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Radar chinês com IA promete rastreamento quase perfeito e pode mudar a guerra eletrônica

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 07/09/2025 às 09:54
Radar chinês com IA promete rastreamento quase perfeito e pode mudar a guerra eletrônica
Foto: Reprodução
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A corrida tecnológica militar ganhou um novo capítulo com um teste inédito realizado na China. Pesquisadores anunciaram avanços no uso de inteligência artificial em radares de aeronaves, atingindo resultados que surpreenderam até especialistas mais céticos.

Um recente teste na China apresentou o que pode ser o primeiro sistema de radar do mundo com inteligência artificial em uma aeronave militar. O equipamento demonstrou desempenho superior em situações que prejudicam radares convencionais.

Durante os experimentos, o radar aprimorado manteve o rastreamento quase perfeito de alvos, mesmo sob técnicas avançadas de interferência. Essas técnicas costumam confundir ou desabilitar sensores, mas a nova tecnologia mostrou adaptação em tempo real.

Em cenários onde radares tradicionais perdiam contato com o alvo em cerca de 25% das vezes, a versão com IA elevou as taxas de detecção para quase a perfeição. Isso sugere um avanço importante na capacidade de guerra eletrônica.

Pesquisadores de Nanquim reivindicam marco histórico

A comunidade científica da China agora afirma ter alcançado um marco no desempenho de radares. Um artigo revisado por pares, publicado na revista Informatisation Research, destacou a conquista.

O autor foi Zhang Jie, do 14º Instituto de Pesquisa da China Electronics Technology Group Corporation, localizado em Nanquim. Ele informou que a taxa de rastreamento subiu da faixa de 70-80% para mais de 99%.

Segundo Zhang, há uma mudança de paradigma no design de radares militares. O instituto, conhecido como berço dessa indústria na China, conseguiu superar um dos maiores desafios: manter o rastreamento sob supressão eletrônica hostil.

Barreiras de espaço e potência começam a ser vencidas

Historicamente, caças enfrentam dificuldades para integrar IA aos sistemas de radar por limitações de espaço e potência. A nova demonstração indica que esses obstáculos podem estar sendo superados.

O atual campo de batalha é dominado por uma “névoa eletromagnética”, que inclui interferências, furtividade e iscas. Portanto, o radar não pode mais apenas detectar alvos. Ele precisa oferecer uma visão mais ampla do ambiente de combate, relatou o South China Morning Post.

Abordagem diferente para ambientes instáveis

Zhang explicou que métodos tradicionais de defesa contra interferência dependem de premissas fixas. Isso gera falhas quando as condições mudam rapidamente, causando queda no desempenho.

A nova abordagem prioriza a adaptação em tempo real. Isso fortalece o rastreamento em cenários dinâmicos e eleva a supressão contra ataques eletrônicos.

Como o novo sistema opera

O radar inteligente não se limita a varrer o espaço aéreo. Ele analisa continuamente o espectro eletromagnético em busca de sinais de interferência.

Quando detecta uma tentativa de bloqueio, muda a frequência, o feixe e a forma de onda em milissegundos. Assim, evita a supressão e garante a continuidade da missão.

Essa flexibilidade oferece maior resiliência em ambientes hostis. Diferente de pesquisas que usam grandes modelos de linguagem, os engenheiros chineses optaram por algoritmos de aprendizado de máquina tradicionais.

Escolha por confiabilidade em aeronaves tripuladas

Enquanto drones militares já utilizam IA baseada em modelos complexos, os aviões tripulados receberam outra estratégia. A opção foi por sistemas interpretáveis e determinísticos.

O objetivo é priorizar segurança e controle, reduzindo riscos durante missões de combate. Todos os testes, incluindo algoritmos, simulações e dados de voo, passaram por validação rigorosa antes de divulgação.

Impactos militares e civis

Especialistas apontam que, se o radar atender às expectativas em combate, poderá garantir supremacia eletrônica. Além disso, o impacto pode ir além do campo militar.

Com o avanço das iniciativas de cidades inteligentes na China, o espectro eletromagnético se torna cada vez mais congestionado. Isso aumenta o risco de interferências vindas de dispositivos comuns.

Nesse cenário, a adaptação em tempo real pode se tornar essencial não apenas para aeronaves, mas também para sistemas civis.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

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