraguai serão os grandes responsáveis pela expansão de abastecimento no mercado internacional pela empresa durante os próximos anos. 

Com isso, o CEO da Raízen Argentina, Teófilo Lacroze, finalizou afirmando que quando a empresa pensa em biocombustíveis, os produtos produzidos no país são o primeiro passo para um futuro de expansão dentro desse segmento no mercado internacional de aviação e navios.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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